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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

Ingenuidade ou falta de civismo?

Ainda uma cliente não tinha feito o pagamento, já o cliente seguinte, tinha estacionado o seu saco à minha frente. A senhora fica admirada, mas não diz nada. então eu digo "olhe pode dar licença que termine de atender esta senhora, ela tem de usar essa maquineta para  colocar o multibanco!" Ao que o senhor responde, continuando encostado á dita maquineta :  "Faça favor e não tenha medo que eu não sou da policia judiciária!" Volto a intervir dizendo: " Mas a senhora precisa de privacidade, pois tem de marcar o código!" Lá se afastou uns centímetros!

 

Isto faz-me nervos, nos bancos as pessoas respeitam o espaço do outro, porque que é no supermercado não respeitam!? É preciso uma sinalética no chão para que o cliente seguinte, deixe o cliente que está a ser atendido, tenha o direito de pagar e arrumar os produtos, sem a observação  dos outros!?

 

Falta informação porque até pode haver pessoas que o façam por ingenuidade, mas a maioria é mesmo por falta de civismo!

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Esperteza ou ingenuidade

Vejo uma senhora a passar à minha caixa com o carrinho de compras sem as colocar no tapete. Digo: "Olhe, desculpe, não pode passar assim com as compras, tem de as meter em cima do tapete"! Não  pára, continua acelerada e responde:  "Eu vou só chamar a minha filha" ! Saio da caixa e vou ter com a senhora, digo:  "Pode ir chamar a sua filha , mas o carrinho fica deste lado"!

 

Ufa! Há cada uma!

 

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Ainda sobre os sacos

Uma senhora coloca as suas compras sobre o tapete e passa com dois sacos do continente de baixo do braço. Eu apenas disse: "os saquinhos já trazia de casa de casa, certo" ( nem pedi para verificar o código de barras)!? A cliente respondeu: " não, tirei ali daquele monte"! Ao que eu respondo: " então pode me emprestar para eu registar que já lhe devolvo:"! É então que a senhora me responde: " Registar? Então, mas isto paga-se? Então levo só um"!

 

Ingenuidade!?

Por vezes, no supermercado, temos uma promoção nuns queijinhos frescos santiago, em que na compra de dois há um de oferta. O que é de oferta tem um autocolante de fundo preto e letras amarelas a dizer "oferta", e os três estão ligados. Não sei se conhecem a promoção? Acontece, que uma senhora, quando chegou à caixa tinha entre os seus artigos só aquele que é de oferta. Eu ainda perguntei pelos outros dois, por achar que se podiam ter separado uns dos outros, mas senhora, ingenuamente ( acho eu) disse-me se não podia só levar aquele que era gratuito. Devo de ter feito cá uma cara! Mas ao mesmo tempo fiquei com pena de desiludir a senhora e dizer-lhe que só tinha aquele de oferta se levasse os outros dois... A senhora disse-me que assim já não queria levar.

Acontece-me cada uma!

 

 

Será isto ingenuidade ou esperteza saloia!?

A entrada para o supermercado é mesmo ao fundo, depois de passar por todas as caixas. Muitas vezes os clientes, alegando pressa, tentam passar pelas caixas. Mas tal não é permitido, além de ser uma regra, o cliente também vai atrapalhar o atendimento que está a ser efectuado.

Ontem um velhote passa pela caixa. Digo-lhe: "Desculpe, mas o senhor não pode entrar por aqui, tem de entrar pela entrada" - ao que ele me responde: "Eu não vou roubar nada menina! Sou gente séria! Fique descansada!"

Será isto ingenuidade ou esperteza saloia!?

 

 

 

Não me faças rir colega, estou a tentar conter-me!

Estou a atender um senhor de nacionalidade Ucraniana ( ou outra da Europa de Leste que não distingo). Para além de eu não o conseguir entender, pois ele falava mal a nossa língua, este senhor tinha um palito na boca o que ainda dificultava mais a comunicação.

 

Ele queria me fazer uma pergunta, e eu não estava a entender. A colega que estava atrás de mim, começou rir da situação. Eu estava a tentar conter-me, mas a situação não estava fácil. O que este senhor me queria dizer era se eu podia descontar um vale da Galp que não estava ali com ele, mas lá em casa , porque ele se tinha esquecido!

 

Nem imaginam o enredo que foi! Depois do senhor sair, eu, a minha colega, e todos os clientes que estavam por perto rimos. Não foi um riso de gozo,  imagino a dificuldade que eu teria no país dele...apenas nos rimos de todo aquele episódio. E achamos graça  também o facto de o senhor não ter tirado o palito, e da ingenuidade da pergunta!

A velha senhora do carrapito...

 

Não sei se já vos disse que a cidade onde eu trabalho é rodeada por vilas e aldeias de gente humilde,   muitas destas pessoas ainda ligadas á agricultura. Muitas vezes os mais velhos têm de apanhar o autocarro para ir á cidade tratar dos seus assuntos e também para fazer as comprinhas. Eu gosto de atender estas pessoas, são simpáticas, atenciosas e por vezes até lamento não ter mais tempo para os ouvir, pois gostam de conversar. Têm sempre uma história para contar.

 

Hoje uma senhora, já com bastante idade, mas bem composta de colares e pulseiras com um carrapito, chegou perto da minha caixa do lado de fora com os artigos na mão. Sim ela saiu pela “saída sem compras", não se meteu na fila do outro lado como devia fazer. Nenhum segurança a viu passar! Mas foi de uma tal ingenuidade que quando lhe disse que não deveria ir por ali, ela só disse:" como não vi ninguém!" Expliquei-lhe para da próxima passar pelo outro lado, mas fiquei com a sensação que ela não entendeu nada.

 

Se calhar ela nem devia andar assim sozinha pois pareceu-me um pouco baralhada, espero que ela tenha chegado bem a casa.