Cada vez mais as pessoas delegam na operadora de caixa a escolha dos seus cupões para os artigos. Mesmo que estejam filas, mesmo que sejam pessoas novas e entendidas. Chegam a dizer que não têm paciência. A mim não me custa faze-lo, o que me custa é ver as filas paradas pelo tempo que demoro a retificar tudo, porque se cada cliente fizesse a sua parte e já entregasse tudo corretamente separado (como alguns felizmente fazem), as coisas funcionavam melhor e mais rápido. Claro que podem surgir dúvidas, claro que ajudamos as pessoas mais idosas, mas há tantas pessoas novas e entendidas que simplesmente não se ralam...
Hoje, por exemplo entregaram cupões do meu super e quando eu disse à cliente que aqueles cupões não davam para li, aliás dizia no verso do cupão, ela rasgou-os e mandou-me os colocar no lixo, e ficou toda chateada!
Uma cliente chega à minha caixa, a dizer: "Vinha só comprar duas coisas e levo tantas, nem trouxe carrinho"! Mas lá foi arrumando os seus artigos, e no meio de um suspiro, diz-me: "O dinheiro na minha mão, é como manteiga em focinho de cão"! Como já aqui disse, eu praticamente colecciono todas estas expressões e ditos dos clientes e este é mais um para a lista!
Já conheciam esta!? Alguém concorda ou se identifica!?
Certo dia quando pergunto a um cliente se quer contribuinte na fatura, acontece algo inesperado. E a cena foi mais-ou-menos assim. Ele diz: "Para quê?" Respondo: " O senhor é que sabe, se quer ou não!?" E ele insiste:" Mas você é que tem de me dizer, quem oferece, tem de saber explicar para que serve, quais as vantagens"! Vai daí eu digo: " Aqui nós apenas colocamos o contribuinte se o cliente quiser, essas questões, cada um sabe de si, talvez um contabilista ou nas finanças lhe saibam responder!"
Respondeu com um "hummm", mas a resposta se queria ou não contribuinte, não deu! Passei à frente. No final de pagar dá-me o número de contribuinte. Como já tinha concluído a conta, encaminhei o para o balcão de informação para pedir a fatura.
Era preciso este folhetim todo, quando afinal, bastava responder; " Quero contribuinte na fatura, está aqui o número"!
Nestes últimos dias, os temas de conversas com os clientes, são os tais três:
A visita do Papa, a vitória do Benfica, e a estrondosa e inesperada vitória de Portugal na Eurovisão da Canção. E é esta última que é consideravelmente maior. Pois como dizem, nem todos são devotos, nem todos são benfiquistas, mas todos...somos portugueses! E, a pesar que muitos terem achado que a música não tinha potencial para ganhar, eu inclusive (e como estava enganada), sentem-se orgulhosos e agradecidos ao Salvador pela vitória!
E hoje, continuou na página principal. Eu tentei vir da parte da manhã responder aos imensos comentários, e agradecer o destaque, mas não consegui aceder...
Por isso, agradeço agora, pelo destaque, e pelos comentários. É um assunto que precisa mesmo de ser comentado, estudado, avaliado.
Tinha o tapete cheio de artigos, chega à minha caixa uma rapariga acompanhada por outra senhora, talvez a mãe, com um carrinho cheio de compras e outro carrinho com um bebé! É um facto que todas as caixas têm serviço prioritário. Esta rapariga começa a fazer sinais para passar, para usufruir da sua prioridade.
Eu não podia, simplesmente pedir à cliente que já tinha todos os artigos sobre o tapete para os retirar, e atender a prioritária. Ia demorar imenso tempo e seria uma falta de civismo. Será que esta lei tirou o discernimento às pessoas!? O bebé até devia de estar a dormir.
Ocorreu-me a ideia de pedir delicadamente à pessoa prioritária para aguardar um pouco enquanto eu registava os artigos que já estavam no tapete.
Felizmente chegou uma colega, que pediu à cliente prioritária para a seguir e abriu a sua caixa e atendeu-a.
A situação salvou-se desta vez. Mas se voltar a acontecer? Informei-me e disseram para fazer justamente o que me tinha ocorrido, ou seja, pedir à pessoa prioritária que aguardasse só um pouco...
Já por diversas vezes os clientes me perguntaram se não tínhamos sacos que não tivessem publicidade ao supermercado, com a palavra continente lá escrito, e a resposta era sempre a mesma: não! Mas agora já temos alguns. Apresento um deles:
Tem a palavra stylelicious, que não faço ideia do que seja.
Este tem um bom tamanho, pois não é muito grande a ponto de ficar pesado, nem demasiado pequeno a ponto de caber poucas coisas. É de formato vertical. Para nós, as senhoras, dá para o dobrar-mos e trazer dentro da mala, junto a outras coisas, também indispensáveis, como por exemplo, a carteira e o telemóvel, e não ocupa muito espaço
Uma cliente chega à minha caixa exausta, porque o carrinho de compras que empurrava, parecia ter vontade própria e não ia para onde a senhora queria, obrigando esta a fazer um esforço enorme para o empurrar. Disse-me que se enervou tanto com o carrinho, que já nem foi à peixaria...
Pelo menos este carrinho, após esta queixa já saiu de circulação!
Era bom que os supermercados de média dimensão também tivessem carrinhos novos, e eu acredito que em breve eles vão chegar!