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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

No dia seguinte, já estou pronta para outra!

Preciso de clarificar aqui uma situação, devido a um comentário que recebi.

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Mesmo que por vezes aparente  que são tantas as situações negativas que acontecem que parece que  a qualquer altura vou cair, não é bem assim! Ao fim de tantos anos nisto, já estou vacinada . Apenas fico sentida no momento, mas depois venho para casa, se tiver, tempo e vontade ainda partilho as ocorrências.  Contudo,  no dia seguinte já estou fresca e  pronta para outra!  É tipo uma fénix, que renasce das cinzas.

Se partilho as situações não é só para meu desabafo, mas também para que sirva de lição e exemplo a que me lê, ou para quem passa pelo mesmo! Isto porque agora tenho umas quantas colegas que me lêem na página do Facebook, e é tão bom!

Por isso eu não preciso de ficar na retaguarda, porque,  como disse alguém, aquilo que não nos mata, fortalece-nos!

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Faltava metade dos selos por colar

Uma senhora traz os copos para trocar pela caderneta. Só que na caderneta faltavam metade dos selos, e, ela não estava à espera que lhos desse da actual conta para colar, ela já os tinha, só que, não sei porquê, não os colou. Quando eu disse mas faltam selos, ela deu-me um montinho deles e disse. "estão aqui é só cola-los"! Estava a mandar-me colá-los!? Com filas de gente à espera!?

Ao ver a lata da senhora, respondi "mas nós só aceitamos a caderneta com os selos já colados!"

Ficou irritada, colou os selos , e meteu um completamente fora do sitio, só para me atingir.

Que vontade de a mandar pastar!

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Cruz vermelha e continente juntos na angariação de alimentos

Mais uma campanha para angariar alimentos sem os habituais voluntários.

"A Missão Continente, parceiro fiel de longa data da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), volta a juntar-se à campanha de angariação de alimentos, através da venda de vales de bens essenciais.

De dia 10 até 19 de abril, decorre uma campanha de venda de vales de bens alimentares em todas as lojas Continente, Meu Super e no Continente Online, cujo valor angariado vai permitir dar resposta ao número crescente de pedidos de ajuda que chegam diariamente por parte de famílias que, por razão da pandemia, se viram em situação de grande fragilidade."

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Contribua nem que seja só com um artigo, pois fará toda a diferença. Se não quiser contribuir basta dizer "não", não precisa de criticar e desmotivar quem está empenhado na causa. Porque nós operadoras de caixa, já temos tantas tarefas a fazer, e esta mais é uma que fazemos com gosto e dedicação! E lembre que um dia poderá ser você a precisar!

Obrigada!

Talvez tenha conseguido passar a mensagem a UMA pessoa

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Estava a concluir o atendimento a uma cliente, enquanto ela procura o dinheiro na carteira, aproveito para ir limpar/desinfetar  o tapete de saída. Entretanto apanho o dinheiro, e quando digito o valor, o cliente seguinte, estica-se para todo, invadindo o acrílico e coloca um pacote de detergente justamente em cima da gaveta da caixa registadora , que, com o peso, não abre para dar o troco.

Eu: - Mas se está aqui este vidro porque não pôs as coisas atrás!?

Cliente: - Era para você me passar isso primeiro para ir logo para o carrinho!

Eu: Pois mas agora este cliente vai ter de esperar porque a gaveta não abriu. É que é só seguir as regras! O tapete até tem cores, há um vidro e mesmo assim, as pessoas não têm cuidado!

Cliente: Pois está bem. Agora já sei!

Depois até pediu desculpa por fazer a outra pessoa esperar que viessem abrir a gaveta.

Se tudo isto deu para uma pessoa aprender alguma coisa, já fico satisfeita!

Os velhotes e as vacinas...

Sei que são mais as vezes que partilho situações  negativas do que positivas, porque talvez elas me deixem mais insatisfeita e porque assim consigo dar o feedback ao público de como esta pandemia não deu para "civilizar"  as pessoas, como no inicio todos achávamos, mas para trazer ao de cima, o pior de muitas delas!

No entanto, também há dias bons, pessoas sensacionais, humildes, ordeiras, simpáticas. Consigo até dar pela falta de algumas pessoas, consigo até sentir saudades das boas e até divertidas conversas que costumávamos ter. Embora as conversas hoje em dia vão, quase  todas,  parar à pandemia!

Ontem, atendi dois casais de velhotes, que são uns queridos. Aquele "olá menina. então como tem passado? Há que tempos que não nos víamos!" Um dos casais apenas não tinha  aparecido, para se resguardar, mas o outro...

Quando eu digo que já não os via há muito tempo, a senhora contou-me que "foi o covid"! Então eu pergunto-lhe  se esteve com o vírus e ela responde: " olhe acho que foi pior que ter o covid, fui levar a vacina a astrazeneca, e quase que morria, tive febre, fiquei de cama, parecia que tinha-me passado um camião por cima, tantas dores no corpo, na cabeça, pensei que morria, nunca tive tanto medo, e já tenho mais de 70 anos!"

E depois diz-me que o marido, o senhor que estava com ela, levou a mesma vacina, dois minutos depois,  mas  não teve nada! Também me disse que em junho teria de levar a segunda dose e que agora tinha muito medo!

Tentei tranquilizá-la, mas disse-lhe que dessa vacina também tinha algum receio, mas que como já tinha passado mal da primeira poderia ser que da segunda já não sofresse. Mas disse-lhe para ela falar com o médico de família.

Apesar de tudo isto, e, pelo que tenho falado com os clientes, principalmente os mais velhos, eles estavam contentes com a vacina. Muitos já tinham levado a primeira dose e até há pouco tempo, não havia grandes queixas...

Primeiro vem a pandemia para nos deixar neste caos, depois vem a esperança da vacina, e agora andamos com medo da própria vacina!

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Este vírus é matreiro

"Este vírus é matreiro, só ataca as pessoas nas filas para pagar, nos corredores, não faz mal a ninguém!"

Já não é a primeira vez que ouço uma frase desde género,  muitos clientes implicam com o facto de só terem de fazer distanciamento nas filas. Certamente queriam um segurança por cada corredor a dar instruções para não estarem próximos.

Ou então, se calhar, o ideal era sempre que alguém entrasse no supermercado, ser-lhes colocado um chip, e sempre que uma pessoa se aproximasse demasiado da outra, aquilo apitava  ou dava choque!

Até parece que gozam connosco, porque acham incoerente que nas filas tenham de fazer o  distanciamento, e nos corredores ninguém faz. É pena que não percebam que o que estamos a fazer é o nosso trabalho,e que, se cada um fosse responsável, também tinham cuidado nos corredores. Eu, quando estou em modo cliente, se preciso de ir a um corredor onde estão  muitas pessoas, dou a volta, e volto lá depois. Já me faz confusão estar com muitas pessoas  à volta!

Tenho quase a certeza que quando a pandemia acabar, que há-de acabar, uma das primeiras coisas que as pessoas vão voltar a fazer livremente é estarem coladas umas ás outras. Roçadas! Aquela falta de privacidade para marcar o código do multibanco, que se conseguiu ultrapassar com a pandemia, vai voltar!

Mas aí eles que se entendam, porque esta luta cansa!

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Pergunta ao da caixa X, responde o da caixa Y

Estou na caixa número 2. Quando o cliente chega além de o cumprimentar pergunto se precisa de algum saco. Ele responde. A meio do registo , a minha colega de trás pergunta ao cliente dela se ele quer saco, e o meu cliente responde: "já lhe disse que não"! Ao que eu lhe digo: "mas eu não disse nada, a conversa era ali atrás!"

Esta situação repete-se vezes sem conta. Tudo culpa das máscaras, das barreiras acrílicas, da rádio do continente e dos sons e barulhos próprios do local.

Andamos todos a ficar totós!

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