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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

O reconhecimento

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Recebi no mês de outubro, juntamente com dois colegas o prémio do funcionário do mês (temos este incentivo na empresa), que foi um carrinho de compras.

Apesar de saber o meu valor, não estava à espera e fiquei muito feliz.

Como operadora de caixa e pessoa no trabalho sou:

  • mais que pontual, pois chego sempre minutos antes da hora, e raramente me atrasei;
  • cordial com os clientes. Conheço as histórias de alguns clientes e faço uma espécie de psicologia ou sociologia com eles. Tenho até pena que, com a pressa de ter de ser despachada, não lhes possa dar mais atenção e conforto;
  • mesmo se alguma situação não corre pelo melhor, tento sempre dar a volta de forma educada.
  • recebo elogios dos clientes pela minha forma de agir com eles, e isso para mim, vale ouro;
  • mesmo que esteja num dia menos bom, faço um esforço para que não se note,e, por vezes o trabalho é terapêutico, pois os clientes conseguem tornar o meu dia mais animado
  • Verifico sempre se o carrinho está vazio, ao passar para o outro lado, bem como os sacos trazidos de casa. Por vezes há "brindes", esquecidos;
  • também resisto as ocorrências, quando algum artigo não passa e é necessário, chamar as vendas;
  • vou sempre trabalhar estimulada, nunca foi um frete ir trabalhar, pois gosto muito do que faço e da empresa a que pertenço, e que sempre defendo;
  • em relação às pausa, só peço para fazer pausa quando faço 5 horas seguidas. Por vezes, e porque não consigo comer de manhã quando saio de casa, e se estou cheia de tonturas, lá peço, mas nessas alturas, vou a correr e despacho me o mais rápido possível. Á casa de banho, só peço para ir se não conseguir mesmo aguentar. Embora veja outras/ colegas irem conforme precisam, a mim disseram uma vez que não tinha direito, e eu respeito às ordens que me são dadas;
  • troco folgas e horários sempre que me pedem, se não faço mais horas, é devido à fibriomialgia, que por vezes, me deixar numa fadiga horrível, mas faço tudo para que isso não afete em nada o meu  desempenho;
  • Nunca falto. Este ano tive uma semana de baixa em janeiro porque tive COVID, de resto, mesmo com alguma dor, resisto. 
  • não entro em conflito com ninguém, nem clientes, nem colegas, como alguém já me disse "és sempre politicamente correta";
  • no fim do meu turno, deixo sempre o meu posto de trabalho impecável, limpo, arrumo os produtos que ficaram, os alarmes, as quebras, tudo no sitio;
  • não tenho quebras, pelo menos significativas. nestes anos todos tive um significativa;
  • o meu ponto mais fraco, é a venda dos vales. Não tenho grande talento para vendedora, e, quando ouço respostas desanimadoras, fico ainda com menos força, para pedir. Mas mesmo assim, já houve, há uns tempos uma situação, onde cheguei ao primeiro lugar.

O reconhecimento da empresa para este prémio, foi importante para mim, tal como é o reconhecimento, carinho e boa disposição que os clientes têm para comigo.

Gratidão!

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Um agradecimento aos clientes...

Ontem, faltou a luz. Numa hora com alguma afluência de pessoas.

Havia pouca claridade, o gerador não devia de estar a cem por cento. Na  minha caixa, o tapete não andava e o scanner não lia os códigos de barras. Até que a situação se resolvesse, ia digitando o código de cada produto. Pensei que seria situação de uns minutos, como era habitual. No entanto, continuava assim. Comecei a stressar, pois queria ir mais rápido, mas não conseguia, e, com a pressa, digitava mal os códigos e tinha de repetir! Penso que não era a única, mas havia caixas em que o scanner funcionava.

Posso dizer que perante esta situação, os clientes foram super compreensivos e prestáveis. Chegavam a acender a lanterna dos telemóveis para  ilumirem e assim eu  digitar melhor os códigos, porque, como já referi, não havia quase luz. Diziam-me que não fazia mal a demora que entendiam. Uma senhora, não sei se era psicóloga, mas a conversa com ela, acalmou-me bastante. Outra senhora até me agradeceu o tempo que estive a passar aqueles produtos todos um a um, disse-me que me ia deixar um café pago na cafetaria.

Eu pedia sempre desculpa aos clientes pela demora, e eles diziam que não havia problema. Estou tão, mas tão grata a estas pessoas que naqueles longos minutos me ajudaram e confortaram. Tão bom, quando é assim! Muito obrigada a todos!

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A minha gratidão aos colegas de trabalho

É certo e sabido que este blogue, é um espaço onde partilho as experiências vividas com os clientes que passam pela minha caixa.

Mas, desta vez, gostaria de partilhar uma reflexão em relação aos colegas de trabalho, refiro colegas, neste caso a todos, sem olhar à hierarquia.

Sou muito agradecida pelos colegas que tenho. Dou-me bem com todos, embora possa ter mais afinidade com uns do que com outros, mas só tenho a dizer: são todos boa gente! Nunca tive um grande atrito com um colega, e já são cerca de 17 anos. Também existe o facto de ter um trabalho mais individual, mas ainda assim, dou-me bem com colegas que não são da minha seção. Posso até dizer que tenho ali, amigas de verdade.

Sempre que é possível, há conversas, brincadeiras, trocas de ideias. Mesmo em momentos mais difíceis, sempre tive apoio.

Tenho colegas que me tratam por um diminutivo que me transporta para a infância e para os bons momentos com os primos da minha aldeia.

Aquele habitual e simpático "bom dia"!

Além de tudo isto, ainda tenho aquelas colegas prendadas que fazem coisinhas doces que me dão ou que me levam frutas, tais como nêsperas, marmelos, romãs.

Portanto ir trabalhar, não é um frete, é um gosto! Claro que nem tudo é um mar de rosas, lá aparece um espinho ou outro, mas em relação aos clientes, não em relação aos colegas!

Sou muito abençoada e grata. Também acho que sou uma pessoa de trato fácil!

Obrigada a todos os/as colegas! Gosto muito de vocês!

Bem hajam!

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Flores para os clientes especiais

Um destes dias, umas senhoras, (três gerações avó, mãe e neta) que costumam  ir ao supermercado, sempre ao mesmo dia da semana, andavam à minha procura  para as atender porque gostam do meu atendimento e foi a mais nova que me disse, englobando as três. Fiquei comovida e feliz.

É sempre gratificante. Agradeci-lhes a preferência. É principalmente nestes tempos, que são de tantas lutas que sabe tão bem, ter esta apreciação. Tornaram o meu dia muito mais agradável!

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O "poder" das palavras

O atendimento a pessoas com mais idade, pode nem sempre ser fácil. São pessoas que precisam de mais tempo, e muitos dos que estão na fila, não entendem isso, não estão dispostos a esperar.

 

Ajudei uma senhora que estava sozinha, no embalamento das compras, tentei despachar o mais depressa possível. Mas, a parte de tirar a carteira da mala, procurar os cupões, e tudo isso, não pude, obviamente, intervir. A senhora remexia, remexia e não encontrava a carteira. As pessoas da fila, já mostravam impaciência, e isso ainda atrapalhava mais a senhora.

 

Finalmente a senhora lá encontrou a carteira e os cupões. No final, antes de se ir embora, disse-me "obrigada pela ajuda e pela paciência"! Palavras, que naquele momento e naquele dia, souberam tão bem!

 

Por vezes, e para determinadas pessoas, tenho pena de não ter tempo para dar mais atenção, mas tenho de ser rápida a executar as tarefas, porque quem espera, desespera!

 

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