A quexinhas...
Como podem ver nesta imagem, existe no tapete de saída de artigos, estes rolinhos, que servem de ajuda para que os produtos desçam para o topo, onde está o cliente e assim se manter o distanciamento entre funcionária e cliente. É um facto que objetos cilíndricos fazem um certo barulho, mas não se estraga nada, nem estraga outro tipo de produtos.
Eu passo o dia a fazer este movimento, tanto que por vezes ao fim do turno até me doem os braços. Felizmente a maioria dos clientes percebe a utilidade dos rolinhos, e alguns, em jeito de brincadeira, até acham graça ao nosso movimento, e até dizem que estamos como se fosse num ginásio a ganhar músculos!
Já tive há uns meses uma senhora que me pediu para lhe passar os artigos com mais cuidado e mais devagar, porque aquele barulho a incomodava.
Mas hoje, a situação foi diferente. Uma cliente não gostou que passasse assim os artigos e pediu-me que não os passasse dessa forma e que os passasse mais devagar. Respondi que sim, fui passando os artigos, mas a dado momento e devido a este hábito já estar tão vincado em mim, esqueci-me e passei uns ambientadores cilíndricos pelos rolos. Ela sai da caixa, dirige-se ao balcão, e vai fazer queixa . Chega acompanhada de alguém superior, para me advertir que passasse as coisas mais cuidadosamente. Então passei o resto dos artigos em câmara lenta, ao gosto da madame.
Confesso que senti pena da senhora, coitada, tanto azedume, deve ser alguém com algum problema e com necessidade de atenção!
No entanto, com tantos clientes implicativos, birrentos, indisciplinados, mal educados, incivilizados, começo a achar que esta empresa ainda tem de criar um gabinete de psicologia para ajudar os funcionários que atendem ao público!