Existem alguns clientes, que têm o seu feitio, as suas atitudes, que demonstram alguma insubordinação, deixo alguns exemplos, reais, só para refletir...
os que querem levar os carrinhos/cestos ao parque, quando estes são de uso só no interior da loja;
os que querem passar nas caixas selfies com carrinhos, quando estas caixas são só para os cestinhos;
os que passam sem compras, pelas caixas, quando a saída é por onde entraram;
os que querem usar o carrinho dos deficientes que encaixa cadeira de rodas;
os que querem entregar, justamente os produtos pesados, pela frente;
os que pensam que temos um leitor de código barras nos óculos, e por isso não é preciso colocar alguns artigos no tapete;
os que que se metem em cima uns dos outros, não respeitando a privacidade para arrumar os produtos, ou para pagar a conta;
os que que nos dão unhadas e tiram os artigos das mãos;
os que não mostram os sacos trazidos de casa;
os que levam sacos de forma suspeita nos carrinhos;
os que levam ou querem levar brindes, sem pagar;
os que estão ao telemóvel e nem respondem ás nossas perguntas;
os que se penduram no nossos acrílico;
os que só se lembram de ir buscar sacos ao carro quando têm as compras para arrumar;
os que têm sempre voltar atrás, para buscar artigos esquecidos, empatando a fila;
os que não querem as regras já existentes, mas sim, criar as suas próprias regras e vontades;
os que têm de ir imprimir cupões, no momento de arrumar as compras;
os que precisam de ir ao multibanco levantar dinheiro na hora de arrumar as compras;
os que desaparecem da fila, e depois não se sabe a quem pertence aquelas compras;
os que não falam;
Ainda bem que são uma minoria, mas mesmo assim, o atendimento ao público não é fácil!
Dou-lhe o saco e ela pergunta: "Quanto é que este saco mede?" Penso que é uma pergunta retórica e não respondo! No entanto, a senhora insiste:" Mas quanto é que isto mede!? Eram maiores, já estão mais pequenos!?" Respondo que aqueles sempre tiveram o mesmo tamanho!
A cliente que estava a seguir, estava de queixo caído a ouvir a conversa e quando a senhora se vai embora, diz-me " Ai eu não tinha paciência para estar aqui, estava capaz de dar uma abanão à mulher! Mas ela queria que você medisse o saco!?" Respondi que já nem ligava, que já estava há muitos anos no atendimento ao público e que havia sempre clientes assim e até piores! A resposta foi: "ai coitadas de vocês!"
Lá vem mais um daqueles clientes que me quer por a recordar a tabuada, a fazer contas de somar, de subtrair e de me confundir!
Sei que se forem garrafões de 6 ou 7 litros, de agua, por exemplo, é melhor tanto para a operadora de caixa como para o cliente, fazer uma conta de multiplicar, e assim o cliente põe um e são seis. Mas, artigos pequenos e leves, que depois são o mesmo preço, mas são de aromas diferente, no caso dos detergentes ou de sabores diferentes no caso dos sumos, não havia necessidade. Cada artigo tem o mesmo preço, mas tem código diferente! Depois baralham tudo e o melhor já é anular o talão e fazer tudo de novo! É uma chatice!
Principalmente artigos leves, deveria ser obrigatório porem tudo sobre o tapete!
Uma cliente estava a arrumar os seus artigos nos sacos, quando me diz que se esqueceu de uma coisa e que vai, num instante, buscar!
Entretanto o tapete começa a ficar cheio de coisas, eu termino o registo e a senhora, nunca mais volta. Com a intenção de despachar as coisas, para que os outros clientes não fiquem á espera, vou embalando as compras da senhora nos sacos, colocando os detergentes nuns sacos e os alimentos em outros. Quando ela regressa, não trazia um, mas vários produtos. Quando vê que embalei os artigos nos sacos, despeja-os, dizendo que, tinha de levar as coisas separadas, porque havia coisas dela e outras da mãe!
De vez em quando, surgem estas pessoas assim, sem noção. Só fez foi empatar os outros clientes. Nós por vezes queremos ajudar, com o embalamento nas compras nos sacos, e as pessoas, são cheias de critérios para as compras irem nos sacos!
O continente tem uma nova caderneta, desta vez a coleção é de talheres.
Cabe a nós divulgar a campanha, mas também há flyers, e cartazes espalhados pelo supermercado.
A maioria dos clientes gostaram da ideia e estão a fazer. Mas, surge sempre alguém que tem de deixar comentários negativos, do tipo "ah ainda se fosse panelas" ou "ah ainda me falta levantar uma faca", ou ainda "ah depois isso tem prazo nunca chego ao fim"! Respostas, que bastaria responder um SIM ou um NÂO!
Faltava uns cêntimos a um cliente para fazer múltiplo de €20, já que o cliente recebe um selo, por cada vinte euros, pergunto se quer juntar alguma coisa para levar mais um selo (porque é assim que funciona) e a pessoa responde: "não, não, você é que tem de me dar mais um, porque é assim que fazem em Lisboa!" Pois não dei, porque faltava dinheiro, pela arrogância e para a pessoa perceber que não é assim que funciona, disse-lhe "pois, mas aqui não é assim!"
Estou a atender um jovem casal. A dada altura a senhora pergunta se pode colocar determinados artigos no tapete de saída e contabilizar dali. Digo que não. Quer saber porquê! Digo que para aquele lado só vão os artigos depois de registados. Continua a perguntar porquê. Respondo que são normas da empresa e digo onde está escrito que é assim o procedimento!
Responde que mesmo sendo normas da empresa, estando tantas pessoas na fila, eu tinha de facilitar para ser tudo mais rápido (na perspectiva dela, da maneira dela, as coisas seriam mais rápidas)! Diz-me também que é promotora e que é ela quem trata do registo dos nossos furtos, e que nós não somos assim tão eficazes a evitar roubos.
Há ainda tanta gente que não entende que existe o tapete de receção de artigos e o tapete de saída e que cada um tem um propósito!
Depois de fazer o pagamento, entrego-lhe os talões e os selos. Diz-me se posso registar-lhe uns copos que já me dá a caderneta. Entretanto, vê que os copos estão perto e que eu estando envolta em acrílico não consigo lá chegar, passa pelo cliente que já está com os produtos em cima do tapete, trás os copos. Quando peço a caderneta, diz que ainda tem de colar os selos. O cliente que tem os produtos no tapete ainda pergunta se não lhe posso registar os produtos, peço desculpa, digo para aguardar só um bocadinho. Porque estando ela lá, o outro cliente não podia avançar.
Era esta a pessoa que achava que eu tinha de quebrar regras para facilitar, porque estava muita gente à espera. Foi esta criatura que empatou a fila, com as suas ideias, arrogância, e superioridade! Fez os outros esperar mais tempo ainda. Grande lição de moral! Calada, era o que devia ter ficado!
Quando ela saiu o cliente a seguir até disse " e é ela doutora"! E disse mais umas coisas nada abonatórias.
Realmente estas pessoas não se enxergam, não têm humildade alguma. É este tipo de clientes e de situações que me deixam indignada! Haja paciência!
Estou a terminar o atendimento a um cliente, digo ao próximo para avançar. A cliente avança, mas não coloca logo as compras no tapete. Quando olho para o atapete já está todo molhado. A senhora tinha um frasco grande de spray na gabardina, e tal como um agente secreto ia dando ao gatilho do sray e deixando tapete todo desinfetado. Perguntou se eu ia secar ou se queria que ela limpasse. Claro que eu disse que limpava. Já do outro lado, a senhora desinfectava as mãos, fê-lo umas duas ou três vezes. Reparei que tinha um crachá que dizia "distanciamento social de 2 metros"!
Há de tudo "neste " supermercado, pessoas que se estão nas tintas para o vírus e que querem é despachar-se, e pessoas assim, de extremos! Também existe o meio termo, claro!
Todos os anos é a mesma coisa, nem vale a pena pensar que este ano podia ser diferente. Os emigrantes, voltam ao seu país, para matar saudades, para descansar, estar com amigos e parentes. Saudades, mas não, de falar português! Costumam ir ao supermercado, entre julho e agosto, muitas famílias/grupos fazer as compras para as férias.
Será que em França, quando estão em casa e em família, não se fala português? Porque no emprego/trabalho, nas compras, ou em qualquer serviço é normal, pois estão em França! Não sei se o fazem de propósito, mas fica aborrecido, estarem falar francês, depois português, e depois ainda, as duas línguas na mesma frase! Eu, mesmo que os entenda, faço questão de responder em português!
A meu ver, é principalmente na língua francesa que este facto mais se faz notar!
A propósito do blogue e até dos livros, perguntaram-me se antes de escrever em blogues, ou seja, se antes de blogar já tinha a mania de escrever. Se cheguei a ter algum diário!?
Sim, tinha cadernos, tipo temáticos. Cada caderno um tema, ou um período da vida. Não era propriamente um diário com cadeado. Sempre gostei de escrever, como forma de descomprimir. Talvez porque não havia quem tivesse paciência de ouvir!
Uma senhora vinha a queixar-se, porque lhe tinham tentado impedir de tirar a rama do abacaxi. Expliquei que a rama fazia parte do fruto e que não se podia separar. Entretanto, reparo que a rama vinha já separada no saco , e diz-me: "Vá pese lá isso com a rama, mas depois fique aí com ela , que eu vou para um 3º andar sem elevador, não posso levar tanto peso!"
Num curto espaço de tempo é o 3º caso em que clientes querem levar o abacaxi desramado*, não percebo, parece que se está a formar um gang do abacaxi !
Nota: *não sei se a expressão existe, mas se não existir, acrescenta-se. Desramar = ato de tirar a rama