Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

Os carrinhos/cestos do supermercado não podem ir á rua

Quem me conhece sabe que não sou de conflitos e  discussões, principalmente com os clientes. Mesmo que perceba que a pessoa está a falar sem razão ou sem conhecimento de causa, deixo-a ficar com a sua opinião! Mas, por vezes, não dá para ignorar!

Um dia destes, vinha um cliente, aí na casa dos quarentas. Trazia as compras naqueles cestos com rodas exclusivos de uso dentro do supermercado. Depois de colocar os artigos no tapete passa com o dito cesto para o outro lado. Digo-lhe que aquele cesto tem de ficar do lado de dentro. Ao que ele responde que tem de o levar com as compras até ao carro. Insisto e informo que aquele cesto é só para usar dentro da loja.

Diz-me: " ah então como é que quer que leve as compras, ás costas!?" Volto a insistir que o cesto não vai ao parque! E ele diz: "então diga-me lá como é que levo as compras"!? Respondo que isso é ele que tem de saber: se trás carrinho, se compra ou trás saco! Responde: " ó minha senhora, eu não vou roubar o cesto, não tenha medo, só o vou levar até ao carro, não complique!"  Digo-lhe que não se trata de achar que vai roubar o cesto, mas que é uma regra! Pergunto se é preciso chamar o segurança! Continua a bufar e a reclamar. Ainda repete que vai levar o cesto. Respondo: "Ok, está bem. Não  me respeita a mim , nem ás regras, faça como quiser. Eu não sou policia!"

Já eu estava a começar a atender outro cliente, quando este diz:" Pronto está bem, não se enerve, eu vou lá fora buscar um carrinho dos outros!"

Não lhe respondi nem mais uma palavra! Uma cliente disse-me para respirar e ter calma, porque há pessoas assim!

Mas será que há supermercados onde os clientes podem levar estes carrinhos/cestos para a rua!? Conheço tantos supermercados e todos com esta regra, que é tão antiga, porque tem de haver sempre uma ovelha negra, para contrariar!?

proibidolevararua.jpg

Pessoas que estudam como contornar regras, de forma legal

Um destes dias, presenciei uma situação, que me fez pensar em como as pessoas conseguem arranjar estratégias para contornar as regras, fazendo parecer, que afinal, não estão a fazer nada de errado!

Uma mulher ia a avançar com o seu carrinho de compras para as caixas self-service. As caixas (ditas rápidas/automáticas) que existem, supostamente para quem tem poucos artigos, está com pressa, ou até porque,  não lhe apetece falar com a operadora. Está lá uma sinalética que proíbe passagem de carrinhos. Vi uma colega dizer à senhora que ali não dava com carrinho.

Depois assisti lá do meu lugar à cena: a pessoa retirou as coisas do carrinho, levou os artigos , não sei como, lá para o chão ao lado da caixa self, deu a volta e estacionou o carrinho no lado da saída (corredor de passagem), ou seja, fora do espaço das selfs, encostado junto à última self. A disposição deste lugar no "meu" continente é diferente da imagem que aqui está, por isso não sei se o leitor me consegue entender.

Então, a pessoa ia registando e colocando os artigos diretamente no carrinho, fazendo várias contas. Várias vezes bloqueava o  sistema e lá tinha de chamar o assistente. Sem exagero, eu atendi uns 10 clientes, e aquela pessoa lá naquele compasso.

Fez bem a coisa:  várias contas com poucos artigos e  não passou lá com um carrinho de compras. O tempo que lá esteve a ocupar o lugar, não interessa nada, porque estava na vez dela, e a fazer tudo dentro dos conformes!

E eu a olhar para a situação, com vontade de lá ir chamar a senhora de chica esperta !

mw-860.jpg

E a saga continua...

gostariamasnaoposso.jpg

Era um casal na casa dos quarenta anos, que não queria fazer distanciamento, e tivemos uma troca de palavras. Quando respondi que este procedimento já durava há mais de um ano, eles disseram que agora já não era preciso tanta coisa. Voltei a dizer que, ainda assim eles tinham de cumprir as regras como os outros.

E o homem diz para a mulher: " Deixa estar que o covid está acabar!"

Parecia querer dizer, que "a minha diversão, estava a acabar!" Porque devia de achar que me diverte fazer os clientes cumprirem regras! Até parece que fui eu, e era a única, a exigir distanciamento! Porque eu faço o que me apetece e não o que a empresa manda!

Haja paciência infinita!

Falta de civismo - take 1001

Estou ainda a atender uma cliente, quando a cliente seguinte empurra o seu carrinho vazio até tapar a janela de pagamento do acrílico, espaço  que era necessário para a outra pessoa fazer o pagamento. Peço-lhe para  afastar um bocadinho e ela responde: "ah é só o carrinho que está aí , acho que não faz nenhum mal!" Virei-me pro outro lado, respirei fundo, chamei-lhe um ou dois nomes feios. Com a máscara e falando baixinho, ninguém percebe, mas alivia !

imaginem456.jpg

Entretanto atendo um senhor que quer ser ele a decidir como eu lhe registo as compras, porque já foi empresário e sabia muito bem a melhor forma de facilitar o cliente.

Mas será que esta gente acha que nós estamos ali só para implicar!? Acham que nos dá algum prazer ter de chamar atenção!?

Se cumprissem as normas, se lessem cartazes, respeitassem sinalética, distanciamento. Está tudo sinalizado e escarrapachado, nós não estamos a inventar nada. São normas não só da empresa, como também governamentais. Mas as pessoas gostam mais de questionar tudo, do que  respeitar.

Se cada cliente fizesse a sua própria lei, isto seria a República das Bananas!

Gente que acha que pode mandar

Desde que estamos nestes tempos de pandemia, quando há alguém na fila que seja prioritário, e uma vez identificado, a pessoa aguarda que atenda a pessoa que já tem os artigos já em cima do tapete, e vem logo a seguir. Assim tem corrido nos últimos sete meses, sem sobressaltos.

Entretanto hoje, uma senhora de meia idade, com uma canadiana chegou acompanhada pelo filho jovem,  à linha de caixas e disse ao senhor que já tinha os artigos no tapete que ia passar porque era prioritária. O senhor disse-lhe que se ela passasse ia comprometer o distanciamento. Ela começou a barafustar. Intervenho e digo que ela tem de aguardar que eu atenda o senhor porque o tapete já tinha os artigos todos em cima. Disse-lhe que a atenderia logo a seguir. A senhora aumenta o tom de voz e diz que é prioritária e que a tenho de atender já! O senhor recua, faz-me sinal e diz "deixe lá , ela quer conversa, mas eu é que não estou para confusões"! Mostrei o meu indigitamento, disse-lhe que ela estava errada. Fiz uma tal ginástica empurrando as coisas do senhor para aceitar os artigos da criatura, em mão, quando supostamente não se deve aceitar artigos em mão. O tempo que levou todo este procedimento, seria o mesmo se ela aguardasse devidamente.

Atendi, mas fiquei tão revoltada! Que falta de civismo e de bom senso!  Se cada pessoa fosse para o supermercado com as suas próprias regras e teorias e não respeitassem as que já existem no supermercado, estaríamos bem lixados!  Se dependesse só de mim, ela não era atendida à frente, mas atrás do senhor!

Gente pequenina, arrogante, mal educada, que vem para ali só para quebrar regras, princípios e desgastar quem está a trabalhar!

imagemAR2354.jpg

A pobre...de espírito...

Aqui há uns dias surgiu-me uma situação, que me fez ter vontade de simplesmente, ir embora e deixar ali a cliente, com os seus caprichos e sem alguém para a atender.

A cliente depois de colocar os artigos no tapete vai a passar com um saco daqueles de ráfia pendurado no carrinho e o mesmo vai cheio de outros sacos, forma balão. Peço educadamente para os colocar sobre o tapete, dizendo que está lá escrito o pedido. Responde: "pois eu sei que está aí, mas é só você que pede. Isto está atado e tudo, não vou estar a desatar" !

Digo: " Peço desculpa , mas tem mesmo de colocar!" Então, desata o saco à bruta, atira-o por cima do acrílico, passa pro outro lado, abre a mala e diz:  "quer também ver se levo alguma coisa aqui dentro!?"

O que vale é fiz um exercício mental de respiração e ignorei a senhora. Porque este tipo de gente, são pessoas mal formadas,  que não respeitam os outros. Esta deve ser assim, diariamente, coitada!

incivilizado[1].png

Gente que não acta regras e amua

Ontem, logo pela manhã atendi um casal, bastante jovem até, que me deixou logo aborrecida.

Quando nós pedimos alguma coisa ou chamamos atenção por alguma coisa, não é vontade nossa, mas sim normas da empresa, ou seja, ordens que temos. Pedi apenas que colocassem todos os artigos em cima do tapete incluindo os sacos vazios, pedi com educação, porque isso faço sempre, até posso falhar em alguma coisa, mas não é na educação. Ficaram chateados, e começaram a atirar as coisas à bruta, a implicar com tudo, a mostrar insatisfação e a descarregar a sua frustração. Não perdi a compostura e respondi sempre amavelmente.

Felizmente a seguir vieram pessoas bem educadas e civilizadas que aceitaram e entenderam os meus pedidos em nome da empresa, e acabei por desvalorizar aquelas pessoas mal formadas e ressabiadas!

ilustracao-de-supermercado-de-coronavirus_23-21485

Gente insolente

Há uma cliente habitual, uma senhora que ainda não se deu conta o estado em que o pais está, por isso continua com as mesmas atitudes incorretas que sempre teve. Só a conheço dali, e parece-me uma pessoa mal formada e teimosa por natureza.

Sempre teve o costume de não reparar que existem pessoas à sua volta que não têm que levar com as suas atitudes. Ela leva um trolley, dentro do mesmo tem imensos sacos, alguns em estado lastimosos, leva também um balde, daqueles que as crianças brincam na praia, que mete um saco e depois aí coloca o peixe.

Antes da chegada do vírus, depois de a atender, ela ficava a ocupar o tapete com toda a sua tralha, eu chegava a atender umas três pessoas, e ela não saia dali, pois não se despachava e ainda se punha primeiro a confirmar o talão e só depois é que pegava nas tralhas e ia embora.

 Agora queria fazer o mesmo só que eu fiquei parada a olhar para ela e disse-me "pode continuar o seu trabalho", ao que eu respondi "não, não posso, tem de sair!" La retirou  as coisas, de má cara, e foi!

Mas da última vez, tirou-me mesmo a paciência.  Quem me conhece no trabalho, sabe como eu sou pessoa calma, tolerante, compreensiva. Ainda eu estava a atender uma pessoa, quando lhe disse para ela ir colocando os seus artigos. Mal os coloca, passa pro outro lado, roçando na senhora que ainda estava a digitar o código do multibanco. Já do outro lado, e com a outra cliente ainda a ser atendida, começa, a tirar os seus sacos sebentos,  o  balde e tralhas do trolley e a espalhar pelo tapete. Vai eu digo: " olhe desculpe, mas não pode fazer isso, ainda aqui está esta senhora!" A outra senhora abanou a cabeça também indignada. Mas esta só barafustou, e manteve-se no mesmo sitio! E pela idade que tem, devia de ter algum respeito pelo vírus. Deve de achar que isto é tudo uma brincadeira, que não há perigo. Será que não tem família!? É que nós temos, e se não nos respeita, não faz ali falta alguma!

É uma falta de noção e de respeito que indigna qualquer um! Esta pessoa nunca vai aprender, pois, de certo que o seu feitio é bem vincado, e deve de achar que já sabe tudo! Não aceita as normas, ainda goza! É uma insolente! Não há paciência!

imageminsenta.jpg