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A tarefa de operador de caixa é de muita importância e responsabilidade, até porque mexemos com dinheiro, o que requer muita concentração!
Por vezes, os clientes pedem para trocarmos grandes notas, ou até, o inverso, ou seja, trocar pilhas de moedas em notas, mas essa tarefa não é nossa, não o podemos fazer, essa tarefa compete, por exemplo, aos bancos!
Alguns clientes não entendem, que são normas que temos de seguir e respeitar, e ficam chateados!
Quem me conhece sabe que não sou de conflitos e discussões, principalmente com os clientes. Mesmo que perceba que a pessoa está a falar sem razão ou sem conhecimento de causa, deixo-a ficar com a sua opinião! Mas, por vezes, não dá para ignorar!
Um dia destes, vinha um cliente, aí na casa dos quarentas. Trazia as compras naqueles cestos com rodas exclusivos de uso dentro do supermercado. Depois de colocar os artigos no tapete passa com o dito cesto para o outro lado. Digo-lhe que aquele cesto tem de ficar do lado de dentro. Ao que ele responde que tem de o levar com as compras até ao carro. Insisto e informo que aquele cesto é só para usar dentro da loja.
Diz-me: " ah então como é que quer que leve as compras, ás costas!?" Volto a insistir que o cesto não vai ao parque! E ele diz: "então diga-me lá como é que levo as compras"!? Respondo que isso é ele que tem de saber: se trás carrinho, se compra ou trás saco! Responde: " ó minha senhora, eu não vou roubar o cesto, não tenha medo, só o vou levar até ao carro, não complique!" Digo-lhe que não se trata de achar que vai roubar o cesto, mas que é uma regra! Pergunto se é preciso chamar o segurança! Continua a bufar e a reclamar. Ainda repete que vai levar o cesto. Respondo: "Ok, está bem. Não me respeita a mim , nem ás regras, faça como quiser. Eu não sou policia!"
Já eu estava a começar a atender outro cliente, quando este diz:" Pronto está bem, não se enerve, eu vou lá fora buscar um carrinho dos outros!"
Não lhe respondi nem mais uma palavra! Uma cliente disse-me para respirar e ter calma, porque há pessoas assim!
Mas será que há supermercados onde os clientes podem levar estes carrinhos/cestos para a rua!? Conheço tantos supermercados e todos com esta regra, que é tão antiga, porque tem de haver sempre uma ovelha negra, para contrariar!?
Olá a todos! Peço desculpa por esta ausência, não por falta de situações para contar, mas por falta de tempo!
A situação continua a não estar fácil. Com o passar do tempo , cada vez mais, as pessoas querem deixar as regras, tapam os olhos à sinalética que continua lá exposta. O pessoal acha que isto já passou, e que agora é hora de voltar ao antigo normal! Que pena, estas regras ficavam tão bem se ficassem para sempre, desde que não fosse preciso a nossa intervenção e insistência constante!
É cansativo estar constantemente a pedir por favor para que façam distanciamento, quando as pessoas querem, na sua maioria, estar encostadas, bem juntinhas, umas das outras. Quererem entregar artigos pesados em mão, não respeitando o acrílico, o semafro, nem a nossa saúde física.
Tento limpar o mais possível o tapete a cada cliente, mas a maioria quer despacho e não se importa com a limpeza. Tanto que uma pessoa corre de panos e spray nas mãos!
Já estava tão cansada de repetir e pedir pelo distanciamento que deixei que uma senhora me implorasse para eu pedir aos outros que não se colassem a ela, parecia que estava até a sentir-se mal, pois já se abanava. Senti-me culpada porque falhei ali, naquela situação!
Os clientes sem compras, continuam a passar pela linha de caixas, roçando nas pessoas que estão a ser atendidas, ou chocando nos carrinhos, quando têm um local próprio para sair. É uma falta de civismo e de bom senso!
Mesmo com tanto tempo de pandemia, não foi possível civilizar as massas!
O dia estava a correr bem. Há dias que correm bem, clientes simpáticos, compreensivos, educados, cumpridores, amigos , até. Devo de atender dezenas ou até centenas, assim!
No entanto, basta um, para estragar o dia, ou pelo menos para perceber que ainda há uma minoria de gente, que não aprendeu nada, com esta pandemia. Mais uma vez o distanciamento. Estava a atender um casal, outro cliente tinha as suas compras no tapete, onde há uma sinalética no chão onde ele tinha de estar e depois os outros teriam de estar mais atrás, conforme a marcação. Mas, "os outros" já iam colocar as compras. Pedi educadamente, para aguardarem só um pouco, até porque eram novos, julguei que entendessem. Aguardaram, quando os que estava atenderem saíram, e o seguinte passou para o outro lado, pedi que avançassem!
Começam "...e porquê, qual é a diferença"!? Respondi que eram as normas da empresa e mostrei a sinalética, mas foram insolentes, mal educados. Por fim, disse-lhes "pois se não entendem, mesmo assim, já é uma coisa que não posso ajudar, só lamentar!"
Que gentinha medíocre! Creio que são pessoas como estas que fazem com que muitos estabelecimentos estejam fechados, mesmo com normas e equipamentos, porque simplesmente não cumprem, questionam tudo e não respeitam nada!
Estava a atender duas pessoas que julguei estarem juntas já que a mulher estava quase colada ao jovem rapaz. Acontece por vezes duas pessoas estarem juntas e cada uma ter a sua conta.
A dada altura quando o rapaz ia pagar e a mulher estava mesmo ao lado, ele diz "olhe desculpe, eu estou a incomodar?!" E a senhora olha para mim e depois para ele, mas não se afasta . Foi a aí que percebi que não estavam nada juntos. Claro que se eu soubesse que não estavam juntos, não tinha permitido aquela proximidade.
Quando percebi, pedi à senhora para se afastar e disse ao rapaz em voz alta, para que a senhora ouvisse e percebesse o erro: " peço desculpa julguei que estavam juntos, já que esta senhora estava tão perto. Infelizmente as pessoas ainda não perceberam que têm de fazer distanciamento, é um abuso!"
A senhora nem se importou nem enfiou a carapuça! E depois do rapaz sair, ainda criticou, mas eu disse que as pessoas tinham de fazer o distanciamento!
Quando surgiu a pandemia e estas medidas, na altura eu pensei "olha dentro de tanta coisa má desta pandemia, pelo menos trouxe para as pessoas a civilização, agora é que elas vão aprender como é incorreto estarem umas em cima das outras, agora a pessoa já vai conseguir marcar o código do multibanco sem pressões ou sem a preocupação de estarem a observar o código!"
Pois estava enganada! Nem esta pandemia corrigiu esta enorme falha das pessoas. A pandemia vai acabar, e vai voltar tudo à mesma, eu como operadora vou deixar de me enervar com estas atitudes, querem andar todos em cima uns dos outros, a roçar uns nos outros que andem, se são mais felizes assim!
Mas quando eu estiver no papel de cliente, não vou permitir ninguém em cima de mim.Vou fazer barulho! Enquanto não tiver confortável não pago e o cliente seguinte ou se mete no lugar dele ou fica à espera, horas! Tenho o direito à minha privacidade, para fazer pagamento com multibanco ou de que forma for, todos temos!
Estava a concluir o atendimento a uma cliente, enquanto ela procura o dinheiro na carteira, aproveito para ir limpar/desinfetar o tapete de saída. Entretanto apanho o dinheiro, e quando digito o valor, o cliente seguinte, estica-se para todo, invadindo o acrílico e coloca um pacote de detergente justamente em cima da gaveta da caixa registadora , que, com o peso, não abre para dar o troco.
Eu: - Mas se está aqui este vidro porque não pôs as coisas atrás!?
Cliente: - Era para você me passar isso primeiro para ir logo para o carrinho!
Eu: Pois mas agora este cliente vai ter de esperar porque a gaveta não abriu. É que é só seguir as regras! O tapete até tem cores, há um vidro e mesmo assim, as pessoas não têm cuidado!
Cliente: Pois está bem. Agora já sei!
Depois até pediu desculpa por fazer a outra pessoa esperar que viessem abrir a gaveta.
Se tudo isto deu para uma pessoa aprender alguma coisa, já fico satisfeita!
"Este vírus é matreiro, só ataca as pessoas nas filas para pagar, nos corredores, não faz mal a ninguém!"
Já não é a primeira vez que ouço uma frase desde género, muitos clientes implicam com o facto de só terem de fazer distanciamento nas filas. Certamente queriam um segurança por cada corredor a dar instruções para não estarem próximos.
Ou então, se calhar, o ideal era sempre que alguém entrasse no supermercado, ser-lhes colocado um chip, e sempre que uma pessoa se aproximasse demasiado da outra, aquilo apitava ou dava choque!
Até parece que gozam connosco, porque acham incoerente que nas filas tenham de fazer o distanciamento, e nos corredores ninguém faz. É pena que não percebam que o que estamos a fazer é o nosso trabalho,e que, se cada um fosse responsável, também tinham cuidado nos corredores. Eu, quando estou em modo cliente, se preciso de ir a um corredor onde estão muitas pessoas, dou a volta, e volto lá depois. Já me faz confusão estar com muitas pessoas à volta!
Tenho quase a certeza que quando a pandemia acabar, que há-de acabar, uma das primeiras coisas que as pessoas vão voltar a fazer livremente é estarem coladas umas ás outras. Roçadas! Aquela falta de privacidade para marcar o código do multibanco, que se conseguiu ultrapassar com a pandemia, vai voltar!
Mas aí eles que se entendam, porque esta luta cansa!
Saio um pouco da caixa para ir responder a uma questão à cliente que já tinha atendido. Ela tinha uma dúvida com um preço no talão.
Demorei um minuto, quando voltei para a caixa já tinha três pessoas com artigos no tapete. A princípio pensei que estavam juntos, mas depois vi uma cliente meio encolhida a desviar-se (esta sim consciente). Foi quando percebi que as outras duas se tinham aproveitado de um momento de distração para desrespeitarem o distanciamento.
Parecia o jogo do macaquinho de chinês, em que olhamos não está ninguém, viramos e já está uma data de gente em cima.
As pessoas, muitas delas, só respeitam o distanciamento enquanto estamos a controlar, se nos descuidamos, elas avançam e não querem saber.
As pessoas não querem ou não sabem ser responsáveis sozinhas!?