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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

No dia R8, também há clientes teimosos

O dia R8 (dos reformados, desde dia 8 até dia 12 +-) tem sempre um pouco de tudo. Clientes adoráveis, e clientes chatos, mas enfim, tudo passa, tudo se resolve.

Estava a atender um velhote, que me oferece, trocos, mas como naquela conta não era preciso, não ajudava em nada, respondi que não era necessário, mas o senhor, insistiu "mas eu quero me livrar destes pretos (moedas de um e dois cêntimos) todos! Lá tive que ficar com as moedas, para o cliente ficar mais feliz!

A cliente seguinte, era alguém que também trabalha no ramo, e sorriu, e depois disse "eles são tão teimosos!" Sim, alguns são mesmo!

Mais tarde, quando  fechei a caixa,  as pessoas que se aproximavam viam a cancela fechada, iam para outras caixas. Chega um velhote, digo-lhe que a caixa está fechada, ele ouve, mas põe na mesma os produtos e diz "então você vai  almoçar e deixa a pessoas por atender!?" Repito que a caixa já está fechada, mas ele não desiste, no entanto, não o atendi mesmo! Foi pedir ajuda nas selfies.

Porque,  como me ensinaram, quando se fecha a caixa, fecha-se para quem tem um carrinho cheio, para quem só tem duas coisas, para quem é amigo ou conhecido, para quem é chefe, para quem tem pressa!

Depois vi-o no balcão a reclamar que não tinha ganho o cupão dos 5€. Ouvi a minha colega a dizer-lhe que para ganhar os cinco euros tinha de gastar 20€ como estava escrito, mas ele disse que queria os 5€ lá na mesma! Aquele é mesmo chato e teimoso!

Haja paciência, infinita!

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O atendimento ao público é um treino da paciência

Uma cliente pede um saco de ráfia dos maiores.

Dou-lhe o saco e ela pergunta: "Quanto é que este saco mede?" Penso que é uma pergunta retórica e não respondo! No entanto, a   senhora insiste:" Mas quanto é que isto mede!? Eram maiores, já estão mais pequenos!?" Respondo que aqueles sempre tiveram o mesmo tamanho!

A cliente que estava a seguir, estava de queixo caído a ouvir a conversa e quando a senhora se vai embora, diz-me " Ai eu não tinha paciência para estar aqui, estava capaz de dar uma abanão à mulher! Mas ela queria que você medisse o saco!?" Respondi que já nem ligava, que já estava há muitos anos no atendimento ao público e que havia sempre clientes assim e até piores! A resposta foi: "ai coitadas de vocês!"

Haja alguém que nos perceba!

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No palco, só havia a cliente e a operadora de caixa

Uma cliente, está ao telemóvel, enquanto mexe nos artigos  no lado do tapete de saída. A distração era de tal forma, que parecia não saber, que tinha de colocar as compras no carrinho, uma vez, que não queria usar sacos.

Não sei se foi por causa da conversa, que se lembrou que  lhe faltava o pão. Disse que o  ia buscar. Fui passando os artigos mais devagar, pois já estavam duas pessoas, à espera.

Entretanto, a cliente voltou, trazia mais artigos, além do pão, e pediu desculpa, porque,  pelo caminho,  encontrou uma pessoa que já não via há muito tempo, e esteve a cumprimentá-la.

Acho que teve sorte, por os outros clientes serem civilizados e não reclamarem.

Por vezes, há pessoas assim, que no momento do atendimento, têm uma máquina, que faz apagar todas as outras pessoas, ficando apenas a operadora de caixa e a cliente!

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Já é a terceira vez que me conta essa história

Há um cliente, o Sr. Aranha que acredito que precise de meter conversa, quer seja para reclamar de alguma coisa, mesmo que seja exterior ao supermercado, quer seja   para contar alguma história.

Ele não é daquelas pessoas de fácil trato, é até um pouco chato, mas tento ter paciência, porque certamente não deve ter quem o ouça.

Pela terceira vez,   contou-me a mesma história, sobre uma máquina de café que comprou no continente. Diz que tinha uma, pensou que estava avariada, comprou outra e depois percebeu que a outra estava boa e agora tem duas. E leva dois tipos de café, um para cada uma das máquinas, e depois ainda fala sobre se é ou não bom beber muitos cafés! É mais um monologo!

Enfim, vou aguardar pelas próximas aventuras das suas máquinas de café!

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Não se esqueça de ir ao cemitério por umas florzinhas

Um cliente, em vez de colocar uma caixa de cervejas sobre o tapete, ou até de a levar no carrinho ao alto com o código de barras no ponto de conseguir digitar o código, pega nela para me entregar pela frente, deixando-a por momentos sobre o acrílico. Com receio de o peso partir o acrílico, pego nela com algum esforço, pois aquela operação faz muito mal a coluna. Digo: "não faça isso, podia ter partido o acrílico!" Ao que o senhor responde: "e era você que ia pagar !?" Ao que eu respondi:" tenho que zelar pelo equipamento e principalmente pela minha coluna!"

Existe até, pelo menos uma marca, que tem um código de barras picotado que dá para o cliente  retirar e entregar à operadora de caixa!

Quando este cliente se despediu disse em tom irónico: "e não se esqueça de ir ao cemitério por umas florzinhas na campa do Belmiro, que ele agradece!"

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Enfim, é cada um! Haja paciência!

A intrusa do supermercado

Uma cliente andava só de um  lado pro outro, julguei que estava com a senhora que eu estava a atender, pois estava justamente frente ao terminal de pagamento automático, parecia que tinha estado a ver o registo dos produtos e ia ser ela a pagar!

Digo o total a olhar para ela, e ela fica a olhar para mim sem pestanejar. A dona, por assim dizer, da conta, diz que estava a ver se a senhora lhe queria pagar a conta. Percebo que afinal não estavam juntas.  Peço à intrusa/emplastra para dar licença. Ela ainda responde: "faça favor" , mas não se mexe, nem saí do lugar. Eu digo "tem de se afastar um pouco, e ela ainda responde: "está aí muito espaço!" Respondo: "Mas esse espaço não lhe pertence, pertence à pessoa que está a ser atendida, e ela tem o direito de pagar a conta sem que a senhora veja o código secreto do cartão!"

Lá se afasta de trombas. O tempo que a estive a atender, só lhe disse as palavras que um robô lhe diria!

Certamente, esta pessoa, não tinha a intenção de espiar o código da outra cliente, certamente é só totó e incivilizada!

Haja paciência infinita!

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A empata filas

Felizmente são casos raros, mas existe uma senhora, uma família porque costumam ir em grupo, mas é mais essa senhora, que tende sempre a empatar a fila.

Há sempre um motivo, quando não há, ela inventa. É uma confusão, porque não organiza, cada cupão com o seu cartão, depois a conta era para dividir, mas não avisou e tenho de anular artigos. Também costuma estar a falar ao telemóvel. Isto quando não desaparece e é preciso esperar por ela, porque é ela, quem paga!

Da última vez deixou dois elementos da família na caixa e foi para o balcão resolver qualquer coisa. Na hora de pagar, como ela é que tinha o dinheiro, e não estava, meti a conta em espera e atendi outro cliente. Ficou ofendida e disse que eu tinha de esperar porque estava a resolver uma questão.

O problema, não é eu esperar, é a falta de respeito por quem está na fila.

Quando a vejo no supermercado, já sei que vai haver demora. Chego a desejar que não me calhe na rifa, e eu até sou uma pessoa paciente, e que gosta de dar atenção, e fazer um bom atendimento aos clientes.

É  preciso paciência, paciência infinita! E também se arranja para estas pessoas!

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É preciso ter muita paciência no atendimento ao público

Uma cliente estava a arrumar os seus artigos nos sacos, quando me diz que se esqueceu de uma coisa e que vai, num instante, buscar!

Entretanto o tapete começa a ficar cheio de coisas, eu termino o registo e a senhora, nunca mais volta. Com a intenção de despachar as coisas, para que os outros clientes não fiquem á espera, vou embalando as compras da senhora nos sacos, colocando os detergentes nuns sacos e os alimentos em outros. Quando ela regressa, não trazia um, mas vários produtos. Quando vê que embalei os artigos nos sacos, despeja-os, dizendo que, tinha de levar as coisas separadas, porque havia coisas dela e outras da mãe!

De vez em quando, surgem estas pessoas assim, sem noção. Só fez foi empatar os outros clientes. Nós por vezes queremos ajudar, com o embalamento nas compras nos sacos, e as pessoas, são cheias de critérios para as compras irem nos sacos!

É preciso ter muita paciência!

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Treinadores de bancada - é o cliente que manda

Estava tudo a correr normalmente, mas de um momento para o outro, as filas começaram a aumentar.

O Continente tem o balcão de atendimento, onde quem lá está, consegue perceber, normalmente, quando é altura de chamar mais alguém para as caixas.

No entanto, já por diversas vezes, os clientes me pediram para eu chamar alguém para as caixas. Isso voltou a acontecer. Eu disse que as colegas já iam chamar, porque eu até podia chamar, mas cada macaco no seu galho, e a situação ainda não estava nesse ponto de gravidade!

Por vezes não é possível chamar logo naquele momento, é só preciso terem um pouco de paciência!

Entretanto, um cliente que estava na fila, e que tinha com certeza ouvido uma outra cliente, já lá ter ido pedir para eu chamar alguém, diz-me:" olhe lá, estão ali duas colegas suas na conversa, não as pode chamar para a caixa!?"

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Primeiro, fiquei com o meu ar de espanto a olhar para o senhor, depois procurei ver quem seriam as colegas. Quando percebi disse ao senhor:" olhe aquelas colegas não estão na conversa, é uma chefe , certamente a transmitir uma ordem de tralho à operadora de loja. Nenhuma delas é das caixas. E também é preciso pessoas para colocarem os artigos nas prateleiras!"

Isto é mesmo inacreditável, agora os clientes, querem ser eles a decidir quem vai para as caixas. Certamente metiam todas as pessoas nas caixas e depois não iam ter artigos nas prateleiras!

Haja paciência infinita!

Quando há um problema, é preciso calma e paciência

Agora, quase todos os estabelecimentos, sejam pequenos, médios, ou grandes, incluindo super e hipermercados, têm disponível pagamento com MBway. É prático, principalmente se nos esquecermos da carteira e tivermos o telemóvel, que nos dias de hoje, é mais difícil de ser esquecido. Por acaso, e por enquanto, não uso!

Costuma correr bem, na maioria das vezes! No entanto, aconteceu certa vez, uma senhora fez o pagamento, no visor surgiu a mensagem que habitualmente faz, quando vai dar o Ok. No telemóvel da cliente aparece a mensagem de pagamento efetuado, mas a operação não dava concluído no meu visor. A senhora viu a sua conta bancária, onde aparecia como o valor tendo saído da conta.

Como  era a primeira vez que tal me acontecia, liguei para o balcão central, para saber como proceder. A minha colega verifica o sistema, e diz-me que assim eu poderia ficar com quebra (que era cerca de 100 euros). Para resolver a situação a senhora teria de repetir a operação, e se, por erro descontassem o valor duas vezes, o próprio sistema do Sibs, automaticamente, devolveria o dinheiro à cliente.

Estava eu a transmitir esta situação à cliente, quando a cliente que estava a seguir, pergunta se a posso atender, porque estava atrasada. Ao que eu respondo, que tinha de aguardar a sua vez, porque estava a meio de um atendimento. E ela responde "pois mas tenho uma consulta, os minutos estão contados!" Vai eu respondo-lhe que a senhora que eu estava a atender estava na vez dela e que quando há um problema é preciso tempo para o resolver e também lhe disse que se não resolvesse o problema, eu é que ia ficar prejudicada, e disse também que não tinha culpa de ela estar com pressa! Até que o marido desta concorda e pede desculpa por ela.

A senhora do MBway, aceita repetir o pagamento, e agradece-me a atenção e profissionalismo. Fiquei comovida, pela disponibilidade e educação dela. Agradeci-lhe também, e disse-lhe para se alguma coisa não estivesse bem, que podia voltar que devolvíamos o dinheiro. Ela disse que sabia disso, que sabia com quem estava a lidar!

O que foi realmente absurdo, foi a atitude outra senhora! Mas que falta de bom senso. Se tinha uma consulta, se estava atrasada, que culpa tinha a outra senhora, ou eu!? A responsabilidade era dela! Que se tivesse organizado melhor! Era por dois minutos, que foi o tempo a mais que demorou a resolver a situação, que ia chegar atrasada!?

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Enfim, haja paciência!