Um destes dias estou a atender um homem aí na casa dos 25/30 anos. Ele tem o telemóvel consigo, e, à partida, parecia estar a ver vídeos, tinha um auricular.
Chegou a altura que eu tenho de fazer perguntas, para prosseguir, mas ele fazia "hum", mexia no telemóvel. Depois diz-me "peço desculpa, mas é que estou em teletrabalho, e estava numa reunião"! Respondi, surpreendida "ok!"
Lá pagou e saiu, sempre em teletrabalho. Parece que a situação é normal nos dias de hoje, mas ao mesmo tempo que fui apanhada de surpresa, achei graça, e decidi a partilhar aqui!
Não tinha moedas de dois euros, no compartimento. Entretanto um velhote deu-me uma, juntamente com mais uns trocos, para fazer o seu pagamento.
Só dei conta que a moeda era parecida com a de €2, mas era uma moeda estrangeira, quando a ia dar de troco a alguém. Fiquei chateada comigo mesma, de não ter reparado. Mas quase de certeza, que a pessoa que me a deu, também não deu por isso.
Mostrei a moeda à minha chefe. Metia-a de parte, convicta que teria quebra.
Estava a atender outro cliente e já não sei como a conversa foi ter à moeda. Disse ao cliente que ia ter uma quebra por falta de atenção. O senhor pediu-me para ver a moeda. Até tirou os óculos para a observar melhor. Disse-me que era uma moeda da Turquia, e que sabia, por ter sido bancário, que não era de grande valor. Perguntou-me se eu lha dava pelos €2, porque era colecionador. Eu ainda lhe perguntei se ele não ficava prejudicado, até lhe sugeri que me desse apenas €1, mas o senhor fez questão de me dar os dois euros!
E assim, se calhar, os dois ficamos a ganhar! Foi uma situação engraçada!
Uma das perguntas que temos sempre que fazer ao cliente, é, se ele quer a fatura com o número do contribuinte. Era uma pergunta, cuja resposta, deveria ser sempre, sim ou não, e só depois, dizerem o número. Mas, na maioria das vezes, começam logo a ditar, ainda nós não carregamos na tecla/opção para o efeito.
Então eu pergunto a um cliente, se a fatura é com o número contribuinte e o cliente diz "100". À pressa eu digo "espere só um momento"...vou à tecla/opção digito 100, e fico à espera do resto, e o cliente diz " é 100 , mas sem contribuinte!"
Vá lá que nos deu para rir! E o senhor ainda me disse que já não era a primeira vez que a situação lhe acontecia!
No supermercado continente modelo onde trabalho, há uma caixa que tem a passagem, ligeiramente mais estreita devido a um pilar, ficou assim depois das obras, mas não tem nada de mal.
No entanto, alguns clientes não gostam ali do pilar, ainda assim, costumam brincar com a situação. Há quem diga que vai trazer o moto-serra. Há quem culpe o arquiteto. Eu digo que o carrinho tem de dar a volta à rotunda, isto porque tem que contornar o poste. É uma situação que apenas requer um pouco de atenção.
Num destes dias, uma cliente estava a entrar na linha de caixas com o carrinho, de costas e quando toca no pilar, julga que tocou em alguém e pede desculpa. Depois vira-se e percebe que estava a falar com o pilar, e acabamos por nos divertir com a situação. O cenário fez-me lembrar este filme!
Por vezes temos no continente vários tipos e cores de uvas.
Em relação ás de cor branca, houve uma altura que tínhamos, uva branca com grainha e uva branca sem grainha. No continente onde trabalho, sendo continente modelo, a pesagem é feita na caixa, por isso temos de ter algum conhecimento, em frutas e legumes.
Quando os clientes trazem as uvas na embalagem , ou seja, num saquinho de papel, é mais fácil de distinguir, (até porque sabemos que quando não está escrito que é sem grainha, é porque é com) mas quando o cliente, as põe num saco de plástico, fica mais difícil perceber se a uva tem ou não grainha, porque apesar de parecidas, têm preços e códigos diferentes.
Então, num certo dia, chegou um cliente com uvas dentro do saco de plástico, olhei para elas, tive dúvidas e perguntei ao cliente se eram uvas com ou sem grainha, para esclarecer a minha duvida, mas o cliente, também não sabia, perguntei à minha colega de trás se ela sabia, ela foi até até á minha caixa olhou, tirou uma uva do caixo, abriu-a, ou seja, operou a uva, e aí percebemos que não tinha grainha. Primeiro fiquei preocupada, não fosse o cliente ficar zangado, mas felizmente levou na brincaderira e a situação até divertiu a plateia!
Hoje foi mais um dia, em que houve muitos reformados no supermercado, e, por isso, há sempre histórias para contar.
Escolhi uma situação leve, com reformados, das muitas que me passaram pela frente. Uma senhora, pergunta-me se vendemos leite para cachorro. Ao que eu respondo, que para gato há umas garrafinhas da Whiskas. Até disse à senhora se não seria melhor comprar no veterinário, mas percebi que o preço, no veterinário, estava caro para a senhora.
Entretanto, um outro cliente, também velhote diz, que o melhor é dar-lhe leite de burra e que vai buscar, porque sabe onde está! A senhora agradece a ajuda e disponibilidade do senhor. Eu digo à senhora que não me lembro de alguma vez ali ter visto leite burra. Mas o senhor confirma que há. No entanto, dai a pouco chega e diz que afinal, não havia!
Então a senhora levou leite de gato para o cachorro! Como é uma cliente habitual, espero a voltar a ver para perguntar se ele gostou e se não lhe fez mal!
Quando um cliente pede sacos de plástico, normalmente, eu registo-os, abro-os e coloco-os no tapete de saída.
Assim aconteceu desta vez, mas o cliente, não reparou que o saco estava aberto, então molhou o dedo na boca, esfregou no saco já aberto, e como obviamente não resultou , ainda chegou o saco à boca e começou a soprar a ver se encontrava, se calhar, uma abertura paralela no saco já aberto.
Lá viu que o saco estava aberto, mas certamente ficou a achar que foi ele que o abriu!
Estou a atender um senhor, [ na casa dos 60 anos] que pretende descontar o saldo do cartão continente. Digo ao senhor : "para descontar o saldo tem que colocar um código, sabe qual é!?" Ao que o senhor responde: "sei, é o 19**!" Eu logo muito rapidamente digo: "não é para dizer, em voz alta, era para o senhor colocar aí ..."
A senhora, cliente seguinte, que estava a colocar as compras no tapete, riu-se. Também esboço um sorriso, mas digo-lhe "acho que a culpa é minha, fiz mal a pergunta!" É então que o senhor, diz :" não se preocupe, também não é uma fortuna que lá esta!" Mas eu reitero ao senhor que nunca se deve dizer códigos a ninguém, nem em voz alta!
Quando o senhor saiu, falamos sobre a ingenuidade das pessoas e sobre o facto de escolherem datas de nascimento para códigos, por ser logo o que quem tem má intenção , vai experimentar!