Imagine que vai ao talho ou à peixaria pedir um artigo, que é cortado à sua maneira, mas, quando olha para a etiqueta, percebe que é demasiado caro, para o seu orçamento. Pensa desistir de o levar, mas tem vergonha, de voltar a entregar, uma vez que está "personalizado" à sua maneira.
Nesta situação, não deve deixar o artigo numa prateleira qualquer, onde o artigo, que é fresco se pode estragar. Sugiro que o deixe, por exemplo, junto aos iogurtes, pois assim, não se estraga, e quando um funcionário ali passar, pode o resgatar e entregar na secção devida, e ser vendido, com uma outra solução para o facto de estar "personalizado"!
Assim nada se estraga, e ficamos com a consciência tranquila!
Já aqui falei inúmeras vezes das frases que temos de repetir a cada cliente.
É de tal forma, que quando o cliente me entrega o cartão continente no início, a pergunta "tem cartão continente!?" sai na mesma no fim. Por vezes, os clientes respondem"já entreguei ", e responto" ah pois foi peço desculpa, é do hábito " No entanto, houve um cliente que respondeu" se tivesse com atenção, não perguntava!?" Isto porque o cliente já me tinha dado o cartão.
Enfim, só quem tem um trabalho, onde as frases são repetidas, entenderia a situação.
Não são muitos, mas já são alguns clientes, a aderirem à fatura electrónica. Sendo assim , não sai talão (vai para o email), mas muitas das vezes não percebo logo e o cliente também não diz, então, fico com o braço esticado à espera que o mesmo saia!
Um destes dias, uma cliente, interrompeu a fila por três vezes.
Já estava a embalar as compras, quando se lembrou que lhe faltava um artigo. Saiu para o ir buscar, demorou mais tempo, porque teve esperar a vez na charcutaria, para trazer fiambre.
Já ia a meio do embalamento, quando se lembrou de ir imprimir cupões.
Por fim, concluiu que era muito peso, para levar em braços, e, encostou os sacos e foi à rua buscar um carrinho.
Por sorte, o movimento estava fraco, e o cliente seguinte, apesar de ter ficado indignado, e ter depois da cliente ir embora ter comentado, não reclamou muito, pois compreendeu de quem era a culpa.
Mas será que as pessoas que têm este comportamento, não se dão conta, ou acham que são vedetas!?
Uma senhora inglesa com a aplicação do continente em inglês, pede-me ajuda com o telemóvel. Estou a explicar, sem a certeza que a senhora me está a entender. Ela diz-me que se eu falar devagar, consegue atender. Assim fiz, e no final a senhora, gentilmente, agradece-me com "obrigada pela paciência"! Pelo menos esta senhora esforçou-se para falar em português, porque há outros que nem tentam.
Gosto muito de inglês, tenho pena que não ter mais vocabulário, infelizmente tive uma má professora na escola. Mas se falarem devagar, também consigo entender melhor!
Este robô permite que o espaço esteja sempre limpo e assim os funcionários podem se dedicar a tarefas mais exigentes, que os robôs ainda, não conseguem realizar!
Assim, os humanos não precisam de "correr" tanto para realizar todas as tarefas!
Mas só perguntando aos funcionários da limpeza a sua opinião!
Estou a atender um casal na casa dos 60 anos. Levavam uma caixa da nossa coleção em vigor. A conta dá €19,99, pergunto se querem ir buscar mais alguma coisa, para acumularem mais um selo.
O senhor, diz-me que não é preciso, e quer me dar um cêntimo em dinheiro para fazer os €20. Digo-lhe que dessa maneira não dá, tem mesmo que levar alguma coisa.
Esposa: Vai ali buscar um pacote de massa!
Marido: Mas tu já viste que até fizeram uma conta de €19,99 de propósito para levarmos mais alguma coisa!?
Agora nós fazemos de propósito? Ou foi a conta que o cliente fez, que calhou assim!? Sempre a barafustar lá foi buscar um artigo. A esposa disse que ele não está habituado a ir ás compras!
Por vezes surgem-me algumas ideias, que no meu ponto de vista, que apenas vale por um, seriam ideias de melhoria. Claro que isto é em contexto de um Continente modelo, que não é muito grande.
Um sensor para fazer um RX ao carrinho e aos sacos que vão lá dentro quando as pessoas passam para o tapete de saída, tipo como no aeroporto, e nós víamos por um ecrã à nossa frente. Ou então um mini túnel onde os sacos tivessem de passar. Uma medida universal e não só no continente.
O sistema permitir ver se o saldo do cartão cliente tem validade, devido aos cupões de 15%.
Quando determinado artigo, não estiver cadastrado ou for artigo desconhecido, o som do bip, ser diferente, mais agudo, para darmos conta logo.
Haver uma sinalização no chão, para que o cliente que está a ser atendido, tenha privacidade para embalar as compras e fazer o pagamento, e o cliente seguinte, não esteja "em cima", deste.
1 metro de Acrílico à nossa frente, para nossa saúde e proteção.
Um aparelho para o cliente passar a aplicação ou o cartão.
Um cartaz a advertir os clientes para não entregarem pesos em braços pela frente, porque prejudica a saúde e segurança do trabalhador. Há sempre a hipótese de levantarem os artigos do carrinho no tapete de saída, e assim é o cliente que faz esse esforço, o mesmo que faria pela frente.
Uma placa, a dizer "saída sem compras" em vez de "obrigado pela sua visita", evitava que as pessoas saíssem pelas caixas, a empurrarem, quem está a ser atendido.
Um tapete rolante, que se auto limpe com um compartimento para onde vá a sujidade. É que para os celíacos, o pó do pão, por exemplo, é muito prejudicial, e nem sempre conseguimos remover esse pó.
Uma caixa lenta, para quem precisa e carece de mais tempo, para embalar, para colocar questões, para quem, até, quer conversar um pouco com a operadora. Há clientes, para quem a operadora, é a única pessoa, com quem pode comunicar naquele dia.
Uma mensagem de voz e luz vermelha ou verde, que avise que a caixa número X vai fechar ou que a caixa Y vai abrir.
Que o sistema de pagamento venha com multibanco na primeira opção, porque as pessoas com mais idade, ficam sempre confusas por estar primeiro o pagamento, que para elas é a debito.
Um lugar próprio para ficarem os troleys, para não os levarem para dentro da loja, ou os deixarem em qualquer lado.
Um lugar com cacifos para as pessoas não entrarem com mochilas ou artigos de trazidos de outros lugares.
Os cupões do combustível, deviam de sair um por cada €30, assim não se perdia tempo, a fazer várias contas.
Para descontar o saldo do cartão o sistema devia de perguntar "tem mesmo a certeza que é para descontar?", porque quando o valor da compra é igual ou superior ao saldo, podemos, por lapso, tocar na tecla e descontar sem querer, e depois já não se pode voltar atrás, e o cliente fica insatisfeito. É só tornar esse processo um pouco mais difícil, com duas etapas, por exemplo.
O sistema permitir devolução do dinheiro para o multibanco. Por exemplo, há clientes que dizem para pagar uma parte com o um multibanco, nós descontamos essa parte e depois a outra parte é com outro cartão ou dinheiro, entretanto falta esse dinheiro , e já não dá para por a conta em espera, porque uma parte já foi paga em multibanco e não dá para devolver. Perde-se tempo, para arranjar soluções.
São apenas algumas ideias, certamente vão achar algumas sem jeito, e outras, que até poderiam resultar. Em breve pode ser que me surjam, mais algumas.
Obrigada a quem teve a paciência de ler tudo até ao fim.
Existe um cartão que tem o nome de "cartão mais pessoas", que é gerido pela Segurança Social e financiado pelo Fundo Social Europeu. Destina-se a apoiar famílias em situação de carência económica e permite adquirir bens alimentares em estabelecimentos comerciais aderentes ao programa, como é o caso do Continente.
Este cartão só dá mesmo para bens alimentares, considerados essenciais, se registar outro tipo de artigo, o sistema não aceita. Houve uma vez que uma cliente me pediu um saco, e deu logo erro. Passamos o cartão antes de começar a registar as compras, e no fim é usado como se fosse um multibanco com código e tudo.
Enquanto que o cartão da cruz vermelha que também se destina a apoiar famílias carenciadas, dá para comprar produtos não essenciais, este só dá mesmo para bens essenciais!
O cartão é pratico de usar, claro que da primeira vez tive que perguntar, pois não conhecia o cartão.
Uma cliente deste cartão disse que tinha um determinado valor que era carregado mensalmente, e que era uma boa ajuda!
Outra cliente disse me que não sabia o saldo que tinha, porque não sabia mexer com o telemóvel. Essa cliente foi ao supermercado duas vezes na mesma manhã, da primeira, pegou com esse cartão, da segunda, já não deu e pagou com dinheiro.