Há clientes que com tantos anos de convivência, mesmo só os conhecendo dali, já há amizade e até afinidade!
Por vezes, há até gostos em comum, que vamos descobrindo ao longo do tempo. Um casal amigo cuja senhora sempre falava das suas gatas e eu dos meus gatos. Perguntava sempre pelos "meus meninos" e eu pelas "meninas dela"!
Antes iam só o casal, já com alguma idade, mas também com vitalidade. Depois passaram a ser acompanhados pela filha. No entanto, comecei a ver só a filha. Um dia tive a oportunidade e perguntei-lhe pelos pais, e, foi aí, que fiquei a saber que aquela simpática senhora, estava com demência. Assim sendo, não podia sair, o pai ficava a cuidar dela, pois ela já fazia muitos disparates. Esta filha até ficou de lágrimas nos olhos ao me contar a situação. Fiquei triste e surpreendida, porque ainda há tão pouco tempo, tinha falado com a senhora e não percebido tinha qualquer sinal de doença!
É realmente triste irmos deixando de ver certos clientes, e darmos conta que o tempo galopa e não perdoa!
Confesso que o que mais me custa neste trabalho é o facto de os horários nem sempre serem compatíveis com a vida familiar. Particularmente com a minha função de mãe, Com os horários escolares do meu filho, pois como ele ainda não consegue abrir as portas para entrar em casa, está dependente da hora de eu o ir buscar à escola. Sim, porque é preferível ele ficar na escola, do que à porta do prédio. E não, não há ninguém que possa ajudar, não há vizinhos, nem amigos, nem avós, pois uns estão longe e outros também estão a trabalhar. Isto acontece, dois dias por semana. O facto é que, por vezes fica tantas horas sozinho à espera, que me deixa preocupada e estar a trabalhar com esta preocupação, é um stresse.
Muitas vezes os pais deixam que sejam os filhos de tenra idade a fazer o pagamento das compras com o multibanco, mas será que isso é bom? Será que os torna mais inteligentes, decorarem um código? Não será perigoso? Recentemente perguntei a idade a uma menina e ela disse que tinha seis, e o pai cheio de orgulho, ainda rectificou: " feitos a semana passada"! Não sei se este hábito é capricho dos filhos ou se é satisfação para os pais...
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o nosso patrão também não se esquece dos seus empregados. Refiro-me por exemplo aos prémios escolares e bolsas de estudo da Fundação Belmiro de Azevedo a que os filhos dos empregados podem concorrer.
É claro que nada é dado de mão beijada, pois se assim fosse para além de não haver lugar para todos, não haveria o mesmo estímulo. Assim para os nossos filhos concorrerem têm de preencher uma ficha de candidatura, mas também é necessário que os resultados obtidos no passado ano lectivo cumpram os requisitos mínimos pretendidos. Sendo que toda a documentação deverá ser entregue até dia 15 de Novembro.
Existem 6 categorias que começam no 5º e 6º ano, chegam ao 12º ano (catg.4), e as categoria 5 e 6 são reservadas aos actuais Bolseiros da Fundação…
Por isso se os seus filhos se inserem neste contexto e se são bons alunos, passe nos Recursos Humanos da sua empresa, e força!