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Como já aqui referi, agora os clientes com cartão continente, podem associar o mesmo ao número de contribuinte.
Pergunto a um cliente se precisa de contribuinte na fatura e ele responde que NÃO. Sigo com o processo, o cliente paga e eu entrego o talão. Já estou a atender outra pessoa quando o senhor vem ter comigo e pergunta-me onde está o contribuinte lá no talão. Respondo: "mas o senhor disse que não preciso o número de contribuinte!?" Ao que me responde: "não é preciso porque já lá está, disseram que associando o cartão, já não era preciso estar sempre a dar o número"!
Tive de dizer ao senhor, que por o número estar associado, não quer dizer que a fatura já saia automaticamente com o mesmo, porque o cliente pode nem sempre querer fatura. Simplesmente, à pergunta da operadora terá de responder se quer ou não, e respondendo afirmativamente, dizer que já está associado. Encaminhei o cliente para o balcão de informação para assim pedir a fatura, pois na caixa eu já não podia reverter a situação!
Lembro-me destes, mas certamente há mais antigos!
Estava a atender uma senhora que tinha duas contas. Ia começar a segunda conta da cliente quando chega, uma grávida com um carrinho, e pergunta se a posso atender agora, sim usou a palavra agora, como quem diz , "agora e já". Pergunto à cliente que ia atender se ela não se importa que atenda aquela senhora. A cliente diz que não se importa, porque julgou que a pessoa tinha só um artigo ou dois nem reparou no barrigão.
Quando deu conta que eram ainda alguns artigos, diz: "mas então ela tem tantas coisas"! E a grávida responde:"pois tenho , mas estou grávida!" E a senhora das duas contas "gravidez não é doença"! E gerou-se ali uma pequena troca de palavras. E quando a grávida saiu, comentaram que ela estava cheia de genica, nem parecia precisar de ser atendida à frente.
É sempre complicado gerir estas situações, se eu atendesse primeiro a senhora das duas contas, uma vez que já a estava a atender, seria a grávida a ficar chateada, assim, ficou esta senhora.
Pergunto a um cliente, um rapaz aí dos seus 27 anos, se ele tem cartão continente, e este responde: "Não, o meu esposo é que tem"! Não fiquei chocada, porque é algo normal e natural nos tempos que correm, apenas fiquei surpreendida, porque não é assim tão normal este tipo de resposta.
Mas esta situação só mostra que as mentalidades estão a mudar...
Por diversas vezes os clientes perguntavam o porquê de o número de contribuinte não estar associado ao cartão continente, como acontecia na farmácia, ou mesmo em outro supermercado da concorrência, pois bem, agora no continente também o pode fazer. Assim, uma vez associado, basta só dizer que quer a factura com contribuinte, e não é preciso dizer o número, ou mostrar o cartão, porque fica no sistema. No entanto, se alguma vez, não quiser naquele número mas em outro, é só comunicar ao operador.
Há mais de dois anos que os sacos de plástico são pagos no continente. E depois de todo este tempo, muitas pessoas ainda não se habituaram, e mesmo não os querendo pagar, esquecem-se deles ou em casa ou no automóvel. Muitos clientes me confessam, que já têm uma vasta coleção de sacos em casa.
O que é curioso é que muitas pessoas, resolvem levar as compras nas mãos, nos braços até ao parque de estacionamento. E quando são em grupo, repartem os artigos por cada elemento, incluindo as crianças.
Experimentem ficar á porta de saída do supermercado e vejam a quantidade de clientes que saem com os artigos sem qualquer saco, atitude que há dois anos atrás, seria impensável.
Mesmo que não o façam por uma questão ambiental, mas sim para não gastar dinheiro, creio que já é uma forma de diminuir o uso do plástico...
Desta vez eu estava do outro lado, ou seja, na fila do supermercado como uma cliente comum, e ouço um cliente a dizer: "Só duas caixas abertas! Aborrece-me tanto estár à espera. As operadoras, também não têm pressa, só devem de sair ás oito!"
Mais um dito de uma cliente para a minha coleção: "o tempo passa a correr, não o perca nem o faça perder"! Quem pode ajudar a interpretar?
Continuo a presenciar situações de falta de civismo entre os clientes, principalmente no que diz respeito ao espaço. Ainda não terminei de atender um cliente e já o outro está a roçar neste. Chegam a dar com o carrinho nos calcanhares ou nas costas do outro; chegam a ficar a observar o outro a marcar o código do multibanco, chegam a ocupar o tapete com os seus sacos quando ainda está na vez do outro.
Talvez um dia andem à chapada, pois já faltou mais. Talvez depois se pensa numa solução, uma marca no chão, sensores, cartazes, advertências na rádio do continente...