Aquela parte em que, quando vamos iniciar o nosso turno existem filas enormes, e que nós temos que dizer: "por ordem de fila podem passar a esta caixa" por vezes é um caos! Porque as pessoas começam logo a discutir, para decidirem quem está primeiro. Hoje uma senhora dizia:"mas a menina não viu que eu estava primeiro?" Respondi que não! Sinceramente, eu acho que não tinha de ser eu a dizer, porque além de não ter reparado, tomar a posição de alguém ainda ia gerar mais confusão, por isso neste assunto, nem me meto!
Continuo a achar que o que mais custa aos clientes no supermercado é enfrentar a fila, ou o tempo que demora até chegar a sua vez. O sair de casa, o passar pelo trânsito, o andar pelos corredores a empurrar o carrinho e a escolher os produtos, leva-se bem. Mas depois quando param na fila é o desespero. Se aparece um artigo que não passa, ou que não passa ao preço que estava na prateleira, já a coisa não corre bem!
O ideal para os clientes era que não existissem filas! Mas como tal não é possível, a não ser no Continente on line, o ideal era já estarem preparados para as filas. Se à partida já sabemos que as vamos encontrar, é psicologicamente mais fácil, aceitá-las.
«Se alguém me pedisse para responder com rapidez o que nos diferencia dos macacos, eu responderia: A FILA! Nunca, ninguém vai ver macacos a fazerem fila para pagar a comida no zoológico, muito menos em seu ambiente natural. A Fila é uma invenção do ser humano; uma invenção chata, porém, necessária.» O antagonista
Já não é a primeira vez que tenho a sensação que, quando as filas estão um pouco complicadas, os clientes repartem tarefas, ou seja: "fica aí na fila a guardar lugar que eu vou fazer o resto das compras e assim não perdemos tempo!"
Mas depois, as coisas nem sempre acontecem no tempo certo, e acabam sempre por empatar a fila!
Já falta menos de um mês para o Natal. Aquela azáfama das compras ainda não começou. Nem sei se este ano, por causa do aumento da crise, a roda-viva se repetirá. Possivelmente como é hábito, o português deixará tudo para a última hora.
Eu gostava de pedir a vós consumidores, para começaram já a planear as vossas compras, para que não tenham de passar pelas eventuais filas de espera, pelas multidões que estarão no local nas proximidades do Natal, pela falta dos produtos e das marcas pretendidas, pela dificuldade em encontrar os artigos desejados. E outra coisa, com tantas pessoas nas filas por atender, será mais complicado para nós dar-mos a atenção que o cliente tanto aprecia. Nessa altura a nossa preocupação será não só rapidez e eficiência, como também o pensamento de despachar a fila.
Tirando aqueles artigos que têm mesmo de ser adquiridos nos dias de lufa-lufa, há outros que dão para começar a planejar já!
Precisei de ir a outro supermercado comprar um artigo, e lá fui. Na hora de ir pagar vejo um corredor cheio de pessoas, nem percebi logo que era a fila para pagar. Fiquei estupefacta! Uma fila enorme, uma só caixa a atender e não se ouviu uma só reclamação! Acham normal? Se aquilo acontecesse no Modelo, havia uma revolução!
Há um determinado casal de empresários, que vão às compras e cada um deles leva um carrinho. Cada um deles faz uma parte das compras e depois no final vão juntos para a mesma caixa, de forma a fazerem uma só conta.
Houve um dia em que um chegou primeiro á caixa e começou a colocar os artigos. Os outros clientes iam chegando à fila e metiam-se imediatamente atrás deste cliente. Já a fila estava bem composta, quando chega o outro elemento do casal e passa com o carrinho por entre estes clientes já formados na fila. "Ei...ei então"? Disse um cliente da fila. Resposta do último elemento do casal:" nós estamos juntos"!
É claro que ninguém gosta de uma situação destas: acharmos que está quase a chegar a nossa vez, e depois haver um carrinho cheio a " infiltra-se" na fila! Ainda houve discussão à conta deste episódio. Pedi ao casal que da próxima vez que isto acontecer, se podiam dizer às pessoas que ainda havia outro carrinho. Eles disseram que sim, que o fariam.
Nota: Queria pedir que continuem a responder ao questionário da barra lateral, preciso chegar a 100 votos para tirar uma conclusão mais justa. Obrigada!
Como costuma acontecer aos sábados, o supermercado estava cheio de gente. Talvez por ser o último fim de semana para usar uns cupões. Uma colega vinha a chegar para abrir a caixa e disse: "podem passar a esta caixa por ordem de fila"! É nesta altura que dois clientes começam a discutir quem é que está primeiro. Discutiam em voz bem alta de forma a chamarem todos olhares em sua direcção. Um dos homens disse : "eu não daqui, olhe chame a policia!"
Na minha caixa estava uma uma senhora com um filho pequeno e a criança até estava assustada. A senhora disse.-me " é vergonhoso ver dois marmanjões ( foi a expressão que usou) a discutir por isto, já não há respeito!" Sinceramente a Sra. teve toda a razão, parece que há pessoas que gostam mesmo é de armar barraco! Por pouco não se pegavam, até foi lá o segurança acalmar aquilo. No fim das contas a diferença do atendimento entre aqueles dois foi de uns míseros minutos...
Numa hora de muito movimento, estou a mil à hora a atender as pessoas para ver se a fila diminui. Toca o telemóvel da cliente que estou a atender. A senhora começa a procurar o dito na sua mala. Procura, procura e não encontra. Concluo o registo, e a senhora demora um pouco por causa do telefonema. O senhor que estava na fila, chama-me e diz: " Você não devia era permitir que atendessem o telemóvel! Tem de se impor!" Olhei para o senhor, (muito bem aperaltado) e pensei: " será que este tipo manda aqui alguma coisa?" Mas acho que não, pelo menos ali não manda nada!
Mas onde é que esta pessoa foi tirar a ideia de que euzinha tinha de impedir a cliente de atender o telemóvel? As pessoas é que têm de ter consciência se estão a atrapalhar o funcionamento da fila ou não! "Estou na minha vez, não estou?!" Foi o que a cliente disse!
Como a fila parecia demorar , a cliente diz á filha:
- Fica só aqui um bocadinho que a mãe vai buscar uma coisa que se esqueceu…
- Mas mãe…isto está quase…não demores!
Esta rapariga de uns 10 anos de idade estava super angustiada com a demora da mãe. Quando chegou a sua vez. Disse logo “ a minha mãe é que tem o dinheiro, ela já vem! "Tal não era a preocupação da miúda. O problema dela era chegar ao fim da conta e não ter o dinheiro para pagar. Quando a mãe chegou, respirou de alívio. Uma miúda tão novinha e um stress tão de adulto. A mãe na maior das calmas disse: “Pronta da próxima vez deixo a carteira contigo”!
Isto de ser uma operadora de caixa com uma “lupa secreta”, ou seja, com os sensores ligados, tem que se lhe diga. Certo dia, resolvi observar os rostos dos clientes numa fila de espera. Como havia um preço com código ilegível, a fila parou para que o assunto fosse resolvido. Sabem que carinhas e caretas eu vi!? Vi clientes de sorrisos amarelos, outros soprarem para controlar a respiração, vi impaciência, vi alguém que estava em picos de pés, vi clientes a bocejar (a espera faz sono), vi rostos desolados, vi um cliente que olhava para o relógio a cada segundo que passava. Ouvi sussurrar baixinho as palavras do costume. Enfim, certamente já fiz o mesmo semblante em alguma fila, mas quando se está deste lado pode-se observar melhor cada cliente. Afinal quem é que gosta de estar numa fila de supermercado? Quem é que já disse: “ hum que bom uma fila de supermercado, quero-a toda para mim!?”