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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

O açambarcamento do álcool em tempo de pandemia

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Hoje estava a atender um senhor que trazia dois frasquinhos de álcool gel, disse-lhe que só podia vender um por cliente.

Ele: Mas ali no Pingo Doce há pargas disso e cada um leva o que quiser!

Eu: Então vá lá comprar!

Ele: Não é  isso, queria era que me dissesse porque é assim num, e não é no outro!

Eu: Não sei, eu só estou aqui para cumprir o que me mandam fazer!

A este propósito queria referenciar que há um decreto lei de janeiro de 1984, onde o artigo 29º é relativo ao açambarcamento, e que recentemente o governo, neste âmbito recomendou aos estabelecimentos que tomassem medidas que dissuadam o açambarcamento. Esse decreto lei está exposto no supermercado. E também incluído e atualizado  no  nº2-A/2020, de 20 de março.  

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Torna-se cansativo assistir  ás artimanhas que muitos clientes fazem, para levarem álcool para casa, porque mesmo que o nosso sistema não permita dois frascos numa conta, eles dizem para fazer duas, três ou até mais contas, pagam com cartões diferentes, ou então, saem da loja e voltam a entrar, e ficam chateados quando lembramos que o álcool está limitado por estar em escassez! Muitas vezes, até pode haver pessoas que precisem mesmo mesmo de levar mais que um, por ser para um familiar próximo, mas por causa dos excessos de uns, pagam os outros.

Claro que alguns dizem entender, mas são poucos os que têm essa consciência! Uma coisa é certa, é um produto que mal chega, sai logo!

Cenas de prioridade e falta de civismo

Devido à situação actual de pandemia, é concedida em 1º lugar, prioridade a pessoas sujeitas a um dever especial de  proteção; a profissionais de saúde; elementos das forças e serviços de segurança, de proteção e socorro, pessoal das forças armadas e prestação de serviços de apoio social, só depois, em 2º lugar, estão os outros habituais (grávidas, pessoas com crianças de colo até 2 anos, idosos com mais de 65 e com incapacidade, pessoas com deficiência).

Esta situação aplica-se essencialmente á entrada do supermercado.

Já  por duas vezes que tive de me conter para não dizer nada em relação à prioridade.

A primeira foi com um velhote, que de repente, chegou e colocou as coisas sobre o tapete ignorando todos os outros que estavam atrás na linha e não aguardando as instruções da operadora para avançar. Quando lhe  disse, que tinha de aguardar e que tinha de esperar atrás da linha vermelha, começou logo a dizer: " mas eu sou velho, tenho quase 90 anos, e o que o nosso presidente disse é que posso passar à frente!" Ao que eu respondi:" mas até esses senhores com 90 anos, têm de respeitar as regras!"

Noutro dia, foi uma senhora que tinha uma canadiana, chegou e atirou as coisas para cima do tapete, passando por cima da sinalética, onde estavam e muito bem, clientes devidamente instalados atrás da linha e com o espaço correto entre eles. A senhora mesmo com prioridade , custava alguma coisa,  dar uma palavra, fazer uma pergunta!? Faltou educação, civismo, e concideração pelos outros. È demais!

Acho que  podiam ter prioridade na entrada, mas depois nas filas, esperavam como toda a gente. Caso fosse mesmo urgente passar, tinham de dizer, informar os doutros!

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