Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

Ternura entre irmãos

Estou a atender uma jovem mãe com os seus dois filhotes: o mais velho devia ter cinco anos e o mais novo três.

 

O menino mais novo chorava, chorava, dizia "mas eu queria", e a mãe dizia, "este não é para ti, é para o Vicente". Era um jogo. Então, eu perguntei ao menino se o pai natal se tinha esquecido de deixar algum brinquedo, ao que a mãe respondeu: "tem a sala cheia de brinquedos novos, tantas coisas, e quer sempre mais alguma coisa"!

 

O choro do menino era tão alto que chamava a atenção das pessoas que estavam tanto na minha fila como nas filas próximas.

 

A mim, o que me comoveu, foi que enquanto o menino mais novo soluçava de choro, o mano mais velho fazia-lhe festinhas na cara, que ternura. Tão bom de ver!

brothers12.jpg

Imagem copiada da Internet

As crianças entretêm-nos tanto...

peinino.jpg

Uma avó passa um brinquedo ao netinho, depois de estar registado. Esta criança devia de ter no máximo três aninhos.

 

Netinho: É pra mim!?

Avó: Sim!

Netinho: Pra levar?

Avó: Sim...

Netinho: Posso? Levar pra casa!? E não é caro!?

 

É neste momento que todas as pessoas que estão assistir, sorriram. A avó disse: "pois, estamos sempre a dizer que é tudo caro, e ele ficou preocupado."

 

Mas não deixou de ser ternurento  Quantas vezes nós dizemos aos nossos filhos que as coisas são caras, e mesmo assim eles insistem, sem se preocuparem com preços. Esta criança tão pequenina, preocupada já com estas questões... é caso para dizer que é de pequenino que se torce o pepino.

 

A ternura da terceira idade

Há situações que me passam à frente e que me deixam comovida, umas positivas outras nem tanto. A que hoje conto, foi ternurenta. Um casalinho de velhotes, mas mesmo muito velhotes,  chega com o seu carrinho cheio de compras. A senhora dizia ao marido: "não te queres ir sentar um bocadinho, que agora já me desenrasco?" E o senhor a fazer cócegas na cintura da esposa, dizia: " eu ajudo, vai lá por nos sacos que eu tiro do carrinho"!  Durante todo o atendimento era ver cada um a cuidar e a preocupar-se com o outro,  de uma forma tão meiguinha. No final, a esposa dizia: "deixa que eu empurro o carrinho, não podes fazer força!"

Coisa mais linda!  Foi difícil conter a emoção, fiquei enternecida!

 

“Mãe sabes…eu gosto muito de ti”

 

Já na fila, e quase na sua vez, mãe e filho trocam beijinhos. “Mãe sabes…eu gosto muito de ti” “E eu de ti, meu amor”! Que ternura aqueles dois. Até que o menino diz “então mãe podias me comprar…um chocolate…” Toda aquela doçura do pequeno trazia água no bico. Aquela mãe não conseguiu resistir… As crianças tem cá uma escola! Conquistam-nos de uma maneira tão subtil…