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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

Carrinho sem freguês não guarda vez

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Uma senhora deixou o carrinho próximo do tapete, e outra senhora chegou e colocou as suas compras sobre o tapete. Quando a dona do carrinho chegou, começou a questionar a outra senhora o porquê de ter colocado as suas compras, e além disso,  disse à outra senhora "retire imediatamente as suas compras, não viu que estava aqui um carrinho"! A senhora, pessoa já de idade,  disse que não retirava as compras.

Eu, calmamente disse à senhora que o carrinho não guardava a  vez, ao que ela respondeu que tinha ido ajudar uma senhora de idade a encontrar uma coisa. Respondi "a senhora foi porque quis,  eu não ia ficar parada à sua espera" ,vai ela responde: " mas as regras são para se cumprir!" Ao que eu respondi: "é o que estamos a fazer, a cumprir regras, além do mais, esta cliente tem meia dúzia de artigos que já estão sobre o tapete, a senhora tem um carrinho cheio!"

Foi um circo, uma falta de bom senso, uma falta de noção, uma falta de tudo!

Até quando as pessoas vão continuar com esta falta de respeito!? Tudo por mais uns dois minutos na fila!? Porquê tanta pressa? Passam por cima uns dos outros!

E desta cliente, não esperava estava atitude tão errada! Bem fez a outra senhora, que não retirou os seus artigos, pois estava no seu direito!

Carrinho sem freguês não guarda vez!

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Mais uma vez esta situação aconteceu. Uma senhora deixou o seu carrinho na fila e foi falar com alguém, como havia filas eu chamava e ninguém vinha, porque estava ali aquele carrinho. Eu disse à pessoa para vir, pois não ia ficar ali parada quando havia tanta gente para atender. Então veio um senhor,  e,  como a dita senhora do carrinho continuava ausente, veio também a pessoa que estava a seguir e começou a colocar as coisas. É aí que chega a dona do carrinho abandonado e começa a discussão. Eu ainda disse que tinha sido eu a chamar, mas a senhora continuou a ralhar.

Quando chegou a vez dela e a outra senhora ia a sair, ouvi a dona do carrinho abandonado, a que estava sem razão, dizer para direccionado para a outra senhora "Vá derreto Satanás!" Acho que isto é o se chama rogar uma praga. Há que anos que não ouvia esta frase!

Isto vai de mal a pior. As pessoas não têm paciência, não têm tempo. Não há guerras, nem epidemias, nem pós de África, nada faz com que as pessoas sejam mais tolerantes, pacientes, civilizadas ou solidárias!

PS

Pode não ter nada  a ver, mas, isto parece aquela situação de Moisés, do faraó e das 10 pragas do Egipto, até o faraó dar a libertação ao povo escravizado, aos hebreus!

Tomar partido

Mais uma vez, uma cliente deixa o carrinho a marcar vez, e vai buscar qualquer coisa. Chega uma outra cliente com alguns artigos, e digo-lhe para avançar.

Chega a outra cliente, e diz a esta que ela lhe roubou a vez. A outra senhora responde que não estava ali ninguém. Ao que esta responde:" não estava cá ninguém, mas estava cá o carrinho, não viu!?" A cliente que já tinha os artigos em cima do tapete diz "tanta confusão, por tão pouco, é por isso que cá venho poucas vezes!"

Resolvi intervir e dizer aquela minha máxima: " Mas, carrinho sem freguês, não guarda vez!"

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Foi neste momento que a cliente do carrinho abandonado disse: " Pois, mas você não tem nada que estar a tomar o partido da outra, porque ela vem cá poucas vezes, e eu venho cá muitas e gasto cá mais dinheiro que ela!" A outra senhora ainda ripostou:" não venho cá eu, porque é a minha filha que cá vem!"

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Por pouco não se pegaram ali. Mania que as pessoas têm de achar que os carrinhos marcam vez, e que a operadora de caixa pode ficar parada à espera do dono do carrinho!

Duas grávidas, a prioridade e um carrinho sem freguês

Estou a acabar o atendimento a uma cliente, sobre o tapete já está um velhote com uma saca de ração para cão (a vez foi-lhe cedida por só ter um artigo) e logo a seguir uma senhora grávida , a começar a colocar os seus artigos. Peço a ela para aguardar só um pouco até o senhor passar para o outro lado e ela mostra-me a barriga [com barriga ou sem barriga, o distanciamento deveria ser importante].

Atendo o senhor e quando vou para começar a registar as compras da senhora grávida, chega outra grávida, mais jovem e diz-me:

Grávida 2:  Olhe desculpe pode me atender que eu tenho prioridade!?

Eu :  Esta senhora também tem, e quando há duas o atendimento é por ordem de chegada!

Grávida 2: Pois mas eu cheguei primeiro que essa senhora, deixei aqui o meu carrinho a marcar e fui só ali buscar umas coisas que me esqueci

Eu: Pois, mas carrinho sem freguês, não guarda vez!

Eu já tenho esta resposta pronta, porque são situações que se repetem algumas vezes. Neste caso eu até atendi o tal senhor nesse tempo, se tivesse ficado à espera da pessoa só porque foi buscar umas coisas num instante, estava ali parada com gente para atender. além do mais eu nem sabia de quem era o carrinho.

Mas depois disse-lhe que ela podia ir à caixa de outra colega que tinha na mesma prioridade! Lá foi, apesar de chateada!

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Carrinho sem freguês, não guarda vez!

No início das novas medidas, as pessoas respeitavam, como já aqui referi, mais as regras. Porque ao saberem que havia mais pessoas na rua à espera para entrar, levavam logo os sacos, o carrinho, os cupões.

No entanto, já se voltaram a desleixar. Já são capazes de ao meio do registo ou mesmo no fim, irem imprimir cupões, ou pedirem para ir buscar um carrinho, ou irem ao carro buscar sacos, ou ainda irem buscar artigos que se esqueceram. Faz-me confusão isto. Parece que vão parar ao supermercado sem querer, e só se lembram que lá estão, quando estão na fila.

Aconteceu uma senhora deixar lá o carrinho e ir buscar algo que se tinha esquecido. Como eu já tinha o tapete vazio, e o carrinho não marca vez, chamei o próximo. Deu tempo desse cliente colocar todas as suas compras no tapete e de eu registar umas duas ou três, quando a cliente do dito carrinho chegou. Começou a reclamar que estava à frente da outra pessoa.  Eu digo que fui eu que chamei. Ela reclama de novo que só foi num instante. É quando eu digo "mas aqui, carrinho sem freguês, não guarda vez" eu não posso ficar parada, quando tenho pessoas para atender! Lá se calou!

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