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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

Há caixas invisíveis

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Estava eu na ultima caixa, que por ter um poste, pode eventualmente não se perceber que está ali alguém. As outras caixas tinham clientes, a minha não.

Saio da caixa e vou ás filas perguntar se não querem passar à minha. Parece que ninguém quis saber. Entretanto vem um carrinho a chegar e vai logo para lá. A dada altura vai lá uma cliente e diz-me que eu a vi passar e que não a chamei. Até disse, que fiquei ali caladinha! Ao que eu respondi " se a senhora não me viu, como é que queria que eu adivinhasse que já tinha acabado a recolha dos produtos!?"

Isto  porque as pessoas passam lá e muitas vezes estão só a meio ou no inicio da recolha dos artigos!

De outra vez, como não tinha clientes, aproveitei para limpar e desinfectar todo o posto de trabalho, atitude normal nos tempos de pandemia. Entretanto chega uma cliente, começa a por os artigos, e outra cliente, de outra fila,  diz que pensava que eu ia embora porque estava a limpar o tapete. Respondo que como estamos em pandemia, é um procedimento normal, para fazer várias vezes ao dia!

Enfim, isto há situações que é preciso uma grande dose de paciência, para aturar certas atitudes!

Por vezes, somos apenas máquinas

Estava de pé a atender uma cliente, e por breves instantes tive uma tontura, senti que me ia desequilibrar e sentei-me. A cliente percebeu e disse "então"!? Eu disse": foi só uma tontura"! Ela responde: " mas se foi uma tontura, veja lá, não se engane na conta!"

Lá a tranquilizei, dizendo que era efeitos da vacina, mas que já estava a passar e que não me ia enganar na conta por isso.

Enfim, o importante era, sem dúvida, não me enganar na conta!

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Nem a pandemia civilizou as massas

Olá a todos! Peço desculpa por esta ausência, não por falta de situações para contar, mas por falta de tempo!

A situação continua a não estar fácil. Com o passar do tempo , cada vez mais, as pessoas querem deixar as regras, tapam os olhos à sinalética que continua lá exposta. O pessoal acha que isto já passou,  e que agora é hora de voltar ao antigo normal! Que pena, estas regras ficavam tão bem se ficassem para sempre, desde que não fosse preciso a nossa intervenção e insistência constante!

É cansativo estar constantemente a pedir por favor para que façam distanciamento, quando as pessoas querem, na sua maioria,  estar encostadas, bem juntinhas, umas das outras. Quererem entregar artigos pesados em mão, não respeitando o acrílico, o semafro, nem a nossa saúde física.

Tento limpar o mais possível o tapete a cada cliente, mas a maioria quer despacho e não se importa com a limpeza.  Tanto que uma pessoa corre de panos e spray nas mãos!

Já estava tão cansada de repetir e pedir pelo distanciamento que deixei que uma senhora me implorasse para eu pedir aos outros que não se colassem a ela, parecia que estava até a sentir-se mal, pois já se abanava. Senti-me culpada porque falhei ali, naquela situação!

Os clientes sem compras, continuam a passar pela linha de caixas, roçando nas pessoas que estão a ser atendidas, ou chocando nos carrinhos, quando têm um local próprio para sair. É uma falta de civismo e de bom senso!

Mesmo com tanto tempo de pandemia, não foi possível civilizar as massas!

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E a saga continua...

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Era um casal na casa dos quarenta anos, que não queria fazer distanciamento, e tivemos uma troca de palavras. Quando respondi que este procedimento já durava há mais de um ano, eles disseram que agora já não era preciso tanta coisa. Voltei a dizer que, ainda assim eles tinham de cumprir as regras como os outros.

E o homem diz para a mulher: " Deixa estar que o covid está acabar!"

Parecia querer dizer, que "a minha diversão, estava a acabar!" Porque devia de achar que me diverte fazer os clientes cumprirem regras! Até parece que fui eu, e era a única, a exigir distanciamento! Porque eu faço o que me apetece e não o que a empresa manda!

Haja paciência infinita!

Basta um, para se fazer notar...

O dia estava a correr bem. Há dias que correm bem, clientes simpáticos, compreensivos, educados, cumpridores, amigos , até. Devo de atender dezenas ou até centenas, assim!

No entanto, basta um, para estragar o dia, ou pelo menos para perceber que ainda há uma minoria de gente, que não aprendeu nada, com esta pandemia. Mais uma vez o distanciamento. Estava a atender um casal, outro cliente tinha as suas compras no tapete, onde há uma sinalética no chão onde ele tinha de estar e depois os outros teriam de estar mais atrás, conforme a marcação. Mas, "os outros" já iam colocar as compras. Pedi educadamente, para aguardarem só um pouco, até porque eram novos, julguei que entendessem. Aguardaram, quando os que estava atenderem saíram, e o seguinte passou para o outro lado, pedi que avançassem!

Começam "...e  porquê, qual é a diferença"!? Respondi que eram as normas da empresa e mostrei a sinalética, mas foram insolentes, mal educados. Por fim, disse-lhes "pois se não entendem, mesmo assim, já é uma coisa que não posso ajudar, só lamentar!"

Que gentinha medíocre! Creio que são pessoas como estas que fazem com que muitos estabelecimentos estejam fechados, mesmo com normas e equipamentos, porque simplesmente não cumprem, questionam tudo e não respeitam nada!

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Depois da pandemia, a selva!?

Havia filas, as pessoas estavam a fazer distanciamento, como é normal em maio de 2021.

Entretanto, um cliente deixa o seu cestinho vermelho na fila e passa pela frente da minha caixa sem pedir licença e dando um encontrão ao carrinho da pessoa que estava a atender, ainda  o tentei chamar , mas a pessoa seguiu caminho.

Cheguei a pensar que tinha tido uma emergência já que parecia ir direito à casa de banho, mas afinal, foi ao multibanco!

Continuo o meu trabalho , já estava com outros clientes, e a pessoa, novamente entra pela linha de caixas, ou seja em contra-mão, incomodando quem estava ali a ser atendido e a cumprir as normas.

Digo ao senhor que não pode andar ali a sair e a entrar pelas caixas e ele responde que já foi vacinado!

Agora é assim!? Os vacinados são selvagens!? É  que nem se trata de uma questão de vacinação, mas de boa educação! Com ou sem pandemia é um comportamento incorreto!

Quem me dera que as restrições acabem logo, para não ter de estar a cada dia a lutar para que se mantenha o distanciamento. Se nem a pandemia ensinou a pessoas a terem comportamentos mais corretos, mais nada os fará mudar de atitudes.

Mas será que depois da pandemia, as pessoas vão  ter comportamentos ainda piores do que tinham antes, e durante a pandemia!?

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Falta de bom senso...

Compreendo que houvesse motivo para festejar, mas estamos em tempo de pandemia, a comemoração poderia ter sido feita em outros moldes. Quem trabalha no atendimento ao público e tem de "lutar" todos os dias para que as pessoas cumpram as regras, que são tão importantes para afastar a pandemia, não pode ficar contente ao ver isto!

No meu ponto de vista, mais valia o jogo ter o público nas bancadas com um número restrito de espetadores, com distanciamento.   Tudo o resto era vedado e proibido ter alguém!

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O gangue dos seniores vacinados

Agora há mais uma desculpa para não se fazer distanciamento e para quebrar regras:  a malta que já foi vacinada! Acham-se os maiores. acham que já nada os pode derrubar. Culpa de quem os vacinou que não lhes explicou, que mesmo vacinados, podem apanhar e transmitir, ainda que mais leve!

A desculpa da vacina, está a ser cada vez mais usada!

Um dia, um cliente queria entrar pela saída das caixas, disse-lhe que não podia porque não era ali a entrada, mas sim, a saída com compras, e porque para passar ia tocar nas pessoas que lá estavam e então ele responde que já levou a vacina e que por isso não fazia mal tocar em alguém!

Hoje quando chamei a atenção devido à falta de distanciamento, o casal disse para eu não me preocupar porque eles já estavam vacinados, respondi que as regras eram iguais para todos, por enquanto.

Já depois de sair, fui fazer umas  compras, quando já estava na caixa para pagar,   uma senhora meteu-se mesmo  em cima de mim, quando a chamei atenção, respondeu que já estava vacinada e eu respondi: "mas não estou eu, e a senhora não precisa de estar em cima de mim!"

É que mesmo que não houvesse pandemia, é uma falta de educação esta atitude!

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