Uma cliente diz um disparate qualquer e quando percebe o erro pede desculpa e conta-me que anda desnorteada por causa do Natal, porque tem três filhos e tem uns quantos netos e que queria ter todos lá em casa, não tendo de escolher, e que o governo não deixa.
Digo "mas acha que vão lá a sua casa contar as pessoas?" Ao que ela me responde "olhe, já não digo nada!"
Fiquei a pensar na senhora, será que há mais pessoas assim, com este sentimento!? Devia de lhe ter dito, que era para proteção dela, que as coisas iam melhorar, que teriam outras oportunidades de voltar a estar todos juntos. Mas isto para uma avó, não deve nada fácil!
Estou a terminar o atendimento a um cliente, digo ao próximo para avançar. A cliente avança, mas não coloca logo as compras no tapete. Quando olho para o atapete já está todo molhado. A senhora tinha um frasco grande de spray na gabardina, e tal como um agente secreto ia dando ao gatilho do sray e deixando tapete todo desinfetado. Perguntou se eu ia secar ou se queria que ela limpasse. Claro que eu disse que limpava. Já do outro lado, a senhora desinfectava as mãos, fê-lo umas duas ou três vezes. Reparei que tinha um crachá que dizia "distanciamento social de 2 metros"!
Há de tudo "neste " supermercado, pessoas que se estão nas tintas para o vírus e que querem é despachar-se, e pessoas assim, de extremos! Também existe o meio termo, claro!
As votações para os Blogzillas do Ano estão na última semana. Acho que como finalista já fiz a minha campanha eleitoral, aqui pela Sapolândia e pelas outras redes. Não tenho grande jeito para a politiquice! Caso queiram lá ir espreitar é por aqui.
Um dos pontos mais positivos para mim, foi o facto de ir espreitar cada um dos outros blogues finalistas, e passar a seguir muitos deles, que de outra forma não os conheceria. Afinal ainda existem bons blogues da escrita.
Obrigada aos organizadores deste certame por este trabalho, mesmo em tempo de confinamento!