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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

Depois de um dia movimentado, um dia calmo...

O dia 24 de dezembro, foi bastante movimentado. O tempo até parece passar mais depressa, mas ver pessoas com pressa, algumas impacientes, ver egoísmo, enfim...

Mas depois também há aquelas pessoas, mais tranquilas, com palavras bonitas, com paciência.

O que me pode incomodar não é a multidão, as compras, o supermercado<do cheio, é mesmo a falta de paciência, a falta de civismo, a falta de  passividade!

Hoje dia 26,  julguei que por ter havido um dia com o supermercado fechado, iriam todos lá parar, mas não! Foi um dia estranhamento calmo, com poucos clientes e sem a azafama da época!

Agora é aguardar pela próxima festividade, esperando que seja, feliz e tranquila! Que as pessoas estejam com mais calma!

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Mais do mesmo

Lá vinha uma cliente que depois de tirar os artigos, passa com os sacos em balão para o outro lado, levanto-me para os verificar e ela diz: "Então? estes sacos já estão pagos!" Ao que eu respondo:" Sim, mas preciso de confirmar se estão vazios!" De forma inesperada, agarra nos sacos tira-os rapidamente para cima do tapete diz "que gente desconfiada"! Sabem o que havia lá? Uma caixa de acendalhas! E depois nós é que somos desconfiados. Acredito que tenha sido sem querer, mas pode acontecer. Ela só disse "pronto, pronto!"

Deveria haver uma forma de evitar estas situações, uma forma universal, tipo um lugar onde as pessoas tivessem de passar os sacos, algo semelhante ao que acontece nos aeroportos para passarem as malas de viagem,   pois é que é chato para nós termos de fiscalizar, e ainda sermos  mal compreendidos !

Mas até se arranjar esta forma, será que podem trazer os sacos de forma a que se perceba que estão vazios!? Ou mostrando ou os trazendo dobrados e visíveis!?

Obrigada!

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O cliente que queria ter uma reunião

reuniao.jpgEstou a atender um cliente que trás um artigo que é necessário ser retificado o preço. Pergunto ao cliente seguinte se ele pode aguardar só um bocadinho, porque sabia que seria algo rápido de resolver.

O cliente, aparentemente muito zangado, responde:" A sério ? Não me diga!Logo agora que estou em cima da hora para  para uma reunião de trabalho!"

Ao que eu respondo: " Então eu ponho a conta em espera e..."

É quando ele me diz:" Calma, eu estava a brincar! Eu espero sem problema!"

Foi um alívio, e a situação foi logo resolvida e o cliente seguinte atendido. Já que ele estava a brincar, também me despedi, dizendo! "Obrigada, bom dia e boa reunião!" É então que ele responde, com alguma amargura: "Antes fosse, antes fosse!"

Fiquei sem saber o que responder, pois pensei que se certamente, estaria  sem trabalho!

A falta de paciência, a falta de tempo, a pressa

Já é habitual  as pessoas andarem sempre com muita pressa, e nesta época, a pressa ainda aumenta mais .

Quando tenho clientes com mais idade, tento sempre ter o cuidado de andar ao ritmo do cliente, e ajudar no que for preciso, principalmente, quando são aqueles clientes castiços, e simpáticos.

Um senhor,  estava a fazer o pagamento com multibanco, mas estava atrapalhado, então eu estava a explicar ao senhor devagarinho, como ele tinha de fazer, e o cliente que estava a seguir disse "tanto conversa"! Ao que eu respondo "mas, o senhor está na vez dele! "Responde ainda:" pois é, mas eu estou cheio de pressa!"

Não respondi, ignorei, e prossegui . E o velhote ainda pediu desculpa a este!

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Posso esquecer uma cara, mas não a situação

A semana passada esteve lá um casal a fazer as suas compras. Quando iam pagar, pediram para eu descontar os 27€ do saldo do cartão continente. No entanto, o cartão não tinha qualquer saldo!

Cuidadosamente digo ao senhor, que não tinha saldo no cartão e ele responde que tinha esse valor, pois tinha acumulado através de um cupão de 10%  na wells na compra dos  óculos e aponta para os seus óculos novos. Meramente, por  acaso, eu  sabia que existia esse cupão. Pedi um momento, liguei para o balcão de informação, onde me disseram que o senhor teria de se dirigir à Wells para ver o que se passava. Comuniquei ao senhor, e disse-lhe que nesta conta não era possível fazer o desconto, mas que lá o iam ajudar a perceber o que se passava. O senhor foi à loja e da minha caixa, consegui ver que alguém o estava a ajudar. A esposa ficou à porta com o carrinho das compras. O senhor saiu da loja e foi falar com a esposa, e também me veio dizer, que o cupão não foi passado na altura da compra, mas que agora já ia ficar tudo resolvido.

Ontem, o casal foi de novo à minha caixa e o senhor perguntou se eu me lembrava deles. É engraçado,  porque  eu tenho alguma dificuldade em memorizar caras, mas ao olhar para o senhor e ao ver os óculos, a situação veio à minha memoria. O senhor disse:" veja lá se agora o dinheiro já lá está e se o posso descontar!" E realmente sim, o dinheiro do senhor já lá estava. Também foi um alivio para mim, porque fiquei preocupada com o senhor. Sei que estar a contar com um determinado valor  e   depois o mesmo não estar disponível, é uma desilusão! A senhora até disse ao marido:" como é que queres que a senhora se lembre de ti, se lhe passa tanta gente pela frente?!" Mas lembrei-me, principalmente pelo olhar de deceção que vi naquela altura!

Ainda bem que tudo acabou em bem. quando  se trabalha num continente modelo numa localidade, que apesar de ser cidade, é rodeada de vilas e aldeias com pessoas que não estão de passagem, mas que são clientes assíduos, ganhamos afinidade e empatia pelas pessoas. Clientes satisfeitos, e problemas resolvidos, também é positivo, para mim!

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Clientes que não recebem cupões pelo correio

O  supermercado onde trabalho, é um supermercado de média dimensão, uma cidade, rodeada de vilas e aldeias e até montes.

Há pessoas ligadas ao meio rural, que vivem em locais ermos e distantes, tipo onde judas perdeu as botas. As pessoas mais novas, com automóveis e meios de deslocação e com conhecimento de tecnologias,  que apenas gostam de estar em contacto com a natureza, não têm certamente problemas. Mas depois há os velhotes, que sempre aqui escrevo sobre eles, e por tenho empatia. Estas pessoas recebem os cupões do continente pelo correio. Acontece, que na zona, os carteiros parecem ser escassos, e ainda costumam fazer greve. Então, estas pessoas estão muito tempo, além de isoladas, sem correspondência. 

Um dia destes,  um velhote habitual, confessou-me que não recebeu a carta da eletricidade para pagar, então cotaram-lhe a luz e teve de pagar para regularizar a situação. É triste que isto aconteça com as pessoas. É que a falta dos cupões do continente, nós ainda conseguimos ajudar, mas as contas para pagar, onde as pessoas não tem outra forma, complica a vida destes indivíduos.

É lamentável!

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Mais uma pergunta estranha de uma cliente

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Mais uma pergunta estúpida, para cobrar 0,38€

Desta vez, andava eu a fazer as minhas compras, depois de ter saído do trabalho, não estava fardada, eu nunca ou raramente faço as minhas compras fardada. A maioria das vezes estou com pressa. Mesmo assim, uma cliente que certamente me conhece, vem ter comigo com um rolo de cozinha e pergunta:

"Ouça lá , pode me dizer quanto é que isto pesa!?"

Se pelo menos fosse uma pergunta com lógica, normal, tipo o preço, ou marca, os metros que tinha,  mas não, tinha que ser criativa, além de estar a abordar-me quando nem estava a trabalhar!

O cliente lesiona

 

Talvez , o facto de ter fibromialgia me torne mais sensível, talvez se o cliente não pensasse só na sua comunidade para entregar os pesos pela frente em vez de os colocar sobre o tapete, ou os levantar ele próprio, minimizasse os danos que podem causar, inclusive as pessoas sem problemas.

Estes gestos provocam danos, e podem levar o trabalhador a se lesionar e a por baixa! Já me lesionei nas costas, no ombro, e principalmente no pescoço devido à teimosia dos clientes!

O tapete rolante serve justamente para facilitar , para ajudar principalmente em artigos pesados!

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