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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

O mês de dezembro está a começar

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Há situações que não dependem de nós, mas que nos afetam.

Então, neste dia as coisas até estavam a funcionar, mas num ritmo mais lento. A culpa não era nossa, era do sistema. a maioria dos clientes mostrava-se compreensiva, mas havia sempre uma ou outra pessoa, que reclamava.

Fico um pouco stressada se vejo as pessoas á espera, e as coisas estarem num ritmo mais lento. Resolvi lembrar-me de uma voz amiga que me ensinou a pensar assim: "O que está a acontecer, é por minha causa? Não! Posso fazer alguma coisa para mudar a situação? Não! Se ficar mais stressada, as coisas avançam mais depressa? Não!" Durante algum tempo recordei isto e consegui estar tranquila. Depois o sistema melhorava, depois voltava ao mesmo, ou seja, com altos e baixos. Acreditem que  é também complicado para nós, trabalhar assim!

Esperemos que isto tenha sido um episódio isolado, já que dezembro é o mês mais agitado do ano , no supermercado, pela minha experiência!

Agradecer o bem que me fazem, é ganhar forças para vos retribuir em dobro

A minha caixa registadora, se assim lhe posso chamar, estava lenta quando era necessário fazer uma fatura completa. E, por vezes, não é possível resolver logo o problema de raiz, então a solução era haver um pouco de paciência e esperar um ou dois minutos.

A dada altura comecei a ficar stressada, porque não gosto de ver a fila a aumentar, e não conseguir despachar o serviço. Ter de deixar os  clientes  à espera, mesmo com pouco movimento, é algo que me custa. Sabem que por vezes um minuto, parece meia hora.

Não eram muitos os clientes que queriam fatura completa, mas quando algum pedia, eu já sabia que ia demorar um pouco mais!

Eu pedia desculpa. Não é fácil haver ali um impasse, e não conseguir resolver, fico mesmo enervada! Mas,  tenho a dizer, que todos foram compreensivos. Chegaram ao ponto de me dizer para eu ter calma , que tudo se resolvia. E isso é algo que me faz ter esperança nas pessoas, na humanidade, e estou muito grata!

Já lá tinham ido à minha caixa duas colegas, já tinha reiniciado a caixa,  mas o problema, continuava!

Somente quando lá foi uma terceira colega e me deu uma dica importante, o processo das faturas começou a resultar melhor e a ficar mais rápido!

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Esperem só um bocadinho que eu já chamo

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Alguns clientes não tem noção, do stresse que é, para nós quando vamos abrir caixa, virem atrás de nós, a dizer: "vai abrir?" ou "para que caixa vai?" É que nós precisamos de dois minutos, para abrir a caixa, abrir os sacos das moedas e colocar tudo em acção para iniciar o nosso turno em condições. Além disso, nós temos de chamar as pessoas por ordem de fila, ou seja, as pessoas que já estão à espera noutras filas, tem de ser atendidas em primeiro lugar!

 

Bem sei, que todas as pessoas estão sempre atrasadas e cheias de pressa, mas há procedimentos que têm mesmo de ser feitos, tudo tem de estar bem organizado para funcionar bem!

 

Por isso, peço um pouco de calma e compreensão!

 

Qual o momento em que a pressa é maior

Por vezes, tenho a sensação que os clientes  têm mais pressa quando estão na fila a aguardar que lhe registem as compras e até na hora de pagar. Muitas vezes, ainda não conclui o registo, não fiz as perguntas da praxe, nem disse o total, já determinados clientes  estão com o multibanco inserido no terminal a tentar marcar o código!

Por isso...

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Situação de impaciência

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Uma cliente já depois de ter pago a conta na caixa de uma colega que já tinha saido, foi ter comigo à minha caixa com um talão.

 

Cliente: Olhe estes biscoitos não estão em promoção!?

 

Eu: Não sei, só vendo...

 

Cliente: Estão pois, venha lá comigo ver!

 

Eu: Eu não posso sair daqui sem autorização, aguarde só um momento que vou chamar alguém!

 

Naquele momento não estava a conseguir chamar a minha colega.

 

Esta cliente vê um colega da Worten a passar e diz:

 

Cliente: Aquele colega, não pode lá ir!?

 

Eu: Não, aquele colega é da Worten!

 

Nisto passa uma colega de trabalho com um carrinho, que tinha um casaco por cima da farda...

 

Cliente: Está ali uma senhora, não pode chamá-la!?

 

Eu: Não, aquela colega está na hora de almoço!

 

Cliente: Ah,  também ia lá num instante, mas está bem!

 

Nisto chega a minha colega, chamo-a e esta senhora vai logo na sua direção

 

Foram uns breves momentos, mas stressantes , esta senhora, queria...porque queria alguém, não era capaz de esperar, parecia que queria mandar, e afinal, o preço dos biscoitos estava correto!

 

O povo anda com tanta pressa

Os clientes deste supermercado onde trabalho andam com tanta pressa...

 

Raramente aparece alguém no supermercado que não esteja com pressa. O habitual é a pessoa andar com correrias, ou porque está na hora de almoço, ou porque está perto da hora de entrar no emprego, ou porque tem de ir buscar os filhos à escola.

 

Como devem saber quando há descontos imediatos, os mesmos só aparecem no visor depois de nós fazermos o total. Mas antes de nós fazermos o total, os clientes, já estão alterados a dizer que está tudo mal, que o preço que lá estava não era aquele, que está em promoção. Só me apetece dizer: " é pá tenha calma! ainda não lhe pedi dinheiro, o desconto é só no fim!"

 

Mas, ultimamente, o que é mais incomodo é nem esperarem, nós dizermos o total para pagarem. Então quando o pagamento é com o multibanco, inserem o cartão na maquineta e começam a tentar marcar o código quando a conta ainda não está concluída!

 

E quando querem pagar com dinheiro, antes do fim da conta, já estão a dizer: "quanto é que é?", nem me deixam fazer aquelas perguntinhas típicas no final, tipo se querem o contribuinte na fatura, se querem descontar saldo do cartão!

 

Que stresse!

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Dias stressantes no supermercado

Os últimos dias de trabalho, são daqueles dias, que nem vontade tenho de escrever muito sobre eles. São dias que quero esquecer, só quero que esta fase passe. Já trabalho neste ramo há mais de dez anos e não me lembro de uma fase assim. As pessoas andam tão intolerantes, impacientes, mesquinhas,  apressadas, sem paciência para nada, a explodirem por cada problemazinho que lhes aparece, agressivas. É natal!? Nem parece!

Até a cena dos selos para as facas tem sido horrível, só pessoas gananciosas a quererem selos a todo o custo. Deixam a fila para ir buscar mais artigos para acumular mais um selo, reclamam dizendo que podíamos ser mais generosas a dar os selos. Eu por mim, até lhes dava logo as facas , mas não posso, não é!? Há regras a cumprir!

Espero que o ano de 2015 dê mais calminha a estas pessoas, que consigam descomprimir...