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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

Há carros e carros...

Uma cliente passa com o carrinho/cesto vermelho para o lado de saída e eu digo que  o mesmo não pode ir à rua, ao que a cliente me responde: " eu não o vou levar à rua, apenas o vou levar até ao meu carro"! Eu pensei que a senhora não me estava a entender e voltei a repetir de forma mais simples. A senhora insistia que só  ia levar o cestinho até ao seu carro.

Só quando a cliente me disse que o seu carro estava no balcão de informação é que entendi que se referia ao seu trolley!

Depois ainda nos rimos com a situação!

carros.jpg 

Nem sempre, este palco, que é o supermercado tem cenas sérias, hoje a cena foi cómica!

No palco de um supermercado perto de si...

 

Este episódio podia fazer parte dos "malucos do riso" ou de outro programa do género, mas não, isto aconteceu num palco de um supermercado perto de si.
Uma senhora de etnia cigana deixa o seu carrinho repleto de artigos sozinho ao pé da caixa e vai buscar algum artigo que se esqueceu. Chega um senhor com o seu filho e como não estava ali ninguém pousou os artigos que trazia nas mãos no tapete. Neste preciso momento chega a dita senhora e começa o diálogo:
 
 Mulher - você não viu que estava aqui alguém!
 
Homem - Mau!...Querem lá ver…você não estava aqui!
 
Mulher - Não estava? Viu muito bem que o carrinho não podia estar aqui sozinho!
 
 A discussão continua ao ponto de no balcão de informação já estarem a chamar um segurança. Até este ponto não entrevi, ia observando a cena a ver no que dava. Mas chegou a um ponto em que a mulher volta-se para mim e diz:
 
 Mulher - E você não diz nada, o que é que está aí a fazer, porque que é não disse ao homem que o carrinho era meu? Isto tudo é culpa sua!
 
Eu levantei-me da cadeira e na maior das calmas disse: " Eu? Quer que eu fale? Então digo-lhe desde já que este senhor tem toda a razão, o carrinho sozinho não marca vez e se a senhora aqui estivesse realmente teria sido pisada pelo senhor, isso não aconteceu, pois não?"
 
Sabem o que ela disse? Disse:" Pois é natural que se defendam , são os dois da mesma raça , mas eu sei que tenho razão"!
 
Como o segurança viu que eu tinha solucionado o caso, não chegou a intervir, mas minutos depois tanto ele como a minha chefe mostraram ter gostado da forma como resolvi o assunto. È que eu sou normalmente uma pessoa tímida para falar assim, mas quando a mulher começou a dizer que a culpa era minha, passei-me dos carretes! 

Tanta coisa, até parece que vem aí a guerra!

Por vezes acontecem situações no hipermercado que parecem peças de teatro. Daí, eu às vezes usar a expressão, "no palco do supermercado"! Passo a contar o episódio em questão: um casal com dois carrinhos de compras está a colocar as mesmas sobre o tapete. Ainda estão no primeiro carrinho quando um senhor se aproxima, este senhor não se apercebe que são dois carrinhos e fica ali na fila. Quando o casal puxa o segundo carrinho, o tal senhor, diz o seguinte (literalmente):

 

" Isso é tudo vosso? Nunca mais daqui me despacho! Tanta coisa, até parece que vem aí a guerra"!