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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

Na primeira fila, a assistir ao aumento dos preços no supermercado...

Sinto que estou a assistir na primeira fila, à angustia das pessoas com estes aumentos dos preços dos artigos do supermercado, ou não fosse eu, uma operadora de caixa, atenta!

Já não são só os velhinhos que se queixam, é a população em geral! Não é fácil ver as pessoas atentas ao registo a olhar para o ecrã, onde a conta vai somando, e ver a sua desilusão. É triste quando nos pedem, para anular artigos, porque o dinheiro não  vai chegar!

Ainda há dias um cliente, quando leu que tinha de mostrar os sacos vazios, disse que sabia que o motivo, era o de as pessoas roubarem, e, disse também, que não tinha pena nenhuma do patrão, porque "eles" não param de aumentar os preços. O senhor até podia ter a sua razão, mas eu respondi, que os funcionários tinham a responsabilidade de impedir que isso aconteça, porque se isso acontecer, nós seriamos prejudicados nos nossos postos de trabalho.

Já vi nas noticias que até as latas de atum tinham alarmes, isso ainda não chegou, que eu saiba, ao "meu" continente, mas pouco deve faltar.

Alguém tem de fazer alguma coisa, para que isto mude. A responsabilidade, não pode ser toda por causa da guerra. O custo de vida está muito alto, para os baixos ordenados.

Se as pessoas começarem a roubar, que capacidade teremos nós, funcionários de supermercados, para impedir!?

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O tema do momento

É sexta-feira, estou numa caixa onde tenho colegas à minha frente e atrás de mim. O tema das pessoas que estão nas filas repete-se: o aumento dos descontos para  segurança social. As pessoas estão mesmo tristes, zangadas, desiludidas. Ontem o tema repetiu-se e hoje igualmente. E suponho que o assunto se vai prolongar. As pessoas sentem necessidade de desabafar e o assunto não é particular,  é tão público,  que se pode debater em qualquer lugar,  até numa fila de espera de um supermercado!