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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

Os que falam por falar

Um cliente habitual, um senhor que deve ter algum problema com a água e com o sabão, chega à minha caixa e diz que precisa de dizer uma coisa. Normalmente nunca tem nada de simpático a dizer, mas desta vez resolveu implicar com a minha máscara, dizendo que a mesma era falsa. Isto porque eu não estava a usar a cirúrgica, mas sim outra * comprada no continente, e certificada. Sinto-me melhor com esta!

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Começou a falar alto e a dizer que a máscara dele é que era boa.

Eu: Pois é a sua opinião!

Cliente: E tenho razão!

Eu: Mas deixe lá que a sua máscara no estado em que está, também não lhe vale de muito!

Cliente.  Porquê !? O que tem a minha máscara? (Eu ia dizer que estava sebosa, mas contive-me)

Eu: Essas máscaras só têm duração de 4 horas, e pelo estado dela, tem muitas mais horas em cima!

Ele baixou a altivez e disse: "Eu até acho que nem deviam obrigar a usar a máscara"!

Por aqui se vê o incoerência do discurso; primeiro a minha máscara é falsa, depois , já acha que não deviam obrigar o seu uso!

É cada situação, haja paciência!

*as máscaras de proteção Happo são  uma solução segura, ecológica e reutilizável.

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Evite ir em grupo ao supermercado

21888764_DjBPh[1].jpgAqui há uns dias, numa publicação do Facebook sobre os aglomerados de gente no supermercado, deixei um comentário, em que referia que tinha atendido um grupo de cinco pessoas da mesma família, e disse que que não havia necessidade de irem assim em grupo.

Logo surgiram criticas, a dizer que cada um faz o que quer, que somos livres. E até disseram que a ida ao supermercado é um momento de confraternização familiar.

Pois era, mas as coisas mudaram. Vejam o primeiro ponto deste cartaz numa loja continente.

 O supermercado é para diversão ou é para que tenham sempre alimentação e outros bens essenciais!?

As pessoas certamente deixaram de ver noticiários, preferem não saber em que estado está o mundo e continuarem a sua vidinha como se estivesse tudo normal.

Mas, como podem ler no final do cartaz a prioridade do continente é garantir a segurança dos clientes e dos colaboradores!

Os brindes que vão dentro dos sacos

Pedi a um simpático e já habitual casal de velhotes que colocasse o saco vazio em cima do tapete, era um saco de ráfia que ia aberto no carrinho e que tinha sacos de plástico dentro. A velhota, muito atrapalhada, diz-me que o saco já foi pago, eu "sim, mas tem de passar aqui por cima do tapete como está aqui (apontei para um escrito)!" Ela, meio a tremer, tira o saco vira para baixo, tira os de plástico e cai uma laca para o cabelo, que se apressou a dizer, que a mesma tinha caído para ali! Daquelas pessoas que não esperava nada, esta atitude.

Noutra ocasião, uma senhora levava um saco de pano pendurado no braço, peço para passar o saco ali, e ela "porquê o saco é meu!" Lá lhe mostro o escrito, e ela diz "espere aí que me falta uma coisa". Vai pelo corredor da alimentação e chega com um pacote de laminas de barbear que fica para o outro lado e que seria quase impossível em pouco  tempo, lá as ter ido buscar!

De outra vez uma senhora levava dois sacos dobrados naquele sítio dos carrinhos onde sentam as crianças, dava perfeitamente para ver que não tinham nada, não os pedi, mas arrependi-me, porque a pessoa a seguir levava-os em balão, perguntou porque pedi a ela e não pedi à outra pessoa, expliquei, mas não entendeu a diferença e ainda ficou a pensar que estava a desconfiar...

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Percebem o porquê e a importância de os sacos passarem por cima do tapete!?

Gente que não acta regras e amua

Ontem, logo pela manhã atendi um casal, bastante jovem até, que me deixou logo aborrecida.

Quando nós pedimos alguma coisa ou chamamos atenção por alguma coisa, não é vontade nossa, mas sim normas da empresa, ou seja, ordens que temos. Pedi apenas que colocassem todos os artigos em cima do tapete incluindo os sacos vazios, pedi com educação, porque isso faço sempre, até posso falhar em alguma coisa, mas não é na educação. Ficaram chateados, e começaram a atirar as coisas à bruta, a implicar com tudo, a mostrar insatisfação e a descarregar a sua frustração. Não perdi a compostura e respondi sempre amavelmente.

Felizmente a seguir vieram pessoas bem educadas e civilizadas que aceitaram e entenderam os meus pedidos em nome da empresa, e acabei por desvalorizar aquelas pessoas mal formadas e ressabiadas!

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Quem não deve, não teme

Não sei o porquê de alguns clientes ficarem surpreendidos, ofendidos ou até indignados,  por  nós pedirmos para que coloquem os sacos vazios que trazem de casa, e que vão no  fundo do carrinho,  em cima do tapete, para que passem pelas nossas mãos.

Hoje então em poucas horas tive três situações destas, e pelas três vezes, foi desgastante.

Uma senhora depois de colocar os artigos ia passar para o outro lado com vários sacos daqueles de ráfia todos em balão, fazendo volume. Quando lhe fiz o pedido, olhou para mim e disse que nunca lhe tinham pedido tal coisa, que era uma vergonha, pedi que olhasse para um aviso que estava lá a fazer o pedido, e, como estava escrito, lá aceitou.

Outra senhora reclamou, disse que nós é que perdíamos e que ia começar a ir à concorrência. Esta senhora, reclamou de outras coisas, foi uma chata, injusta nas afirmações, mesquinha mesmo.

Por último um senhor, só tinha um saco que ia aberto no carrinho, pedi para passar o saco pelo tapete, reclamou, e, mesmo depois de ler o aviso disse "era o que faltava sobem os preços e depois ainda desconfiam dos clientes!"

É isto todos os dias, não sei como ainda me surprendo. Não sei porque as pessoas têm tanta dificuldade de aceitar coisas tão simples. E neste caso, quem não deve não teme. 

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A cliente mereceu a lição

Estou quase a terminar o atendimento de um jovem, digo à cliente seguinte que pode ir colocando os seus artigos. Há uma marca no chão para o cliente que está a colocar os artigos, se o cliente for colocando os artigos na zona verde, o tapete rolante vai puxando os artigos, sem que seja preciso o cliente transpor a  marca.

No entanto esta cliente avançou demasiado. O jovem tinha de pagar com o multibanco e esta cliente estava muito próxima. Ao ver isto pedi à senhora para se afastar. Ela afastou-se apenas um milímetro. O jovem diz "vocês assim só cumprem o afastamento social entre vocês e o cliente, agora entre clientes, não"! Eu disse ao jovem "tem razão, eu já pedi à senhora para se afastar um pouco, mas vou pedir de novo". Volto a pedir à senhora para se afastar até à sinalética, mas ela diz que "ali não está a estorvar ninguém"! Vai o jovem diz que assim não vai fazer o pagamento enquanto a senhora não se afastar. Eu digo: "Pois está no seu direito!"

Sento-me e digo: " vamos esperar que a senhora se afaste então! Eu até às 13:30h posso esperar!" Eram 11 horas da manhã! E fico a olhar para a cliente, que a barafustar lá se afasta! Ainda me ouviu dizer que as pessoas não respeitam nada! Mesmo que não existisse pandemia, era uma falta de civismo estar em cima de alguém que está a marcar um código de  multibanco, que é secreto!

Há pessoas que ainda não perceberam que as coisas estão diferentes, tiveram mais de 5 meses, mais ainda não atingiram esse ponto de mudança! Esta levou uma lição. Só tenho a agradecer a este jovem que me ajudou na tarefa!

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"Se passar pro outro lado fico em cima dela!"

Tinha acabado de atender uma senhora, mas essa senhora ainda não tinha tirado os sacos do tapete. Do outro lado, no tapete de recepção de artigos estava um senhor com os seus produtos.

Impaciente já estava outro a querer avançar. Esse senhor impaciente diz ao que estava a aguardar: " importa-se de passar para o outro lado!?" Vai ele responde (e bem) "Se  passar pro outro lado fico em cima dela"!

Lá se aclamou e percebeu que tinha mesmo de esperar... A pressa, sempre a pressa!

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