O supermercado com serviço de urgência
O intermaché tem um vídeo onde aparece um bebé a chorar imenso com fome. Os pais descobrem que é fome e que o leite acabou, mas guardaram, na mesma, a lata vazia no armário. Ligam para uma tal de D. Alice, supostamente a gerente do intermaché da zona, que prontamente abre o supermercado e entrega o leite para o bebé.
A primeira vez que reparei na publicidade, e sendo eu, operadora de caixa, tive um sentimento um pouco egoísta, confesso. Pensei: O intermaché vai ter serviço de urgência, como as farmácias, e se o Continente segue pelo mesmo caminho, ainda me vai calhar fazer noites, ou estar de plantão.
Pelo que já li, há pessoas que gostavam deste serviço. Certamente, cerca 14 horas de supermercado aberto por dia não lhes chega. Pois se até houve quem estranhasse o facto de o dia 1 de janeiro o Continente estar fechado. Parece que os trabalhadores de supermercado são vistos como médicos, farmacêuticos, bombeiros, polícias, enfim...daqueles que têm mesmo de estar sempre alerta.
Com a repetição do anuncio, percebi que só podia ser publicidade enganosa e que tinham usado uma história comovente para tocar mais nas pessoas. Mas, se pensarmos bem, há leite em pó na farmácia, e essa sim, tem serviço de urgência.
Mas enfim, o dito supermercado conseguiu atrair pessoas para o anúncio, conseguiu intrigar as pessoas, fazê-las pensar, escrever, e até dar algum descanso aos mais ingénuos, do tipo :" se faltar o leite para o menino, é só ligar à dona Alice!"
Mas sinceramente, havia necessidade!?