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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A falta de civismo e a falta de respeito pelo espaço!

Uma  senhora ainda não tinha embalado todas as compras nem tinha pago, quando outra pessoa, já estava a passar para o tapete de saída, abriu inclusive o saco para me mostrar o que tinha lá dentro.

A principio, julguei que estava a acompanhar a senhora cujo atendimento ainda não tinha acabado e que a ia ajudar a embalar. Tirou até um livro de dentro do saco para  me entregar para eu registar, quando a outra senhora, a olha de forma estranha.

Foi aí que entendi que eram duas desconhecidas, onde uma estava certamente, perdoem-me se ofendo,  atordoada.

Nesse momento,  eu disse que ela tinha de esperar, porque ali eu só atendia uma pessoa de cada vez!

A senhora que estava a ser atendida, na sua educação e humildade ainda diz "ah desculpe, se calhar sou eu que estou a demorar demasiado tempo!"

Ao que eu respondo imediatamente: "não, não, a senhora está no seu tempo, esta senhora é que tem de esperar!"

A outra senhora, a tal que aqui chamei de atordoada, respondeu dizendo: "abrissem  mais caixas !"

Nem um pedido de desculpa, nem o reconhecimento do erro. Nada!

Haja paciência, infinita paciência!

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Continua a falta de respeito pelo espaço do outro

Estavam duas pessoas com os artigos sobre o tapete, julguei pela proximidade, que estavam juntas. Entretanto, quando o homem estava do lado de saída, a outra pessoa passou também para aquele lado.

Nessa altura, o homem pára de arrumar os produtos, e vai para o topo. Estranhei, mas continuei a registar. Então ele cruza os braços. Pergunto se precisa de alguma coisa. Então ele diz : "Preciso de privacidade para arrumar as minhas compras, pois tecnicamente este lugar foi por mim alugado, é um direito que tenho. Se fosse num banco não teria ninguém a espiar-me!" Respondo que tem toda a razão e digo-lhe que pensei que estavam juntos. Pedi à senhora para se afastar daquele tapete de saída, porque o mesmo enquanto o senhor estava a embalar, era dele . A principio não se afastou, ou seja, não aceitou o reparo. Então o senhor, disse que assim também não ia arrumar as compras e ia esperar que a senhora mudasse de atitude. Eu, para que a senhora percebesse que ela estava sem razão, sentei-me e disse "olhe eu também posso esperar, ainda falta bastante para a minha hora de saída!"

Felizmente não estavam mais pessoas no momento!

Foi ao ver-nos ambos parados que se afastou, mas chamou-o de mal educado. A situação já me estava a stressar, então eu disse: " é que nem a pandemia ensinou as pessoas a respeitarem o espaço dos outros"!   Não fazia sentido algum, a mulher estar encostada ao tapete de saída, onde estavavam a ser arrumados artigos, que não eram dela! É que já nem tem a ver com distanciamento social, é mesmo a invasão de espaço!

Haja paciência!

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