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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

Um cliente brincalhão roubou-me a cadeira

Umas vezes estou sentada, outras estou de pé, tenho essa liberdade, e por isso vou alternando, consoante o movimento e a minha decisão!

 

Vai daí, um daqueles clientes brincalhões, tira-me a cadeira sem que eu dê conta! E depois eu ando a tactear sem olhar para trás à procura da cadeira e ele e os outros a rirem-se da minha pessoa!

cadeira.jpg

 

Na caixa prioritária

 

 

Na caixa prioritária é o cliente prioritário ou a operadora de caixa  que pede aos restantes clientes da fila, se eles cedem passagem. Não basta chegar e passar pelos outros clientes que já estavam na fila e que merecem respeito e consideração. Esse respeito e consideração é igualmente esperado perante um cliente prioritário.

 

No continente onde trabalho, a prioridade é para grávidas, deficientes e pessoas com crianças de colo (não é ao colo, pois não basta pegar numa criança de seis anos e passar). E também não inclui idosos...

 

O caso que aconteceu ontem, foi um senhor, deficiente motor, vinha de muletas e pediu gentilmente aos restantes clientes se podia passar. Um cliente disse logo: "com certeza, faça favor"! Logo a seguir chegou uma senhora a acompanhá-lo, a esposa, suponho. Uma cliente que estava na fila, espera o casal sair e  diz  " mas se está com a mulher não tem prioridade, não está sozinho"! Tive de intervir e dizer que o senhor continuava a ter prioridade e até referi que as grávidas, quando vem acompanhadas pelo marido, também passam.

 

Esta senhora  não pareceu concordar. Faz-me uma certa confusão, esta falta de civismo das pessoas. Se estão com pressa e não são pessoas tolerantes e informadas olhem bem para a caixa que vão escolher...assim ninguém se chateia!

Moedas pretas

É engraçado, onde por vezes, um simples pedido de moedinhas pretas, nos pode levar. Desta vez um cliente levou o pedido para onde ele esteve, em tempos de guerra, Guiné. Contou-me cenas horríveis que presenciou naquela época. E realmente para quem presenciou aqueles episódios, até me pareceu ter superado, porque é uma pessoa muito bem disposta.

Enfim...

Cenas com o cartão do continente

Eu : Tem cartão do continente?

Cliente: Não é o meu marido é que tem, mas olhe desconte!

Eu: Desconto o quê?

Cliente: O que tiver no cartão!

Eu: Como se a senhora não o tem!?

Cliente: Ah, pois!| Pensei que dava na mesma!

 

***

 

Ainda não tinha passado  o cartão.

Cliente: Quanto é que eu tenho aí a descontar?

Eu : Aí a onde?

Cliente: No cartão!

Eu: Não sei, ainda não passei o cartão.

 

***

 

Cliente: olhe desconto daí do cartão!

Eu: Mas está sem saldo!

Cliente: Sem saldo, mas ontem gastei aqui uma data de dinheiro!

Eu: Mas se calhar não levou nenhum artigo que tivesse com desconto em cartão!

Cliente: Isto não presta pra nada!

 

***

 

Estas e outras cenas do género acontecem mesmo, e repetem-se imensas vezes!

 

tem cartao de cliente.jpg

Cenas perfeitamente evitáveis

Já aqui há uns tempos contei, que certa vez depois de eu já ter fechado a minha caixa  e de ter indicado outra caixa aos clientes, atendi uma colega que me pediu. Ao fazer isto,  um cliente apercebesse da situação e vai se queixar ao balcão de informação. Nessa altura tive de ouvir (uma repreensão), mas assumi o meu erro e decidi não voltar a errar.

Mas é uma situação complicada, porque de vez em quando, depois de eu já ter fechado a caixa, lá vem uma colega pedir... e eu tenho de dizer NÃO! Ainda hoje o facto se repetiu.  E depois eu é que fico constrangida. Mas porque será que as pessoas não entendem!? Afinal estamos todos no mesmo barco!

Mais cenas na caixa das 10 unidades

Estou na caixa das dez unidades, quando vejo chegar um cliente com um carrinho cheio de compras. Percebi que ele estava a fingir que não via a placa! 

 

Eu: Olhe, desculpe, tem mais de 10 unidades? Esta é só até 10!

 

Cliente: Olhe para à sua frente...está li ali um cliente com menos de dez unidades e ele foi para uma caixa normal, porque não o chamou para aqui? A sua colega não deixou de o atender, pois  não?


Dito isto, eu nem respondi, e o homem seguiu com o seu carrinho para outra caixa. Por vezes temos de ouvir cada uma!? Haja paciência!

 

 

 

Uma cena cómica!

 

                 Aquele senhor levou o meu saco!
Era uma vez um cliente que depois de pagar a sua conta, puxa os sacos para o fundo do tapete e começa a conferir o talão. Nesta altura chega uma cliente com apenas dois artigos. Coloco os artigos num saco e como efectuou o pagamento em multibanco ficamos ali a falar sobre o tempo (hoje está frio e blábláblá…). A certa altura o senhor pega em todos os sacos e vai andando em direcção á saída. Nesta altura a cliente olha para mim e diz: “ Aquele senhor levou o meu saco!” e lá vai a senhora a correr e a chamar pelo senhor. Foi uma cena muito cómica, só vendo! Depois de recuperar o saco a cliente voltou á minha caixa para levar o talão. Estava muito cansada mas também ria-se com vontade…

Cenas familiares passadas na hora das compras...

 

Faz parte deste blog contar cenas passadas com os clientes que passam na linha de caixas no hipermercado onde sou operadora. É no meio desta monotonia que é o meu trabalho que assisto a episódios, por vezes engraçados. Este que hoje vou falar foi protagonizado por um casal e seus dois filhos(um casalinho). Á medida que eu ia passando os artigos os dois irmãos de 9 e 11 anos iam discutindo um com o outro. A mãe só dizia "calem-se que já não os posso ouvir" e era isto de manhã. Eles continuavam a agredirem-se verbalmente. Então eu disse: "então  não era suposto serem amigos?" Então em coro eles responderam: "é sempre ele(a) que começa!". O pai não dizia nada e a mãe tinha um ar exausto e cansado... Penso cá para mim que aquela senhora ao fim do dia deve estar de rastos...