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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

Há uma caixa apta a cadeiras de rodas

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É habitual existir no supermercado, pelo menos nos continentes, existe, consoante a dimensão do espaço, uma ou mais caixas   "aptas a cadeiras de rodas", ou seja, o sitio onde o cliente faz o pagamento com o  cartão  multibanco está no final do tapete e mais baixo, para que uma pessoa estando sentada numa cadeira de rodas possa lá chegar!

No entanto, apesar de estar sempre a explicar ás pessoas porque o sitio está mais distante, parecem não entender. Ainda há dias uma cliente dizia "estão sempre a mudar o sitio disto, ainda no outro dia estava aqui"! Ou então dizem "ah agora meteram isto lá ao fundo!"

Enfim, eu por vezes já nem explico, não vale a pena!

Os acrílicos deviam de ser para respeitar, e o tapete rolante também

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Através do blogue recebi um comentário ,  me que fez "criar" este slide !

Entendi que uma operadora pediu a um cliente que lhe queria entregar um artigo pesado, se o podia colocar sobre o tapete porque estava com um problema nas costas, e o cliente respondeu, que se estava doente, tinha de pedir baixa ao patrão. Nessa altura, passou alguém superior e disse ao cliente que o patrão ao colocar o tapete rolante para o artigo deslizar, estava a prevenir que a funcionária fizesse esforço ás costas e que ele, [o cliente] é que não estava a proceder corretamente!

Uma das coisas que me alegrou com a colocação dos acrílicos, foi achar que assim, as pessoas não iam mais tentar entregar  os artigos pesados em braços, porque estava lá um vidro, porque estava lá uma sinalética, mas, a maior parte das pessoas, ignora tudo, achando que aquilo é  parte da decoração, para ficar bonito, e para fazer de conta que respeitamos as normas do covid-19!

Sei que muitos colegas, facilitam, não estão para se ralar, preferem pegar no pesado do que estarem a "discutir" com os clientes, não pensam no futuro, na saúde a longo prazo!

Felizmente, uma colega, como eu da "velha guarda", ensinou-me um método: se as pessoas querem pegar nos seus artigos pesados, pegam e passam o artigo pelo lado de fora do acrílico, apontam o código de barras e a operadora vira o scanner e capta o código!

A sua pressa, não pode constranger os outros

Estava a atender um velhote , que estava a tentar pagar com multibanco. Já conheço o senhor,  sei que tem sempre dificuldade no processo é preciso dizer todos os passos, com calma.

Entretanto, enganou-se no código. Quando lhe disse ele não ouviu, o acrílico e máscara dificultam a comunicação. Falo mais alto e ele ouve.

Da fila uma senhora, perto até da idade deste senhor,  diz "vá...que estou cheia de pressa!"

Sei que  a maioria das pessoas vão ao supermercado com pressa, mas esta atitude ainda podia  atrasar mais o processo, porque deixa a pessoa mais nervosa!

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Os sacos reutilizáveis para fruta que o continente oferece

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Os sacos reutilizáveis que o continente oferece para a fruta, ou seja,  o cliente paga o valor e o mesmo vai na totalidade para o cartão continente, estão já disponíveis.

A ideia é “incentivar a utilização de sacos reutilizáveis na compra de produtos horto frutícolas”!

O preço para os mais pequenos é de 0,15€ os médios custam 0,25€, também há promoção. Estão na secção de Frutas e Legumes ou até junto ás caixas.

Uma boa ajuda para se começar a usar menos os de plástico!

Uma frase dita metade em português e outra em francês

O mês de agosto é sinonimo de emigrantes, o frantugês, como gosto de os chamar, com todo o respeito! Notamos logo que eles andam por aí, pois dão nas vistas, principalmente quando na mesma frase usam o francês e o português. Julgo até que isto só acontece quando estão nos países de expressão francesa!

A novela da TVI "Festa é Festa" tem um casal com  dois  filhos que ilustram perfeitamente esta classe de clientes, se assim se pode chamar! É que é tal e qual! A Silvia Rizo então, é espectacular, tão real!

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Há casos em que falam francês porque há justamente um elemento francês no grupo (sim, vão normalmente em grupo), pelo casamento ou porque veio com os amigos, mas acho admirável, portugueses com portugueses, estando em Portugal, falarem francês!

Mas enfim, eles lá sabem e se são milhares com esta mesma atitude, algum fundamento deve haver!

Felizmente até são simpáticos, bem dispostos! Compram sardinhas, cervejas, nota-se alegria pelos petiscos e momentos que combinam ir passar. Não os vejo preocupados com a pandemia, nas filas, mas se calhar têm alguns cuidados!

Contribuem para que o supermercado esteja sempre cheio! que aproveitem bem, mas "matar" as saudades e recarregar baterias!frantuges.jpg

Terá aterrado um ovni no supermercado?

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Tudo parecia um dia normal, como já estou habituada. Clientes simpáticos, bem dispostos, clientes que não aceitam bem regras, de tudo um pouco.

No entanto, houve alguns clientes, que num curto espaço de tempo, tiveram uma atitude comum, que me fizeram acreditar que não eram deste planeta, nada tinha a ver com o facto de haver muitos emigrantes, porque até mesmo no estrangeiro, esta atitude, ainda não é possível (a não ser em supermercados sem operadores de caixa)!

Um casal de clientes colocaram a maior parte dos artigos sobre o tapete, mas deixaram no carrinho packs de leite, packs de bebidas, garrafões, caixas de cervejas, e passaram pro outro lado, descontraidamente,  sem dizer nada.

Eu: - Mas os senhores ainda têm imensas coisas no carrinho!

Senhora: - Então, mas é preciso por tudo aí em cima!?

Eu: - Claro, então como é que eu registo as coisas?

Senhora: - Pensei que soubessem!

Respirei fundo e prossegui.

Daí uns instantes vem outro casal, traziam uma serie de pacotes de cafés a granel espalhados pelo carrinho. Não estavam agrupados, como por vezes fazem, por exemplo,  com os quilos de açúcar, todos alinhados, nada disso, era tudo ao molho e fé em Deus! Colocam um em cima, nem dizem quantos são e mesmo que dissessem eu teria de confirmar. Tive de pedir por favor se podiam por os pacotes em cima do tapete e tive de explicar porquê! E lá debaixo estava apenas um pacote de manteiga, que não seria contabilizada.

Entretanto chegam uns senhores com vários detergentes para lavar o chão, cada um de uma cor, e metem só um em cima. Lá tive de pedir para porem todos, explicando  que  mesmo alguns sendo do mesmo preço, tinham códigos diferentes. Zangado, o senhor lá atirou com os frascos para cima do tapete!

Não entendo, o porquê desta recusa  das  pessoas de  terem de por os artigos sobre o tapete, principalmente coisas leves. Se fosse eu que mandasse o carrinho só passava pro outro  lado vazio! E era mesmo em cima do tapete, não era nos fazer pegar nas coisas em mão, por isso é que está lá um acrílico, e a sinalização! Nem os sacos que trazem de casa lá iam, era tudo em cima! Apenas tinha a excepção de produtos muito pesados, como por exemplo, as sacas de rações.

Até parece que temos de ter visão raio x, ou algum sensor escondido, para registar os produtos que vão dentro do carrinho!

Com estes comportamentos estranhos, a minha imaginação levou-me logo para o espaço, imaginado um, OVNI a deixar aqui umas quantas criaturas!

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Comportamentos que nem a pandemia corrigiu

Um problema que parece difícil de solucionar, é o facto de as pessoas, quando não fazem compras saírem pela linha de caixas, principalmente quando lá estão pessoas e carrinhos! Nem sabendo do distanciamento social dos dias de hoje, mudam de atitude!

Acredito, que haja supermercados, onde a saída sem compras seja pelas caixas, mas, a meu ver, é algo que não está correto! E depois a tendência das pessoas é acharem que é por ali, que é tudo igual. Algumas pessoas até sabem que a saída é pelo local onde entraram, que é mais espaçoso, mas só por teimosia querem sair pelo sitio errado!

Um destes dias estava a atender uns clientes, cujo carrinho estava lá no devido espaço, e tinham um bebé no ovo que estava atravessado. Vem um cliente, que ao principio ainda pensei que fizesse parte da família, mas não. Então a criatura empurrava o carrinho para passar, quase fazendo cair o ovo com o bebé e os pais não diziam nada. Lá tive de intervir e dizer ao senhor que a saída não era ali, e ainda lhe disse que nem um bebé respeitavam, para ele ouvir, quando já ia a dar a volta!

Fico stressada com estas atitudes. As pessoas não têm o bom senso de entender que estão a invadir o espaço do outro, que estão a incomodar. Que falta de civismo!

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