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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

Tempo de esperança na política!?

Noto que há uns tempos para cá, as pessoas estão mais optimistas em relação ao futuro. Já não ouço falar tão mal do governo, como no tempo do Sr. Passos Coelho. Nessa altura, as pessoas pareciam não ter esperança em melhores dias. Só se falava de crise, de sacrifícios.

 

Agora, aos poucos, as pessoas começam a mostrar mais confiança. Estão mais contentes com este novo senhor. Dizem que ele veio dar mais ânimo às pessoas, que aos poucos está a restabelecer a ordem.

 

Mesmo assim, numa conversa, num dia, houve um senhor que disse "espero é que não venhamos a pagar a fatura deste período". Ao que outro senhor respondeu " até pode ser que sim, mas este tempo de ânimo, de esperança já ninguém nos pode tirar, mesmo que dure pouco tempo, é bom"!

 

Em relação à reposição dos feriados, a satisfação é notória. As pessoas dizem ao retirarem os feriados, só revoltaram os trabalhadores, só perderam a produtividade, e nada ajudou o país, apenas ajudaram os ricos empresários.

 

Enfim, neste oficio onde me encontro todos os dias, consigo fazer uma espécie de estudo de opinião sobre alguns assuntos, pois ouço as pessoas, não só quando falam comigo, mas também, quando  falam entre si na fila. Sim, porque estar na fila não é só uma seca, pode também ser tempo para dois dedos de conversa.

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Politicamente

Um destes últimos dias atendia um senhor alto elegante, aparentemente com cerca de sessenta anos. O senhor muito educado lá ia falando de política, disse algo negativo sobre Sócrates (já nem me lembro bem o que foi, já que todas as pessoas se queixam dele). A certa altura uma cliente entreviu na conversa, ambos lá iam apontando as falhas dos políticos. Á conversa se juntou mais um cliente, o assunto político e os erros do primeiro-ministro estava na ordem do dia. Eu penso que nenhuma daquelas pessoas se conhecia, mas mesmo depois de estarem atendidas ficaram por lá a falar no mesmo tema. Isto tudo para concluir que até numa fila/caixa de hipermercado estranhos se unem para debater a situação politica do país. Tal não é a crise…