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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

O pagamento pelo sistema contactless

Mudaram recentemente os terminais de pagamento automático, ou TPA como também se pode chamar , no supermercado continente.

Já antes existia esta modalidade, onde, o cliente  tinha de aproximar o seu cartão multibanco ao TPA com tecnologia contactless. Bastava aproximar ou encostar, ao visor!

No entanto, agora o cliente tem de encostar, não tanto no visor, mas,  mais acima, ou seja, onde está o símbolo. Só que há ainda muitas pessoas que, mesmo depois de alguns meses neste sistema, a tendência, é aproximar do visor.

Então,  nós temos de estar sempre a dizer, "espere um pouco, porque ainda não está!" - pois as pessoas têm muita pressa neste momento! Depois "não é aí , é mais acima"! É que esta maquinazinha de  terminal de pagamento é sensível, porque se o cliente aproximar do lugar errado, faz birra e bloqueia, e temos de repetir o processo todo de novo!

Então, além de todas as frases obrigatórias que temos de usar, agora ainda temos esta situação, que se torna cansativa, já que temos de estar constantemente a dizer para a pessoa, esperar, depois que é mais acima, e depois ainda, pedir para repetir.

A culpa não é só do cliente, porque sei que cada supermercado, loja, estabelecimento, ou serviço  tem um sistema diferente.  Acho também que esta  nova maquinazinha,  é demasiado sensível, talvez precise de uma actualização!

Posto isto, pedia só que reparem no sítio onde está o símbolo do contactless, é aí que se deve encostar o cartão. Outra coisa: não é toca e foge, alguns cartões têm mesmo que encostar e esperar um bocadinho, não há que ter medo,  que o TPA, não morde!

Obrigada pela atenção!

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E que tal esperar a sua vez!?

Estou a atender os clientes que tenho na minha fila. Uma senhora que está na fila atrás de mim, ao ver-me registar uns copos (da campanha dos selos) à pessoa que estou a atender, pergunta-me  até quando é a campanha. Respondo!

Continuo o meu trabalho e a mesma cliente de trás volta a chamar-me para fazer outra pergunta, interrompendo o atendimento que estou a fazer. Ora ela estava noutra caixa, não podia esperar pela sua vez para fazer as suas questões, ainda confessa que estava já a perguntar para depois não se demorar tanto.

Isto é de doidos! Não me deixou dar a devida atenção que eu tinha de dar ás pessoas que estavam na minha fila.

Qualquer dia tenho uma explosão de nervos e digo alguma coisa que depois me vai lixar, mas é que há pessoas que têm o dom de nos testar a paciência!

Falta de noção!KLOIYU7890.jpg

Viesse mais tarde...

Esta semana houve um dia, que entrei às 10h, estavam outras caixas abertas, as colegas que tinham entrado ás 9h. No entanto, já estavam algumas pessoas em fila.

 

Peço ás pessoas para se dirigirem à minha caixa, por ordem de fila. Atendo uma senhora, e a seguir é a vez de um velhote, e a conversa que tivemos, foi a seguinte:

 

Eu: Bom dia!

Senhor: Bom dia, então atrasou-se!?

Eu: Desculpe?

Senhor: Hoje acordou tarde?

Eu: Por acaso acordei ás 7h!

Senhor: Então alguma coisa está mal, se acordou ás 7h, como é que só cá chegou ás 10h!?

Eu: Estou dentro do meu horário!

Senhor: Pois, mas  a gente é que não tem de ficar aqui à espera!

 

Ainda pensei em responder, mas achei que não valia a pena. Terminei o atendimento e despedi-me com cortesia, e o senhor já não disse mais nada.

 

As pessoas cada vez têm menos paciência para esperar, principalmente as pessoas mais velhas, aquelas que já não têm horários de trabalho a cumprir, isso podia deixá-los mais tolerantes, mas não, parece ser precisamente, o contrário!

 

Raramente as pessoas vão ao supermercado com tempo, a maioria das pessoas vai com pressa, muita pressa!

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O "poder" das palavras

O atendimento a pessoas com mais idade, pode nem sempre ser fácil. São pessoas que precisam de mais tempo, e muitos dos que estão na fila, não entendem isso, não estão dispostos a esperar.

 

Ajudei uma senhora que estava sozinha, no embalamento das compras, tentei despachar o mais depressa possível. Mas, a parte de tirar a carteira da mala, procurar os cupões, e tudo isso, não pude, obviamente, intervir. A senhora remexia, remexia e não encontrava a carteira. As pessoas da fila, já mostravam impaciência, e isso ainda atrapalhava mais a senhora.

 

Finalmente a senhora lá encontrou a carteira e os cupões. No final, antes de se ir embora, disse-me "obrigada pela ajuda e pela paciência"! Palavras, que naquele momento e naquele dia, souberam tão bem!

 

Por vezes, e para determinadas pessoas, tenho pena de não ter tempo para dar mais atenção, mas tenho de ser rápida a executar as tarefas, porque quem espera, desespera!

 

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Há alturas chatas para interromper ou fazer observações

 

Há filas. Estou a atender uma senhora, na fase das perguntas. A senhora começa a dizer-me o número do contribuinte. Lá do final da  fila, diz um senhor: "posso fazer só uma pergunta"! É aborrecido interromperem nesta fase. O senhor com duas caixas de cereais na mão, pergunta qual das duas está em promoção, respondo que não sei as  promoções de cor, indico a quem tem de perguntar. Volto ao número de contribuinte, e o outro senhor, que supostamente só queria fazer uma pergunta, continua a falar. Julgo que estava surpreendido de eu não saber as promoções de cor.

 

Algumas pessoas não têm noção que todas as semanas há folhetos novos, novas promoções, e que seria impossível, sabermos as promoções de cor, saber preços de cor, saber de cor o lugar de determinados artigos.

 

Mas enfim, há coisas que nunca irão mudar e o melhor é levar na desportiva!

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As pessoas, cada vez mais, não sabem esperar

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Eu sei que no supermercado, os clientes estão sempre com imensa pressa, atrasados e sem paciência para esperar. Mas quando nós chegamos ao posto de trabalho se não abrimos logo a cancela, é porque precisamos de um minuto para abrir os sacos das moedas e organizar o nosso posto de trabalho. É muito stressante começarem logo com as perguntas "para que caixa é vai", "vai abrir", "demora muito". Muitas vezes eu digo que já vou chamar mas, por ordem de fila.

 

Num dia destes um cliente disse que ia já pondo as coisas no tapete, eu  concordei, pois não havia mais ninguém em espera.  Comecei a abrir os sacos das moedas, chega um outro senhor e começa a pedir-me um saco transparente porque o saco das laranjas se tinha rebentado, e como eu não respondi logo, repete a pergunta. Eu apenas queria abrir a caixa quando já estivesse tudo pronto, para evitar estas confusões. As pessoas, cada vez mais,  não sabem esperar!

Um pouco de calma, por favor

Estavam poucas caixas abertas, porque o movimento também estava fraco, praticamente não havia clientes. No entanto, e não sei bem de onde (desabrocharam do chão, talvez), começam a chegar à linha de caixas imensos clientes com cestos e carrinhos cheios.

 

De entre estes, começa um a dizer em voz bem :" tanta gente no desemprego e não metem as pessoas aqui a trabalhar!" É sempre isto, as pessoas não dão nem uns minutos. È claro que há mais gente ali a trabalhar, não havia era necessidade de estarem ali, na caixa, parados à espera que que os clientes chegassem...

 

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Há espaços que temos de respeitar

Por vezes há coisas que vistas de fora, podem achar que não têm importância alguma, mas estando "dentro do terreno" podem fazer algum sentido. Refiro-me a um facto que já aqui falei antes. É o momento em que ainda não acabei o atendimento a um cliente e o  seguinte já está atrás deste, encostado ou mesmo quase colado ao mesmo. É que eu chego a colocar-me no lugar da pessoa que está na sua vez e que se está a sentir pressionada pelo cliente que se segue!

 

Há dias, uma cliente confessou-me o seguinte : " da outra vez que estive aqui consigo queria pagar com o multibanco, mas a cigana que estava aqui estava mesmo em cima de mim e tive medo que me visse o código!" Eu lembrava-me perfeitamente da situação e tive a sensação que a cliente queria pagar com o multibanco e não em dinheiro porque a vi ali a hesitar. Suponho que esta senhora cigana nem teria habilidade para decorar um código, mas enfim, intimida um pouco haver uma pessoa por perto quando se pretende usar o multibanco.

 

Eu não sei se existe alguma solução para este caso, mas eu sinto nos clientes este incomodo. É facto que esta situação não acontece sempre, e há pessoas que são educadas e compreendem a situação e só se aproximam quando é chegado o momento certo, mas e esta minoria? Que se pode fazer? Dizer :" olhe desculpe...mas importa-se de se chegar um pouco...é que ainda não acabei de atender este senhor! Obrigada." É o que me ocorre dizer, e já o fiz, mas depois deixo o cliente embaraçado...

O direito de fazer os outros esperar

 

Uma cliente levava um artigo, porque tinha um cupão que lhe permitia ter 50% de desconto. Como o sistema não fez o desconto concluímos que o artigo não era exactamente aquele, havia lá um pequeno "excepto" que fazia toda a diferença ( por isso eu peço para lerem bem os cupões). Chamei um apoio e o meu colega foi com a cliente ao local trocar o artigo por aquele que tinha o desconto.

 

Eu podia ter posto a conta em espera, mas a cliente que estava a seguir tinha um carrinho cheio e bem cheio. Se eu colocasse a conta em espera depois a cliente do tal artigo ia ter muito que esperar. Então aguardei... Espreitei e vi que a cliente já vinha a caminho. A fila estava parada, e como é habito, havia clientes já impacientes. Entretanto deixo de ver a cliente, e pensei " mas ela já aí vinha..."! Estava acochada numa prateleira a escolher uma revista, mas, nas calmas, como se estivesse no direito de fazer os outros esperar!

 

Eu não disse nada, mas um dos clientes que estava na fila protestou, e ainda bem que o fez porque eu muitas vezes tenho vontade de dizer coisas, mas não posso!

Ah...mas o cartão que passou, não é o meu!

Sabem o que às vezes me apoquenta? É eu ainda estar a finalizar a conta a um cliente, e o cliente a seguir já estar a dar-me o cartão Modelo. Normalmente eu pergunto pelo cartão no fim, e como os clientes não dão espaço uns aos outros ( estão sempre muito próximos), já aconteceu passar o cartão errado! E depois vem a história:” ah ainda não era para mim que estava a falar, desculpe”!