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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

Não chamo mais parvo ao DR...

 

Na linha de caixas, enquanto eu atendia um senhor já com certa idade, estava como cliente seguinte uma ex-colega minha que já tinha trabalhado lá na empresa. Perguntei-lhe se ela não ia voltar para lá. Isto porque quando ela saiu por ter acabado o contrato, disseram-lhe para tentar seis meses depois que ela voltava para lá! Mas ela estava a contar-me que afinal a lei tinha mudado e que já não podia voltar.

 

O dito senhor entrou na conversa e lamentou o facto. Até nos disse que esta lei de depois de acabar o contrato esperar seis meses e poder-se voltar ao mesmo lugar foi feita pelo Dr. Mário Soares, para colmatar o desemprego que havia na época. Então eu disse: "e quem mudou a lei foi o parvo do Sócrates?" Deviam de ver o semblante do senhor...ele ficou chocado com a minha frase (quem não percebe muito de politica como eu, devia era estar em silêncio). Ele disse algo que eu não percebi muito bem, mas suponho que era em defesa do Primeiro-ministro.

 

Mais tarde quando eu contava este episódio a alguém, esse alguém disse-me, que certas pessoas desta idade que viveram o antigo regime consideram uma afronta falar mal do governo. Mas eu não quis melindrar o cliente, apenas   a expressão saiu.


Tenho de perguntar ao Sr. Daniel do 2711 (um blog que admiro, e que trata de assuntos políticos) se a minha frase foi assim tão ofensiva... E já agora alguém sabe quem foi o tal que alterou esta lei?

 

2 comentários

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    ELE 06.09.2009 01:58

    Desculpa mas não concordo. Pode haver pessoas que não estão habituadas a um tom tão coloquial, e corriqueiro como disse. Mas essas pessoas certamente também não devem estar habituadas a meter-se na conversa dos outros. Que eu saiba por estarmos numa democracia seja a palavra mais adequada ou não, cada um tem o direito de se expressar como quiser. Se reparar-mos bem, se este não se tivesse infiltrado na conversa nada disto tinha acontecido.
    Sorry, mas é o que penso... (ofendido ou não levou com a verdade!)
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