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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

O uso do telemóvel bloqueia e atrapalha em diversas situações

Lá vou eu repetir um assunto.

 

A senhora estava ao telemóvel, e ia falando ao mesmo tempo que ia colocando as compras no saco, arrumando-as e pagando. Entretanto estava eu a tirar os troco e o talão e já a cliente tinha ido embora, esquecendo-se do troco, que era bem grande...tive de a chamar quase aos berros.

 

Noutra ocasião uma senhora recebe uma chamada, vai falando e colocando as compras de volta do carrinho, pois não trazia nem queria sacos. Entretanto,  termina a chamada, despede-se da pessoa, e logo a seguir liga a outra para lhe contar o que a anterior lhe tinha dito, começou "olha sabes da última, blablablabla". Com isto tudo e como ia gesticulando, atrasou tudo e ainda teve a lata de deixar tudo e ir imprimir cupões. Depois desculpou-se dizendo que "é sempre nestas horas que nos ligam",  quando tinha sido ela a fazer a 2ª chamada.

 

A minha sugestão era um cartaz pendurado a pedir/aconselhar a não atenderem  nem a fazer chamadas desde o momento em que colocam as compras até ao pagamento e retirada dos artigos do tapete. Não se pode proibir, porque o telemóvel também é usado quer para a aplicação, quer como forma de pagamento.

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Os clientes chatos

Por vezes, os clientes quando me vêem dentro do supermercado, sem a farda, com um carrinho ou cesto a fazer as minhas compras, não entendem que estou em momento de pausa, muitas vezes, cheia de pressa, e vem-me fazer perguntas, sobre produtos, localizações dos mesmos. Coisas que uma pessoa que está na caixa também não sabe logo responder.

 

É uma falta de consideração, há pessoas que a cada passo que dão precisam de chamar alguém para ajudar, para escolher um produto, para lhe ler os rótulos, para lhe ver as validades, para saber se aquilo engorda ou emagrece.

 

Chatos!

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Falta de civismo numa fila de supermercado

As situações caricatas de falta de civismo continuam a acontecer no supermercado. Uma senhora, aparentemente muito fina, deixa o seu carrinho cheio de compras na fila a marcar lugar e vai buscar mais artigos. Chega uma outra senhora passa pelo carrinho, e eu atendo-a. Aproximam-se outras pessoas da minha caixa, mas como o carrinho está a impedir a passagem, ninguém fica na minha caixa. Saio da caixa e puxo o carrinho para o lado, e atendo duas pessoas. A dita senhora vem por umas coisas ao carrinho, volta a puxa-lo para a fila, onde impede novamente que eu atenda mais pessoas, uma das senhoras que eu estava a atender, vai, e desvia o carrinho. Pela terceira vez lá vem a senhora colocar mais umas coisas no carrinho e quando um senhor quer passar para ser atendido esta senhora diz-lhe que o carrinho é seu e impede-o de ser atendido, mas ela, volta a abandonar o carrinho a marcar lugar e vai buscar mais coisas. Eu vou  chamar o senhor, mas este prefere ir a outra caixa. Finalmente a senhora vem colocar os seus artigos no tapete.

 

O que é que dá vontade de fazer!?

Com educação e civismo tudo se consegue

Na fila está uma jovem e quase que encostada a ela está uma idosa com três artigos na mão. Esta idosa parecia-me estar com a jovem, pela atitude de estar tão “colada” a ela! Mas, mal acabei de atender a jovem, diz-me a senhora idosa: “ esta juventude, a ver que eu só tinha estas coisitas e nem me deu a vez!” Foi quando percebi que elas não estavam juntas. A jovem ao ouvir isto ainda disse: “ Por acaso pediu-me alguma coisa? Não gosto nada que se encostem a mim e que me pressionem. Pensa que por ter idade pode tudo!?”

 

A idosa apenas baixou a cabeça, e já não respondeu, certamente, porque sentiu que a jovem tinha alguma razão, ou porque teve receio de um maior confronto. Acho que com educação e civismo tudo se consegue, e foi o que aqui faltou por parte da senhora mais velha!

 

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Falta de cortesia

Por vezes acontece, os clientes despejarem as compras daqueles carrinhos vermelhos de puxar, e deixarem-nos lá no meio do caminho. É uma falta de cortesia, porque quem vem a seguir, se quiser passar é que tem de os desviar. Do meu posto eu nem sempre os visualizo. Da última vez que este caso aconteceu, uma senhora tropeçou e quase caía. Custa assim tanto não deixar o carrinho no meio do caminho? O trabalho é igual, é uma questão de civismo!

 

Delimitação de espaço

Hoje quando eu pedia a um cliente que confirmasse o total da conta no multibanco, este continuava de braços cruzados a olhar para mim... e fazia sinal com o pescoço para o cliente seguinte que estava encostado a ele. Foi aí que mais uma vez percebi que este problema continua. Então eu pedi ao cliente seguinte se ele dava licença, e foi um pouco embaraçoso, porque este não me pareceu ter entendido. Bastava um pouco mais de civismo por parte das pessoas. Talvez uns cartazes a apelarem para o facto ajudassem, porque acredito que a maior parte das pessoas nem se dá conta...

 

Fazer dos outros criados! Que falta de civismo!

- Não passe a lexívia...não passe o garrafão da água! - diz a cliente em alta voz!

- Então a agua e a lexívia já pertencem ao outro cliente! - Deduzo eu!

- Era meu, mas como estou a pé já não vou levar! É muito pesado. Levo outro dia!

 

Então se estava a pé porque levou os artigos para o tapete rolante?  Foi um lapso de memoria? Tudo bem, isso acontece, mas que tal falar de outra maneira, do tipo desculpar-se e retirar os artigos de cima do tapete?

 

Vamos abrandar?!

 

 

Sabem uma coisa? Acho que devíamos todos de abrandar...é demais a pressa que todos nós trazemos connosco! Hoje essa pressa deu "barraca". Ainda não tinha concluído o atendimento á cliente A (faltava sair o talão da impressora), já a cliente B estava a passar o carrinho vazio para o outro lado " atropelando" a cliente A. Começaram a ralhar, a cliente A tinha toda a razão, mas a cliente B não percebeu ou não quis perceber. Para evitar este tipo de situação, aconselho a que o cliente B aguarde a sua vez, deixando que o cliente A receba o troco, os talões e pegue nos sacos ou coloque os mesmos no carrinho (caso tenha um) e só depois o cliente B tome o seu lugar. Já tem acontecido usando o mesmo exemplo, o cliente A estar a marcar o código porque fez pagamento em multibanco e o cliente B estar quase em cima deste em vez de estar do outro lado a aguardar. Depois o cliente a diz que o Sr.B está a "decorar" o código e de seguida lá vêm mais uma "peixeiradazinha".

 

Por isto eu digo que temos de abrandar. No decorrer destes episódios, uma cliente que é emigrante no Luxemburgo disse-me que lá onde ela vive as pessoas não são assim, e ela diz que isto aqui lhe faz muita confusão. Lá as pessoas também tem horários a cumprir, mas andam tranquilos. Enfim isto deve ser uma questão cultural, mas seria bom pensarmos um pouco nisto!

A caixa prioritária...

 

Quase todos os hipermercados e supermercados têm uma caixa prioritária. No meu local de trabalho, também existe uma. Esta caixa tem os símbolos de grávida e de pessoas com deficiência. É uma caixa prioritária mas não é exclusiva, ou seja, quando não está ninguém nestas condições funciona como uma caixa normal.  Cabe à operadora que está nesta caixa observar frequentemente a fila, para no caso de alguém nestas condições estar  na mesma, ela chamá-la á frente. Os clientes tem o dever de dar a vez e compreender a situação, o que nem sempre acontece.  A falta de civismo das pessoas por vezes é surpreendente. Mas também é de notar que muitas são as pessoas que cordialmente dão passagem. Já me aconteceu, não reparar numa grávida, pois por vezes queremos despachar o trabalho e sem querer distraímo-nos. Mas pior que isso foi uma vez em que chamei uma senhora que me parecia grávida e na verdade não estava. Foi uma situação muito embaraçosa para mim. Talvez fosse  pela pose, pois lembro-me que a senhora tinha uma mão na cintura e a barriga esticada para a frente e tinha uma túnica muito rodada e larga...Só me lembro de a cliente dizer:"está-me a chamar gorda!" Eu pedi desculpa, e depois desta situação, fiquei com algum receio de voltar a cometer um erro destes e então quando tenho dúvidas digo:" esta é uma caixa prioritária, se houver alguém tem o direito de passar á frente!"