É sempre um stresse quando as pessoas passam com o carrinho cheio de sacos vazios, folhetos, malas , casacos. Creio que devem ter noção que além de estarem a dificultar o nosso trabalho, estão a dar motivos para que desconfiemos! Ninguém lê o pedido que lá está a pedir que coloque os sacos sobre o tapete e que passem o carrinho vazio para o outro lado!
É que se mostrarem, nem é necessário que o coloquem em cima do tapete. Há uma senhora, que me chama, abre o saco, e vira-o para baixo e eu só faço ok com o polegar!
Recentemente, uma senhora passou, tinha um monte de sacos que até estavam dobradinhos, mas eu levantei-me e fui observar. Ela percebeu e disse: "você veio espreitar os sacos? São meus já os paguei"! Ao que eu respondo que não foi por isso, mas pelo facto de ali estar um pedido, e que nós precisávamos de ver os sacos! A senhora, talvez indignada com o que lhe tinha dito, vai mexe nos sacos e diz: "Mas estava com receio que levasse aqui alguma coisa!?" E quando ela sacode os sacos, sai de lá uma pasta de dentes.
A senhora, lá engoliu a sua arrogância, e não disse mais nada!
Eu acredito que até foi sem querer e que a surpresa dela foi igual à minha, mas isto só prova que o nosso pedido é mais que legitimo!
Devido à pandemia que estamos a atravessar, as associações de proteção animal, viram canceladas a habituais formas de angariação de alimentos à porta dos supermercados, para os patudos que vivem à guarda de associações, como também animais errantes (colónias ) e até a animais pertencentes a famílias em situação de carência económica.
Em alternativa, existe no continente esta possibilidade de se angariar os alimentos através de vales de banco solidário animal, para que assim se possa contribuir para que não haja abandono, e sobrepopulação de gatos e cães quer nas ruas quer nos abrigos.
Assim a Missão Continente e a Animalife em parceria, juntam-se à causa com a máxima: “Não deixe para amanhã a ajuda que pode dar hoje”!
A campanha disponibiliza quatro vales solidários, do género da imagem a baixo, com valores a partir de 0,69€, repartidos entre alimentação seca e húmida para cão e gato. A iniciativa decorre até dia 22.
Desde já obrigada pela colaboração, compreensão e partilha!
Já passou cerca de um ano desde o inicio da pandemia em Portugal. entre outros mecanismos, ou novidade, por assim dizer, surgiu o acrílico. Algo visto como um escudo protetor.
Não apareceu somente nos supermercados, como também em outras empresas e serviços, nomeadamente, escritórios, restaurantes, hotéis, salões de beleza, bancos.
Posso até arriscar dizer que os fabricantes de acrílico, tiveram o seu negocio bem activo!
Não posso escrever sobre a eficácia do produto, pois não tenho conhecimento para isso, apenas posso dizer que me faz sentir mais segura. O problema é que dificulta um pouco a comunicação, já que o som, as nossas palavras e as dos clientes, não passam bem, temos de falar mais alto!
Ainda me recordo de no inicio, ter pedido a um cliente para pagar pela janela de pagamento do acrílico e ele ter respondido "então por aqui o vírus não passa, é?" Igualmente me recordo de quantas vezes os clientes não respeitaram o acrílico, transpondo-o, atirando artigos por cima, dando trolitadas nele!
No supermercado onde trabalho, estou quase dentro de uma caixa rodeada de acrílico por todos os lados. Já alguém me disse que estamos bem protegidos, como se fosse uma fortaleza!
Qual a vossa opinião sobre esta tendência acrílica!?
Uma coisa que me deixa stressada é quando não consigo ter o posto de trabalho limpo e arrumado. O tapete principalmente!
Quando chego, se tiver tempo, depois de colocar as moedas e notas nos compartimentos certos, é logo começar a limpar, os tapetes, arrumar as gavetas, os vários tipos de sacos. Faz-me confusão estar a atender se não estiver tudo como acho direitinho e correto!
Antes tínhamos uns paninhos que facilitava muito a tarefa, mas depois acharam que o melhor era usar aqueles ziguezagues em papel, e a limpeza, a meu ver, muito mais foi a mesma!
O meu foco é quando o cliente se chegar à janela do acrílico para fazer o pagamento no multibanco, ir logo ao tapete de saída limpar. A maior parte das vezes corre bem, mas há outras vezes que a cliente deixa lá a mala, e aí já não posso andar lá com o spray.
O tapete de recepção dos artigos, tento sempre ir logo limpando, à medida que vai rodando, porque raramente o cliente espera que o limpe. As pessoas têm mais pressa, do que a preocupação do tapete estar limpo.
Já aconteceu o tapete estar molhado, devido aos congelados, ás alfaces, e até se junta isso pó de batatas ou farinha, eu dizer ao cliente para me dar uns segundos para limpar, e a resposta ser "deixe lá , estou com tanta pressa! " Como isto me incomoda. Já respondi que tinha mesmo de limpar. É que são apenas uns segundos!
Por vezes corro tanto de um lado para o outro, só para conseguir manter o tapete limpo.
Quando estou no lugar de cliente, gosto de colocar os meus produtos sobre um tapete limpo, principalmente nos dias que correm, em que isso é tão importante e essencial!
Quando era miúda e vivia no campo, pude conhecer muitos animais. Tive o gosto de conhecer e lidar com animais de rebanho, ovelhas e cabrinhas, principalmente.
Recordo-me bem como eram ordeiras, respeitando o seu pastor e as cercas.
Sabiam que se a cerca estava fechada era para não passarem por lá, e quando estava aberta, aí era o seu local de passagem.
Já o ser humano ainda não conseguiu entender a utilidade das barreiras acrílicas no supermercado. Certamente ainda precisa de mais tempo. Se uma pessoa tem um vidro à frente, julga logo que é para andar às cabeçadas, ou a atirar produtos por cima, pelos lados, mesmo que além das barreiras, haja a ajudar sinalética com as três cores dos semáforos, onde ainda terá de aprender que a zona vermelha não é para colocar artigos, já que existe uma zona verde.
Mas isso é demasiado complicado para se aprender num só ano, é preciso mais tempo, certo!?
Desde o inicio da pandemia que têm surgido tantas palavras ou expressões novas ou anteriormente pouco usadas, relacionadas com o assunto.
Por exemplo: assintomático, coronavírus, confinamento, distância social, desconfinar, isolamento profilático, máscara, paciente zero, pandemia, quarentena, e mais uns quantos que agora não me recordo. Estas palavras têm um sentido geral, mas em cada empresa, lugar, loja, serviço, também surgiram novas palvras para criar mecanismos de comunicação entre funcionários e clientes. E também para segurança!
No meu ponto de vista, as novas palavras ou mecanismos, até agora no supermercado são:
acrílico: um escudo protetor ente funcionários e clientes
álcool gel: para desinfetar as mãos a cada atendimento
distanciamento social: que se pede que seja de dois metros
janela de pagamento do acrílico: espaço onde se faz o pagamento
máscara: de preferência bem colocada
sinalética: inclui todos os sinais e regras presentes no supermercado