Das pessoas que já leram o livro, duas delas já me disseram que ficaram impressionadas com este um episodio da página 53. O cliente em questão é um cliente que passa pelo supermercado diariamente. Acho que tenho de falar com ele e contar-lhe que escrevi sobre ele. Na altura, foi um momento difícil, mas já passou mais de um ano e o Sr. já recuperou daquele momento. Espero realmente que ele não me leve a mal...
As férias já passaram. Daqui a nada chega o Natal.
As correrias e as pressas continuam a ser o ponto de partida para as situações mais deselegantes, caricatas, absurdas, aborrecidas e até engraçadas do dia a dia de um supermercado.
Muitas destas situações, repetem-se tanto, que eu própria já me torno demasiado repetitiva em relatá-las, mas sempre que acontecer algo de interessante, virei aqui registar o episódio!
Agora quase todos os dias me acontece uma situação qualquer relacionada, com o facto de ter ido à televisão por causa do livro. Quase que me apetecia escrever outro livro sobre estes episódios:)
No “meu” supermercado, logo pela manhã atendo uma senhora. Essa senhora confessou que tinha comprado o meu livro. Disse também, que já andava há que tempos a ver se me encontrava para me felicitar. E disse que tinha reconhecido algumas personagens dos meus relatos. E falou-me das pessoas e das histórias. Depois disse-me que quase todos os dias por uma determinada hora da noite, passava um senhor pela sua rua que ia a assobiar, e uma melodia sem jeito algum, que provavelmente é o Sr., a que no meu livro trato por “Sr. Assobios”.
Depois foi outra cliente, que vinha a dizer assim:” deixa cá vir à caixa da menina das colunas sociais!” Também me felicitou e foi muito amável!
Deixei para último esta situação, porque foi a derradeira de hoje. Na localidade onde resido, costumo ir algumas vezes a um restaurante comprar sopa para levar para casa. Naquela hora, só lá estava uma funcionária e eu. Foi pena, porque a conversa devia de ser gravada :)
A funcionária começou por me dizer que tinha visto uma pessoa na televisão tão parecida comigo, mas tão parecida. E eu a ouvi-la e a rir-me.
Ela dizia: - mas até o jeito de falar era igualzinho a você!
E eu digo: - era mesmo eu!
Ela: - Não !? Eraaaaaaaaa? Ah!
Então a funcionária falava, falava, e riamos. Pediu se eu lhe arranjava o meu livro, porque ela não ia para lá onde eu trabalhava. E pronto, tive de lhe prometer que lhe comprava o livro. Disse-lhe o preço, e ela disse “está bem”!
Conclusão: lá vou eu comprar o meu próprio livro pela segunda vez!