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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

Carrinho de uso exclusivo a pessoas de cadeira de rodas

Existem nos super e hipermercados do continente (e não só), uns carrinhos especiais que encaixam nas cadeiras de rodas.

No caso do continente onde trabalho, que é de média dimensão, existe apenas um, que não está perto dos  carrinhos normais, está num sitio  mais acessível. O facto de estar num local mais acessível, faz com que algumas pessoas que não usam cadeiras de rodas,  achem que também os podem usar. É de lamentar o número de pessoas que não entendem que aquele carrinho é apenas destinados a pessoas que precisam deles, para fazerem mais comodamente as suas compras.

Infelizmente, já tive discussões com as pessoas que dizem "eu vou num instante", ou então " mas se não está aqui ninguém em cadeira de rodas, porque não posso usar!?"

As pessoas não entendem, ou não querem entender, que aquele carrinho é de uso exclusivo para pessoas que se deslocam em cadeira de rodas!

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Dinheirinho, adeus!

 

Já é comum, as pessoas se queixarem do custo de vida, e da conta, quando reparam o total ou quando nós os dizemos.

Estava a atender uma senhora, que não foi excepção e disse "ai tanto, mas em quê!? multibanco por favor!" E quando está a marcar o código, está literalmente a despedir-se do seu dinheiro, acenado para o terminal do multibanco e dizendo"ADEUS"!

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Clientes queridos e especiais

Há clientes que com tantos anos de convivência, mesmo só os conhecendo dali, já há amizade e até afinidade!

Por vezes, há até gostos em comum, que vamos descobrindo ao longo do tempo. Um casal amigo cuja senhora sempre falava das suas gatas e eu dos meus gatos.  Perguntava sempre pelos "meus meninos" e eu pelas "meninas dela"!

Antes iam só o casal, já com alguma idade, mas também com vitalidade. Depois passaram a ser acompanhados pela filha. No entanto, comecei a ver só a filha. Um dia tive a oportunidade e perguntei-lhe pelos pais, e, foi aí, que fiquei a saber que aquela simpática senhora, estava com demência.  Assim sendo,  não podia sair,  o pai ficava a cuidar dela, pois ela já fazia muitos disparates.  Esta filha até ficou de lágrimas nos olhos ao me contar a situação. Fiquei triste e surpreendida, porque ainda há tão pouco tempo, tinha falado com a senhora e não percebido tinha qualquer sinal de doença!

É realmente triste irmos deixando de ver certos clientes, e darmos conta que o tempo galopa e não perdoa!

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