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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

O cliente que me convidou para almoçar

O senhor disposição mal entra no supermercado, ouve-se logo a voz dele. Sempre bem disposto e a falar alto. Há quem o ache chato, mas a mim, anima-me.

 

Vi-o triste quando ficou sem a companheira, mas já passou algum tempo, já recuperou e até já tem uma namorada.

 

Vinha a chegar à minha  caixa, acompanhado da namorada e pergunta-me se quero ir almoçar com eles. Eu pergunto:  "então e o que é o almoço"? Ao que ele responde apontando par a saca de ração para os gatos, "está aqui" ! Está sempre a brincar, a animar e a pregar partidas!

 

Haja alguém assim...que nos faça rir, mesmo em dias difíceis!

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Like me - o novo reality show da TVI

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Começou na passada segunda feira, o novo reality show da TVi, de nome Like me, que junta, bloggers, influenciadores. O programa é apresentado pelo Ruben Rua e pela  Luana Piovani.

 

O programa é composto por 10 concorrentes (julgo que terão  escolhidos os concorrentes em função do número de seguidores) e uma mentora – Ana Garcia Martins, a autora do blogue “A Pipoca Mais Doce“. O objecivo é juntar na mesma casa (que parece ser a mesma da casa dos segredos) vários influenciadores que terão de criar conteúdos para as redes sociais do programa.

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Desde logo percebi que aquele pessoal, era mais instagramers, youtubers, enfim, mais pessoal dos vídeos e da imagem do que da escrita. A única blogger que lá esteve e que já conhecia, era mesmo a Pipoca!

 

Talvez este formato, para ser mais atraente, movimentado, polémico, dinâmico, tivesse de ser mesmo assim, mas senti que o pessoal da escrita foi um pouco esquecido. Não que eu quisesse lá estar, porque não teria feitio, nem capacidade para isso, mas como blogger, gostava de lá ter visto pelo menos, uns dois ou três bloggeres da escrita, da blogosfera, que eu costumo visitar quase diariamente.

Poder ter um bom trabalho

Como já aqui referi, gosto bastante deste trabalho. Venho bom disposta, gosto do contato com o público, gosto dos colegas, gosto de todo o ambiente.

Enquanto assim for, por cá continuarei.

Sempre tive o privilégio de poder estar nos trabalhos não só pelo dinheiro, mas também por amor.

Já tive vários trabalhos, e sempre que não estava bem, mudava. Se aqui estou há tantos anos, é porque estou bem!

Houve um trabalho em que não era feliz, e senti necessidade de sair. Estive lá 13 dias e foi o meu pior trabalho. Era num call center. Era telefonista, foi creio, no ano dois mil. Nós tínhamos uma lista telefónica, ligávamos para determinados números, dizíamos às pessoas que era um inquérito, fazíamos uma pergunta com três respostas possíveis e fosse qual fosse a resposta, dizíamos eufóricamente que a pessoa tinha acertado e tinha um prémio. Só que quando a pessoa ia ao local para levantar o prémio ia para uma sala e tinham de assistir a uma demonstração de um produto, com o objetivo de as pessoas comprarem. Eu ganhava um ordenado mais uma comissão se a pessoa que lá foi levantar o prémio, comprasse. Senti-me tão mal. Sabia que aquilo era enganar as pessoas. Despedi-me!

Felizmente nunca mais tive um trabalho assim!

Sou uma sortuda por não ter que me sujeitar a fazer coisas que não parecem honestas, ou que não me façam feliz!

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Viesse mais tarde...

Esta semana houve um dia, que entrei às 10h, estavam outras caixas abertas, as colegas que tinham entrado ás 9h. No entanto, já estavam algumas pessoas em fila.

 

Peço ás pessoas para se dirigirem à minha caixa, por ordem de fila. Atendo uma senhora, e a seguir é a vez de um velhote, e a conversa que tivemos, foi a seguinte:

 

Eu: Bom dia!

Senhor: Bom dia, então atrasou-se!?

Eu: Desculpe?

Senhor: Hoje acordou tarde?

Eu: Por acaso acordei ás 7h!

Senhor: Então alguma coisa está mal, se acordou ás 7h, como é que só cá chegou ás 10h!?

Eu: Estou dentro do meu horário!

Senhor: Pois, mas  a gente é que não tem de ficar aqui à espera!

 

Ainda pensei em responder, mas achei que não valia a pena. Terminei o atendimento e despedi-me com cortesia, e o senhor já não disse mais nada.

 

As pessoas cada vez têm menos paciência para esperar, principalmente as pessoas mais velhas, aquelas que já não têm horários de trabalho a cumprir, isso podia deixá-los mais tolerantes, mas não, parece ser precisamente, o contrário!

 

Raramente as pessoas vão ao supermercado com tempo, a maioria das pessoas vai com pressa, muita pressa!

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Coisas da língua portuguesa

Pergunto a um cliente se precisa do número de contribuinte na fatura e ele responde que quer  fatura no último cliente, a fila tinha três pessoas e eu fiquei a pensar se seria no último da fila, mas disse "desculpe, não percebi!" E ele repete no último cliente!

 

Reparei que o senhor tinha um ligeiro sotaque, e , lembrei-me de perguntar se seria consumidor final,  e  ele responde "e não é a mesma coisa?!"

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