Gente que faz birra no supermercado!
Há dias mesmo complicados, exaustivos. Há momentos em que parece que estamos numa escola, onde as crianças são muito rebeldes e temos de estar constantemente a chamar a atenção pelas asneiras que estão a fazer ou pelas atitudes que deviam tomar e se esquecem. Mas faz parte das minhas competências, zelar para que todas as medidas sejam tomadas de forma a minimizar o risco de contágio!
Aquele dia até me estava a correr bem, as pessoas estavam a ter as atitudes corretas, a conversa com os clientes estava animada e simpática. Entretanto, estava a meio do atendimento de uma cliente, quando chega um casal, aí na casa dos quarenta anos. A esposa começa a colocar as compras no fim do tapete e diz ao marido para ele passar para o outro lado, onde ainda estava a cliente do momento. Quando ele pergunta se pode passar eu respondo que não convém passar por ali. Pergunta e atitude escusada, pois para ele passar, ia quase roçar na cliente que estava a ser atendida, a mesma teria de desviar o carrinho, e não ia respeitar o espaço de afastamento. O senhor foi dar a volta mas a esposa ficou lixada comigo, vi logo pelo olhar e pela atitude.
Quando chegou a vez deles comecei o registo, quem conhece os nossos tapetes de saída sabe que têm aqueles rolinhos para as compras deslizarem para o fundo. Estava eu muito bem a rolar os artigos, quando a madame diz: "ou você passa as minhas coisas devagar ou eu deixo cá tudo!" Respondi que não tinha percebido. Fiz-me de tonta, mas a minha vontade era dizer " acha que eu me ralo com isso, não sou eu que preciso das coisas, por mim pode ir e deixar aí tudo, fica na sua consciência!"
Haja paciência para esta gente intolerante, que não aceita nada, não respeita nada e anda sempre com duas pedras na mão. As birras dos adultos são muito piores que as das crianças, porque as crianças aprendem, estes são demasiado casmurros para isso!