Um destes dias, pedi a uma senhora, cliente habitual para ver os sacos. Ela ficou muito ofendida. disse que já ia aquele supermercado há anos e que nunca lhe tinham pedido tal coisa. Ao principio julgou que era por eu achar que ia lá algum sacos novo e que ela não o queria pagar.
Expliquei dizendo que estava lá o pedido , e que era para ver se iam vazios! Pior foi. Respondeu "é muito feio estarem a desconfiar dos clientes!" Eu ia para responder "feio é roubar",mas lá travei a língua a tempo!
É que continua a haver situações de coisinhas esquecidas e tapadas pelos sacos, por isso este pedido faz todo o sentido!
Estes cupões são atribuídos em função das compras do ano inteiro. Não sei se todos os clientes recebem, eu por exemplo, não recebo, talvez por ser colaboradora. São uma boa ajuda. O valor fica no cartão e disponível logo no dia a seguir á entrega! Fiquem atentos à caixa do correio ou imprima-os do dispensador, ou ainda, atente à aplicação!
Ainda sobre a missão continente e os vales "luzes com presença", queria dizer, que não tem sido uma campanha fácil, pelo menos na minha zona, que se localiza mais para o interior. Talvez resulte melhor nas grandes cidades, como por exemplo em em Lisboa ou Porto. E também há muitos clientes já idosos, eles próprios a precisar desta missão, fico sem coragem para lhes pedir.
Logo no primeiro dia de campanha, quando divulgava a campanha, as pessoas colocavam questões, que eu sempre tentei, dentro do que sabia, responder e clarificar. Não sei se é porque têm dúvidas, ou se mesmo porque a situação financeira de cada um nesta altura do mês/ano, não está fácil.
No entanto, houve quem perguntasse pelos bolinhos ou canecas da da Leopoldina, o que me leva a acreditar, e isto é só uma opinião, e vale por uma, que se existisse um artigo palpável que custasse , por exemplo €3 e €1 fosse para a missão, as pessoas aderissem mais.
Também acho que faz falta mais informação nas lojas, um cartaz grande, para ver se as pessoas liam. Junto às caixas um expositor com os vales pendurados, para serem as pessoas a retirar e a entregar. Haver promotores com uma tishrt alusiva á campanha.
Na televisão, tem passado o apelo pelo Ruben Rua e pela Maria Cerqueira Gomes, passou ontem após o jornal das 8. Deveria passar mais vezes.
É que as pessoas ouvindo só o nosso apelo, não resulta muito, a maioria das vezes nem nos deixam acabar a frase, e é logo "Não"! E ainda há pessoas que dizem também precisar de ajuda e que ninguém as ajuda. Mesmo assim, as pessoas mais novas, têm aderido mais.
É uma causa que, pela sua natureza, me sensibiliza e que gostaria de poder ajudar mais, mas estar a pedir, e nem nos quererem ouvir, e duvidarem, torna tudo mais difícil.
Esta contribuição será usada para promover projetos e ações de proximidade/integração, tais como chamadas telefónicas, visitas domiciliárias, apoio psicológico, animação cultural, entre muitas outras formas de ajuda.
Existem dois tipos de vales um de €1 e outro de €5. Qualquer dúvida perguntem ou vejam aqui .
Começou mais uma campanha solidária no continente, que se destina a ajudar os idosos em isolamento social. Há dois vales um de 1€, outro de 5€, que estão na caixa, pode ajudar antes do pagamento das suas compras, quando a operadora de caixa pedir, ou mesmo tomar essa iniciativa, uma vez que já tem conhecimento da mesma!
«A Missão Continente decidiu desafiar os portugueses a trazer mais Luz a esta grande Causa, através da campanha “Luzes com Presença”.
Além de ajudar instituições, acenderá uma luz numa região onde o isolamento social faz parte do dia a dia dos habitantes.»
Não consegui ficar indiferente, a um episódio que aconteceu em Rio Tinto, devido à questão do distanciamento.
A briga começou na fila, e foi entre um senhor já alguma idade e outro na casa dos cinquenta. Ao que parece, um dos senhores pediu ao outro distanciamento, e o outro disse estando ambos de máscara não era preciso. A discussão começou e resolveram ir continuar a mesma no parque. Já no parque um com um machado de cozinha e outro com uma garrafa de azeite, começaram a agredir-se e tiveram de ser separados. A noticia está aqui e tem até vídeo e reportagem!
É como eu digo, a pandemia não melhorou em nada os hábitos das pessoas, se já eram incorretos, assim continuam. O que custava respeitarem o espaço do outro.
Ainda há pouco tempo, chamei a atenção a alguém, porque a pessoa precisava de privacidade para marcar o código. A pessoa ainda questiona "mas porquê?", digo que é porque a pessoa tem de marcar o código e a senhora está a ver. E a pessoa ainda tem o desplante de dizer " Mas e que veja o código! Posso ver o código, mas não tenho o cartão! Que mal tem!?"
Enfim, isto cada vez está pior. Haja paciência infinita!
Estamos no ponto de situação, em que para a maioria das pessoas a pandemia já se foi embora e temos de voltar ao normal. Cada um é livre de ter a sua opinião, mas se ainda há algumas regras, tem de respeitar!
O número de pessoas dentro do supermercado, já não é limitado. Em relação ao distanciamento já é mais complicado, porque nós já não insistimos muito com isso. Mas ainda há pessoas que o fazem e pessoas que até pedem para que haja distanciamento.
Eu tento até com o separador do cliente seguinte, travar o andamento do tapete, para que as pessoa fiquem ao lado dos seus artigos e não avancem demasiado, mas por vezes não funciona, pois os próprios clientes, tiram o separador e avançam. As pessoas tem "fome" de estarem umas em cima das outras, nem a pandemia as civilizou. É que não havia necessidade, não é por estarem mais próximas que se vão despachar mais depressa. Aliás se der confusão, só vão é demorar ainda mais tempo!
Pedi a uma senhora para se chegar só um pouco atrás, e ela responde: "Porquê!? O que tem estar aqui?!" Ao que eu respondi: "É que o código do multibanco é suposto ser secreto, e a senhora está a espiar"! Lá se chegou.
É que já nem pedimos os habituais dois metros ou um metro e meio, é mesmo o espaço necessário para não estarem a tocar no outro. É uma questão de respeito, de civismo.
Uma senhora, recentemente, disse-me que achava que em dezembro voltaríamos ao confinamento, porque as pessoas já andam completamente à vontade. Eu disse-lhe que esperava que não. E realmente se tivermos de voltar ao inicio com todas as regras e os clientes, sempre, sempre a desrespeitá-las, não sei onde irei buscar energia para aguentar a situação!