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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A pressa é maior nas filas

As pessoas quando vão ao supermercado, grande  parte,  vão com pressa, até mesmo ao domingo. Essa pressa é mais evidente nas filas da linha de caixas, porque nos corredores, há até disponibilidade para destapar produtos e cheirar, ou   nos momentos de encontro com conhecidos, também  há sempre tempo.

 Ainda há dois dias estive num supermercado da concorrência, e a fila era enorme, mas lá,  ninguém disse nada!

Este domingo  houve ali um momento de maior afluência. Situação que pode acontecer, em qualquer supermercado. Mas é principalmente no continente que as pessoas reclamam. Estava eu a atender uma cliente que não estava a conseguir fazer um pagamento quando alguém me chama. Era um senhor aos gritos. Diz-me:  "Olhe lá, não está a ver a quantidade de gente aqui à espera!? Mande abrir outra caixa!" Respondi que não era a mim que me competia mandar abrir outra caixa. Então ele diz: "Não pode abrir, mas pode chamar pelo rádio, ou tenho de ser eu a fazer o seu trabalho!?"  A partir desse momento e dado a consideração que ele teve pelo meu trabalho, deixei de o ouvir e continuei a fazer, justamente o meu trabalho. Se calhar se fosse, há uns tempos atrás teria ficado stressada e incomodada com esta atitude, mas ultimamente tenho andado a aprender, que quando não depende de mim, não tenho que me estar a stressar.

A demora nem sempre é por falta de mais caixas. Atendi um jovem casal com dois filhos, que primeiro tiraram as compras para cima do tapete e só depois, o homem foi ao carro buscar sacos. o tapete cheio de artigos, e a senhora a olhar para mim. Tinham carrinho, podiam ter metido lá os artigos e arrumado no parque, mas não, quiseram lá saber que havia pessoas à espera. As pessoas da fila olharam, mas não se manifestaram. Isto sim, incomoda-me!

Faço sempre o meu melhor, com a maior rapidez e eficiência que consigo, isso é que me importa !

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os clientes Insubordinados

Existem alguns clientes, que têm o seu feitio, as suas atitudes, que demonstram alguma insubordinação, deixo alguns exemplos, reais, só para refletir...

  • os que querem levar os carrinhos/cestos ao parque, quando estes são de uso só no interior da loja;
  • os que querem passar nas caixas selfies com carrinhos, quando estas caixas são só para os cestinhos;
  • os que passam sem compras, pelas caixas, quando a saída é por onde entraram;
  • os que querem usar o carrinho dos deficientes que encaixa cadeira de rodas;
  • os que querem entregar, justamente os produtos pesados, pela frente;
  • os que pensam que temos um leitor de código  barras nos óculos, e por isso não é preciso colocar alguns artigos no tapete;
  • os que que se metem em cima uns dos outros, não respeitando a privacidade para arrumar os produtos, ou para pagar a conta;
  • os que que nos dão unhadas e tiram os artigos das mãos;
  • os que não mostram os sacos trazidos de casa;
  • os que levam sacos de forma suspeita nos carrinhos;
  • os que levam ou querem levar brindes, sem pagar;
  • os que estão ao telemóvel e nem respondem ás nossas perguntas;
  • os que se penduram no nossos acrílico;
  • os que só se lembram de ir buscar sacos ao carro quando têm as compras para arrumar;
  • os que têm sempre voltar atrás, para buscar artigos esquecidos, empatando a fila;
  • os que não querem as regras já existentes, mas sim, criar as suas próprias regras e vontades;
  • os que têm de ir imprimir cupões, no momento de arrumar as compras;
  • os que precisam de  ir ao multibanco levantar dinheiro na hora de arrumar as compras;
  • os que desaparecem da fila, e depois não se sabe a quem pertence aquelas compras;
  • os que não falam;

Ainda bem que são uma minoria, mas mesmo assim, o atendimento ao público não é fácil!

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