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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

Perguntas feitas simplesmente para agilizar o procedimento

Muitas vezes nós operadoras de caixa,  não porque estamos com pressa ou porque queremos que os clientes se despachem, perguntamos pelo cartão de continente e perguntamos se o cliente vai precisar que coloquemos o número de contribuinte na fatura, mesmo antes de o cliente terminar arrumação dos produtos. Fazemos isto, simplesmente para, na caixa registadora,  irmos avançando,  e não como forma de dizer ao cliente, que ele tem de se despachar. Mas muitas vezes somos mal interpretadas e eles respondem, chateados : Já vai !

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Quando há um problema, é preciso calma e paciência

Agora, quase todos os estabelecimentos, sejam pequenos, médios, ou grandes, incluindo super e hipermercados, têm disponível pagamento com MBway. É prático, principalmente se nos esquecermos da carteira e tivermos o telemóvel, que nos dias de hoje, é mais difícil de ser esquecido. Por acaso, e por enquanto, não uso!

Costuma correr bem, na maioria das vezes! No entanto, aconteceu certa vez, uma senhora fez o pagamento, no visor surgiu a mensagem que habitualmente faz, quando vai dar o Ok. No telemóvel da cliente aparece a mensagem de pagamento efetuado, mas a operação não dava concluído no meu visor. A senhora viu a sua conta bancária, onde aparecia como o valor tendo saído da conta.

Como  era a primeira vez que tal me acontecia, liguei para o balcão central, para saber como proceder. A minha colega verifica o sistema, e diz-me que assim eu poderia ficar com quebra (que era cerca de 100 euros). Para resolver a situação a senhora teria de repetir a operação, e se, por erro descontassem o valor duas vezes, o próprio sistema do Sibs, automaticamente, devolveria o dinheiro à cliente.

Estava eu a transmitir esta situação à cliente, quando a cliente que estava a seguir, pergunta se a posso atender, porque estava atrasada. Ao que eu respondo, que tinha de aguardar a sua vez, porque estava a meio de um atendimento. E ela responde "pois mas tenho uma consulta, os minutos estão contados!" Vai eu respondo-lhe que a senhora que eu estava a atender estava na vez dela e que quando há um problema é preciso tempo para o resolver e também lhe disse que se não resolvesse o problema, eu é que ia ficar prejudicada, e disse também que não tinha culpa de ela estar com pressa! Até que o marido desta concorda e pede desculpa por ela.

A senhora do MBway, aceita repetir o pagamento, e agradece-me a atenção e profissionalismo. Fiquei comovida, pela disponibilidade e educação dela. Agradeci-lhe também, e disse-lhe para se alguma coisa não estivesse bem, que podia voltar que devolvíamos o dinheiro. Ela disse que sabia disso, que sabia com quem estava a lidar!

O que foi realmente absurdo, foi a atitude outra senhora! Mas que falta de bom senso. Se tinha uma consulta, se estava atrasada, que culpa tinha a outra senhora, ou eu!? A responsabilidade era dela! Que se tivesse organizado melhor! Era por dois minutos, que foi o tempo a mais que demorou a resolver a situação, que ia chegar atrasada!?

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Enfim, haja paciência!

Ninguém gosta de estar à espera, muito menos...para pagar

Passamos tantos anos a vivenciar as mesmas as mesmas experiências que julgamos já estar vacinados e que certas atitudes já não nos afetam. No entanto, fico sempre afetada quando os clientes começam nas filas a discutir, a falar alto, a reclamar, quer seja porque querem mais caixas abertas ou mesmo a discutir uns com os outros, nomeadamente pelo lugar na fila . Chegam a ser ofensivos !

Sei que a maioria das pessoas vai ao supermercado sempre com pressa, sendo essa pressa mais acentuada no momento das filas. Faz falta um pouco mais de paciência, nem sempre é possível resolver logo a situação.

Podem não acreditar, mas por vezes parece que os clientes combinam de aparecer todos à mesma hora, porque há momentos em que há mais operadores de caixa do que clientes,  nessa altura, pode acontecer os operadores irem fazer outra coisa qualquer, e no momento, começarem a chegar ás caixas aglomerados de clientes!

De uma coisa podem ter a certeza, um dos  focos da empresa é não fazer o cliente esperar muito tempo!

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Um pouco mais de calma...

Hoje foi um dia difícil. Os clientes andam sem paciência, para as filas, estão sempre com pressa. Discutem uns com os outros.

Chegaram a perguntar-me se não havia ninguém para gerenciar as filas. Realmente as pessoas não sabem ficar nas filas como deve ser, ficam ou em roda, ou todos ao molho, ou fazem fila única. Complicam tanto!

Hoje um cliente colocou no tapete duas paletes de leite, por cima meteu duas caixas de cervejas. Eu já andava mal do braço, mas não tinha outra solução se não pegar numa caixa, para depois chegar à outra. Mas estava tão alta, que tive de fazer um esforço extra. Era uma questão de bom senso, não deixar daquela forma! Agora estou cheia de dores no braço e no ombro direito, tendo já passado quase duas horas. Espero  recuperar, porque não é boa altura para baixas!

Depois é o distanciamento, é preciso estar sempre, sempre a pedir, porque as pessoas não o fazem por sua conta.

É certo que há pessoas que cumprem, mas as que não cumprem, ainda são algumas!

Haja saúde, haja paciência!

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Uma caixa dedicada aos seniores

Actualmente o dia a dia das pessoas é um stresse, uma correria, quase ninguém faz as suas tarefas calmamente, e muito menos alguém vai ao supermercado com calma e com tempo. Ou é porque têm almoço para fazer, porque têm alguém à espera, porque vão apanhar o autocarro, porque têm de ir buscar os filhos à escola, porque estão atrasados para o trabalho, enfim.

 

No entanto há um pequeno número de pessoas, que já passaram esta fase de correrias e de stresses, e que agora precisam é de tempo e sossego para fazer as suas tarefas. Refiro-me aos seniores, ou velhotes. Muitos deles precisam de mais tempo, precisam de ajuda, precisam  até, de  ter um pouco de conversa, mas os demais não deixam e pressionam-os. Recentemente uma senhora, reclamava que estava em cima da hora para entrar ao serviço, e dizia referindo-se a um idoso, que estava a demorar imenso para tirar o dinheiro da carteira, "mas porque é  que esta gente vem para aqui a esta hora"!? Não sei se o senhor percebeu, mas fez-me pena, as pessoas a certa altura da vida perdem a agilidade e não conseguem fazer as tarefas mais básicas com a rapidez esperada. Eu posso ajudar a embalar as compras (caso o cliente queira), mas não posso mexer na carteira das pessoas e tirar de lá o dinheiro, tenho de esperar.

 

Há outros velhotes, para quem dois dedos de conversa entre eles e nós, lhes faz bem, anima-os, mas mesmo essa conversa não fazendo com que o processo atrase, as outras pessoas, acham logo que a conversa vai atrasar o atendimento.

 

Eu compreendo que não haja tempo para demoras e que as pessoas tenham os seus compromissos, mas não colidam com  estas pessoas, pois certamente lá chegarão um dia.

 

Do meu ponto de vista, acho que fazia falta a existência de uma Caixa Sénior . Não me refiro a uma caixa prioritária. Refiro-me a uma caixa para pessoas mais velhas, que precisem de ajuda e que não estejam com pressa. Nessa caixa, a operadora atendia a um ritmo mais vagaroso, de acordo com o cliente em questão, o cliente até podia ter uma cadeira para se sentar, caso as suas pernas assim o pedissem. A desvantagem seria, nos dias em que são muitas as pessoas desta categoria, não chegar apenas uma destas caixas, daí eu achar que esta caixa sénior seria apenas uma utopia!

 

Ultimamente tenho assistido a muitas ocorrências, onde as situações com os mais velhos não são  bem compreendidas pelos outros, e custa--me ver e não poder fazer quase nada! Certa vez pedi uns trocos a uma velhota, que demorou uns segundos  a encontra-los e logo um senhor da fila   disse:   "se não lhe tivesse pedido os trocos, já estava despachado"!

 

Enfim, quem sabe um dia, os seniores tenham um atendimento mais  apropriado, eles merecem, pois já trabalharam muito, já passaram por muito e agora mereciam essa atenção!

 

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Saber esperar...e ouvir

Estou a registar as compras a umas pessoas que levavam muitos artigos com super preço, ou seja, com desconto imediato. Mas, eu não sei de cor os descontos que estão a decorrer, pois felizmente está tudo no sistema.

 

À medida que vou registando os artigos, o preço que passa é o original, sem desconto. As pessoas estão a olhar para o ecrã, paradas, pasmadas. Nem arrumam os artigos, pois estão numa espécie de "estado de choque"! Uma começa abanar-se e a dizer "ai...em quanto é que a conta já vai!?" Diz a outra: "a como é que passou aquele detergente!?" E começam a discursar,  entre elas,  aflitas e eu a dizer, que se tinham produtos com desconto, a conta ia baixar. Mas elas, não me ouviam e estavam prestes a ter uma coisinha má, carrego no total e a conta reduz para metade, e digo qual  o valor da conta.

 

Lá respiram de alivio.

 

Eu sei, que o custo de vida está mau, que pode haver enganos, que desconfiar é natural, mas porque não têm  calma e não esperam até a operadora dizer o total. Tive de carregar no total, para as aclamar, antes de fazer todas aquelas perguntas obrigatórias, incluindo contribuinte na fatura, e depois voltar atrás.

 

E esta situação repete-se muitas vezes! 

 

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Qual o momento em que a pressa é maior

Por vezes, tenho a sensação que os clientes  têm mais pressa quando estão na fila a aguardar que lhe registem as compras e até na hora de pagar. Muitas vezes, ainda não conclui o registo, não fiz as perguntas da praxe, nem disse o total, já determinados clientes  estão com o multibanco inserido no terminal a tentar marcar o código!

Por isso...

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Os descontos surgem no fim do registo

Já não é a primeira vez que toco neste assunto, mas acho que vale a pena relembrar: os descontos dos produtos que estão com super preço, ou seja, desconto imediato, só aparecem no ecrã onde os clientes seguem o registo, depois do registo de todas as compras. É só aguardar um bocadinho para os confirmar. E se alguma coisa não corresponder ao que viu na prateleira, tudo tem solução, podemos anular o produto, rectificar o preço ou simplesmente o cliente desistir dele.

 

É preciso é ter calma!

 

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Um pouco de calma, por favor

Estavam poucas caixas abertas, porque o movimento também estava fraco, praticamente não havia clientes. No entanto, e não sei bem de onde (desabrocharam do chão, talvez), começam a chegar à linha de caixas imensos clientes com cestos e carrinhos cheios.

 

De entre estes, começa um a dizer em voz bem :" tanta gente no desemprego e não metem as pessoas aqui a trabalhar!" É sempre isto, as pessoas não dão nem uns minutos. È claro que há mais gente ali a trabalhar, não havia era necessidade de estarem ali, na caixa, parados à espera que que os clientes chegassem...

 

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