É sempre aborrecido quando estamos a atender alguém que está ao telemóvel. Queremos despachar serviço, mas as pessoas não respondem ás nossa perguntas, e não conseguimos avançar. No entanto, se não fizer as perguntas, há sempre alguém que afinal queria fatura e depois a culpa é minha, porque não fiz a pergunta. Muitas pessoas são incapazes de pedir à pessoa com quem estão a falar que aguarde. E normalmente há pessoas na fila para atender, que ficam também prejudicadas.
Por vezes até parece que eu é que estou a incomodar a pessoa que está em amena cavaqueira ao telefone.
Chega à minha caixa, aquele cliente, sobre o qual já aqui falei muitas vezes, principalmente da sua constante boa disposição. Cumprimenta-me com um aperto de mão, noto logo que algo se passa, pois ele não vinha com piadas e brincadeiras como é hábito. Pergunto se está tudo bem, ao que ele responde. "não, está tudo mal!". Então eu pergunto se é a esposa que está novamente doente e ele responde: "não, doente ela não está, já está, é enterrada!" Neste momento, eu fiquei bloqueada, surpreendida, sem saber o que dizer, pois ainda há tempos os tinha vistos lá aos dois.
Foi aquela doença maldita, houve uma altura que a senhora esteve internada, mas depois já lá ia de novo com o marido, é lamentável, eles chegavam a ir lá quase diariamente, sempre juntos.
Fiquei triste, nós vamos nos afeiçoando ás pessoas...claro que depois sentimos a sua falta
É tão bom estar no trabalho e aparecer uma criança tão simpática, conversadora, inteligente, e principalmente tão educada...
Nem precisou da ajuda da mãe na conversa, já sabia a data de quando as aulas iam começar, também pensei que ia para o 1º ano, mas disse-me logo que já ia para o segundo...
Mais um tão esperado mês de agosto. Muitos portugueses emigrantes estão de férias. E continuam a usar na mesma frase as duas linguas, quer nas conversas uns com os outros, quer com as operadoras de caixa, quando estão a ser atendidos, para perguntar alguma coisa, ou até para dizer um simples obrigada.
Encontrei esta imagem na net, e resolvi copiar...apetecia-me colocar no supermercado :)
Quando eu penso que já mais nada há de novo neste universo, eis que surge algo de novo. Eu perguntei a uma senhora já bastante grávida se queria passar, respondeu afirmativamente e atendi-a.
Quando esta cliente saiu, um senhor, homem aí dos seus 30 ou mais anos diz-me: “A sua atitude foi muito bonita, mas errada! Aquela senhora se está assim, foi porque teve um prazer, não tinha que passar à frente, além disso vem acompanhada pela mãe. Ela podia ir-se sentar e a mãe vinha para a fila”! Eu disse-lhe que não era isso que estava na nova lei, ao que ele me respondeu que a lei, estava ERRADA!