Um cliente habitual, um senhor que deve ter algum problema com a água e com o sabão, chega à minha caixa e diz que precisa de dizer uma coisa. Normalmente nunca tem nada de simpático a dizer, mas desta vez resolveu implicar com a minha máscara, dizendo que a mesma era falsa. Isto porque eu não estava a usar a cirúrgica, mas sim outra * comprada no continente, e certificada. Sinto-me melhor com esta!
Começou a falar alto e a dizer que a máscara dele é que era boa.
Eu: Pois é a sua opinião!
Cliente: E tenho razão!
Eu: Mas deixe lá que a sua máscara no estado em que está, também não lhe vale de muito!
Cliente. Porquê !? O que tem a minha máscara? (Eu ia dizer que estava sebosa, mas contive-me)
Eu: Essas máscaras só têm duração de 4 horas, e pelo estado dela, tem muitas mais horas em cima!
Ele baixou a altivez e disse: "Eu até acho que nem deviam obrigar a usar a máscara"!
Por aqui se vê o incoerência do discurso; primeiro a minha máscara é falsa, depois , já acha que não deviam obrigar o seu uso!
É cada situação, haja paciência!
*as máscaras de proteção Happo são uma solução segura, ecológica e reutilizável.
Podia falar de tantas coisas relacionadas com este tema. Escolhi esta, porque é importante, e nem sempre é fácil fazer a tarefa corretamente, mais por culpa dos clientes, do que da empresa!
Para um cliente, é só uma embalagem pesada, para a operadora seriam dezenas por dia. Se é possível evitar lesões da coluna, porquê não o fazer!?
Estávamos num dia tranquilo em relação ao movimento. Estava um carrinho cheio encostado à minha caixa, mas não tinha dono. Chegou alguém com dois ou três artigos perguntou se podia passar, eu respondi "claro que sim", atendi e a pessoa foi embora. Chegou outra senhora, esta com um carrinho meio de compras, perguntou se podia colocar as compras, uma vez que estava lá um carrinho, eu respondi que o carrinho não marcava vez.
A senhora começou a colocar as compras, já tinha o tapete quase cheio de artigos, quando chega a dona do carrinho abandonado, e diz : "Então, eu estava primeiro"! É aí que eu digo: "Fui eu que chamei a senhora, o carrinho não marca vez, e eu não podia estar parada:!" Ao que ela respondeu: "Não podia esperar? Foram só dois minutos!"
As pessoas não têm mesmo noção. Para já, não foram só dois minutos, e mesmo que fossem, imaginem a operadora de caixa parada, porque estava ali um carrinho encostado, e os clientes na fila também parados, sem sequer puderem colocar as suas compras no tapete, porque mesmo vazio, estava a guardar o espaço para alguém, que não devia de estar, supostamente, muito longe!
Não dá, temos de circular, não se pode perder tempo, principalmente porque a maioria dos clientes vão ao supermercado com pressa!
Muito se tem falado, ou melhor, escrito em blogues. Muitos têm opinado, sobre o que é ser bloguista, o que é a blogosfera…Aliás estes conceitos já estão mesmo no dicionário .
Cada um é livre de ter a sua opinião. E a que escrevo, é apenas a minha, e vale por uma!
Então, para mim, um bloguista, para usar a palavra do português europeu, é uma pessoa que tem um ou mais blogues e escreve neles com a frequência que deseja ou pode. O blogue pode ter uma temática específica, ou não, são os autores ou autor que decidem isso. A blogosfera, é, digamos assim, a comunidades, o “bairro”, o universo onde tudo isto se passa; onde se interage com outros bloguistas. Ter um blogue, é um hobby, não é um emprego.
Agora outra questão de que se fala, é de bloguistas ganharem dinheiro com os seus blogues, mas , mesmo assim, continua, a ser um passatempo, não sei se no futuro, lhe passarão a chamar emprego.
Da minha experiencia pessoal, ganhei dinheiro apenas duas vezes com o blogue, mas apenas aconteceu, porque a publicidade estava relacionada com o tema do meu blog ”A lupa de alguém”. Entretanto, depois para continuar, teria de me inscrever nas finanças, passar recibos verdes, e achei que não valia a pena, não compensava. Não voltei a fazer, e já surgiram , outros convites, só que quem faz os mesmos , pede para que além de colocar um banner, eu redija um texto, que não tem nada a ver com a temática do blog (que sempre foi a mesma desde há 8 anos) teria de escrever sobre os produtos da empresa. Ora, assim, o blogue deixaria de ser meu, eu teria de escrever para agradar alguém, alguém que me estava a pagar, assim, se calhar, já não seria bem um hobby.
Agora, nos blogues de moda, por exemplo, acredito que as marcas concedam produtos aos autores para os testarem. Mas e se o bloguista não achar que o produto tem qualidade, escreve na mesma, bem, sobre o mesmo para receber o seu cachet?
Claro que, também deve de haver outras opiniões, bem fundamentadas e diferentes da minha. Li uma, que, tive de discordar, alguém disse «(…) Se não querem ser profissionais, e apenas escrever um diário pessoal, sem fins comerciais, serão outra coisa qualquer na vida, mas não blogger!» Vi este parecer aqui .
Então, mas agora, há bloguistas profissionais e amadores? Os profissionais, são aqueles em que os autores são pessoas famosas!? Eles são mais bloguistas que eu? Ou os profissionais são os que ganham dinheiro e são particionados por marcas?
Para mim, podia chamar profissionais aos que escrevem bem, com correcção. (Sei que não é o meu caso, pois, tenho consciência dos pontapés que dou na gramatica!) Os jornalistas, por exemplo. Mas há mais, os professores os psicólogos. Esses, prestam realmente um serviço é comunidade. E esse serviço é normalmente gratuito! Os autores são profissionais nas suas respectivas áreas.
Eu acredito que exista mais blogues e bloguistas que escrevem para partilhar experiencias, desabafar, descomprimir, aconselhar, divertir, receber conselhos, elogios, criticas, se forem fundamentadas, muitos até no anonimato, do que como forma de ganhar dinheiro e de dar nas vistas!
Se calhar, podíamos pedir opinião sobre este tema a alguém com conhecimento de causa para opinar, um jornalista, por exemplo, e mesmo á equipa do Sapo Blogs, já que as outras plataformas, não têm uma cara/imagem/pessoa…
Com todo este mau tempo de chuva, é quase certo este tema ser abordado entre a operadora e os clientes. Frases do género "bom dia" com resposta, "nada bom hoje"! Enfim conversas típicas e banais. Mas houve um cliente, que teve um registo diferente , e disse: "mas de quem é a culpa? Não andaram aqui há dois anos a fazer procissões para que chovesse? É o resultado, as coisas andam sempre atrasadas"! As pessoas ouviram caladas, eu sorri, e o homem disse " não se esteja a rir porque é mesmo assim"!
Na pele de cliente fui a um hipermercado do mesmo grupo para o qual trabalho. Uma outra localidade. Como estava de passagem não levei os meus sacos ecológicos e tive de usar dos de plástico. Neste hipermercado são as operadoras que embalam todos os artigos e não colocam um único saco á disposição do cliente. É um uma boa medida por uma lado, mas por outro, estive eu e a pessoa que me acompanhava ali parados á espera que nos embalassem as compras. Na verdade poupa-se em sacos ( o que é muito bom) mas e o tempo que podíamos poupar se estivéssemos a embalar enquanto a operadora passa as compras, é que podíamos ser três a embalar!
Já me aconteceu clientes quererem ser eles próprios a embalar os artigos, ou porque é para locais deferentes ou porque um saco era para a avó outro era para a prima, enfim! Pois realmente não sei. Só fazendo um inquérito.
Na vossa opinião, preferem que seja a operadora, vocês, ou a operadora e a vocês em conjunto?
“ (...) questionário permite-lhe expressar a sua opinião sobre a forma como se trabalha na Sonae Distribuição, e está a der distribuído simultaneamente a todos os colaboradores (...) é essencial que participe e que responda exactamente o que pensa (...) a primeira resposta que lhe ocorrer é a melhor, porque é a mais genuína (...) preencha o questionário sozinho não partilhando as respostas. Os questionários são anónimos e toda a informação neles contida é absolutamente confidencial. A informação será analisada exclusivamente pela MBAConsultores, sendo os questionários posteriormente destruídos (...)"
Era mais ou menos assim que começava o chamado "Barómetro de Opinião", uma longa lista de perguntas a que nós colaboradores Sonae tivemos de responder. Estas perguntas eram essencialmente para ver o nosso grau de satisfação no trabalho. Gostei de fazer o inquérito, uma vez que é anónimo, pude ser absolutamente sincera naquilo que respondi. No fim do inquérito havia umas linhas em branco, onde nós podíamos acrescentar alguma coisa que faltasse nas perguntas, eu aproveitei para pedir mais horas para as operadoras de caixa. Sim, mais horas, porque nas outras secções os colegas trabalham a oito horas e nas caixas só aceitam pessoas em partime. Fazer mais horas para mim significava um aumento de ordenado, maior estabilidade, maior satisfação. Afinal até hoje ainda ninguém me explicou qual a razão de as operadoras de caixa nesta empresa só poderem trabalhar a partime...Deveria haver as duas hipóteses, deveria ser opção e não imposição...