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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

Ainda há detalhes, e pormenores a tratar neste campo

Uma  jovem senhora vem a chegar com uns artigos na mão,  e pergunta-me se pode passar. Julguei que ela tinha pedido a vez a uma senhora que tinha o tapete cheio, mas como ainda faltava atender um senhor,  eu disse " sim, mas este senhor, está ainda para ser atendido!" Ao que ela responde, apontado pra trás de onde estava o marido com uma criança ao colo: "Pois, mas você não levanta a cabeça!? Eu tenho um bebé"!

 

Pedi desculpa à senhora pela minha "falha" pedi licença ao senhor que deveria atender, e atendi a madame, enquanto o papá passou pro outro lado com a criança, que estava tranquilinha. Vi o olhar das pessoas e pensei que fosse dar problema. A senhora que tinha o tapete cheio de artigos, depois desta sair, educadamente questionou-me e opinou sobre a atitude da senhora.  Respondi que concordada com ela e que a entendia, porque faltou àquela mãe, educação e principalmente bom senso, pois, apesar de ela ter o direito, a criança estava com o pai,tranquila. Não estavam muitas pessoas na fila, era só esperar um bocadinho.

 

Acho que esta lei, ainda tem umas arestas a precisar de serem limadas... faltam uns cartazes, conversas, informações, flyers a apelar ao bom senso das pessoas...

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Se não fosse cómico, seria trágico

Hoje de manhã, havia filas. Na minha fila estava a pessoa que eu estava a atender, a seguir estava uma senhora já com alguma idade, depois outra e mais trás uma outra senhora, bem mais jovem.

 

Termino a pessoa que estava a atender e quando vou para  atender a pessoa que estava a seguir, a senhora que estava atrás desta, diz: "Sou eu, porque tenho prioridade". Vai a senhora da frente pergunta porquê, ao que esta responde: " Porque sou idosa, e a nova lei, agora é assim"! Vai daí, a senhora que estava à frente responde:" Eu conheço bem a nova lei, e não é só ser idosa, é preciso ter alguma coisa, e eu fui operada a um joelho!"  Começo então, a atender a pessoa que estava à frente.

 

A senhora que se considerava idosa, até tinha poucos artigos, e se, ao invés de invocar a nova lei, tivesse pedido com jeitinho, esta senhora até tinha deixado passar, mas como teve uma atitude de arrogância, perdeu...

 

Sabem  o mais cómico disto tudo, é que esta senhora que dizia ser idosa, apenas tinha mais três anos que a senhora que atendi à frente. Foi a senhora mais jovem que averiguou as idades.

 

Por fim, quando ambas já tinham saído, tivemos de nos rir do caricato da situação...

A prioridade começa logo em cima do tapete?

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Estava a falar sobre as novas regras de atendimento prioritário com os clientes, e uma cliente faz a seguinte pergunta: "Se eu já tiver as minhas compras em cima do tapete e chegar um cliente prioritário, eu vou ter de empurrar  as minhas compras, ou mesmo retirá-las para que esse cliente seja atendido à minha frente?" Respondi: "Julgo que sim"! E a senhora responde: "Pois mas aí, acho mal, acho uma falta de respeito por mim, ou quem estiver nessa situação.  Prioridade, sim, tudo bem, mas...até ao momento em que  os produtos estão dentro dos carrinhos e não quando já estão em cima do tapete"!

 

Bem vistas as coisas a senhora tem uma certa razão. Por isso, acho que esta parte, terá de ser melhor esclarecida...

Entra em vigor dia 27 o DL58/2016

O D.L.nº58/2016 em vigor a partir de 27 de dezembro de 2016, regulamenta a obrigatoriedade de todas as entidades públicas e privadas que prestem atendimento presencial ao público, de PRESTAR ATENDIMENTO PRIORITÁRIO.

 

Com a entrada em vigor deste decreto lei, o continente vai  continuar a garantir a  exelência de serviço que presta aos seus clientes, cumprindo de forma rigorosa as indicações presentes nesta legislação.

 

Tipos de cliente prioritário...

 

Pessoas com deficiência ou incapacidade

Clientes que apresentem dificuldades físicas ou mentais que limitem ou dificultem a sua atividade. 

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Grávidas

Uma mulher em qualquer fase da gravidez tem direito a usufruir de atendimento prioritário.

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Pessoas com mais de 65 anos e com limitações

Clientes com +65anos e que apresentem evidente alteração ou limitação das funções físicas ou mentais.

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Pessoas acompanhadas de crianças até 2 anos

Clientes que se façam acompanhar de criança até dois anos de idade.

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O que muda na loja

Devemos aceitar o pedido de atendimento prioritário em qualquer área da loja que tenha atendimento presencial ao cliente:

  • Balcão de informação
  • Caixas (checkouts tradicionais e fila única)
  • Balcões de atendimento permanente: talho, peixaria, charcutaria, take-away, padaria/pastelaria, cafetaria, frutas/legumes.
  • Nos balcões os clientes prioritários são atendidos por ordem de chegada

Caixas Prioritárias deixam de existir...

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O cliente prioritário é que tem de pedir prioridades aos outros clientes. Se o cliente não prioritário se recusar a  a deixar passar o cliente prioritário, o nosso dever é transmitir a este, que desde o dia 27/12/2016, todas as entidades públicas e privadas são obrigadas a prestar atendimento prioritário sempre que solicitado ao abrigo do DL58/2016. Se mesmo assim houver confusão, chamar a policia é a solução.

Acredito que no inicio possa haver alguma estranheza, mas espero que com o tempo as coisas se componham...

 

(Este post foi elaborado com auxilio de formação/informação recebida.)

 

 

Não há lei

 

 

Aconteceu com uma colega que trabalha num supermercado de outro grupo, pedir dispensa para ir ao casamento da irmã e não terem dado autorização. Pelo que sei não está no código do trabalho nenhum artigo que fale sobre o assunto ou que autorize essa dispensa, o que é lamentável, mas e o lado humano? Afinal não somos máquinas, temos família, amigos. Não é suposto os patrões quererem os seus empregados satisfeitos? O resultado dessa dispensa não iria ao fim e ao cabo ser benéfico para ambos? Essa colega não foi ao casamento da irmã (com medo de perder o emprego, pois disseram-lhe que podia acontecer)   e passou o dia a chorar...

 

Desde que estou nesta empresa já fui a alguns casamentos, sempre pedi autorização com antecedência e sempre fui atendida. Nesse aspecto não tenho que me queixar.

 

Era bom que houvesse mais estas pequenas cedências, ainda que justificadas e até quantificadas (para não haver abusos, porque depois, por causa de uns pagam outros); e que a falta para ir a um casamento de um parente próximo ou mesmo amigo não fosse motivo para despedimento por justa causa!

 

De volta ao assunto: sacos de plástico...

 Mais uma vez volto a falar sobre este assunto, pois é um facto que me preocupa. As pessoas continuam a levar imensos sacos de plástico, apesar de nós operadoras de caixa, muitas vezes tentarmos que isso não aconteça. Poucos e raros são os indivíduos que usam sacos ecológicos ou que trazem sacos alternativos de casa. Nesta altura são mais os emigrantes que tomam essa opção.   Como já aqui mencionei tenho um projecto para ajudar a diminuir este excesso de uso dos ditos sacos, só ainda não sei a quem o devo apresentar.   Já que estou sempre atenta ao assunto, deixo aqui uma notícia relativa ao caso que encontrei ontem no jornal de notícias...

 
 

Sacos de compras vão ser ecológicos   

Partidos e ambientalistas querem plástico biodegradável e recipientes reutilizáveis nos supermercados

 

  A discussão parlamentar de várias iniciativas legislativas para a redução e eliminação dos sacos de plástico convencionais dentro cinco anos acendeu a polémica, com a indústria a criticar a medida e os ambientalistas a pedir mais acções (...)

 

Os sacos de plástico usados nas compras são uma parte importante do problema dos resíduos urbanos, pois muitos não chegam a entrar nos sistemas de reciclagem, sublinham os partidos. O pagamento dos sacos nos supermercados ou a introdução de uma taxa sobrecarregam os consumidores e o recurso a materiais biodegradáveis ("bioplásticos" com resíduos da agricultura) não resolve o problema, nota o PEV (...)

 

As resoluções recomendam ao Governo a proibição, até 2013, dos sacos de compras convencionais; campanhas de sensibilização para a redução e cessação do seu uso e substituição por sacos reutilizáveis, alcofas, sacos de pano ou "troleys"; incentivos financeiros ao desenvolvimento e distribuição de plásticos biodegradáveis e à substituição dos sacos convencionais; e melhorias nos sistemas de recolha selectiva de resíduos (...)