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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

Afinal havia outra...regra

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Julgava eu que tinha aprendido uma grande regra para economizar na ida ao supermercado, quando me ensinaram a não ir com fome, porque a fome faz-nos comprar coisas que não precisamos.

 

Entretanto, agora aprendi outra: também não podemos ir às compras de barriga muito cheia, porque, assim sendo, só nos vamos focar em produtos de higiene, beleza, limpeza, e esquecemo-nos dos alimentos, que são o bem mais essencial!

 

Bem, se calhar o melhor é  arranjar um meio termo...se conseguirmos!

 

Também recebemos "bombons"!

 

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Graças a Deus que de entre alguns clientes desatinados, existem os de bom coração. Os que nos retribuem o cumprimento e a despedida. Aquele cliente de todos os dias, que não nos esquece, que pergunta sempre se está tudo bem. Que tem sempre um “bombom” para nos adoçar o dia. Que até nos oferece uma bolacha do pacote aberto. O cliente que nos entrega o dinheiro em mão. Que nos diz obrigada.

 

A eles, o meu muito obrigada!

Quando os lamentos parecem excessivos

Há uma cliente que vai lá mensalmente. A senhora até é educada, e quando pede para lhe ensacar as compras até o faz com delicadeza, diz que é doente, que não pode. Nunca lhe neguei ajuda.

 

No entanto, todas as vezes, enquanto está parada á espera que eu ensaque e lhe coloque os sacos no carrinho, vai repetindo a mesma história e lamentando a sua vida triste. Diz que tem 8 filhos e 16 netos e que não tem ajuda deles pra nada...e por aí fora.

 

Eu acredito que a senhora tenha todos estes lamentos, mas penso que não era preciso fazer tantas queixas dos seus familiares, não era preciso se vitimizar tanto, para termos pena dela. Eu já não sei o que lhe responder, e acabo por ficar calada...

 

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Conciliar horário de trabalho com vida familiar não é fácil

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Confesso que o que mais me custa neste trabalho é o facto de os horários nem sempre serem compatíveis com a vida familiar. Particularmente com a minha função de mãe, Com os horários escolares do meu filho, pois como ele ainda não consegue abrir as portas para entrar em casa, está dependente da hora de eu o ir buscar à escola. Sim, porque é preferível ele ficar na escola, do que à porta do prédio. E não, não há ninguém que possa ajudar, não há vizinhos, nem amigos, nem avós, pois  uns estão longe e outros também estão a trabalhar. Isto acontece, dois dias por semana. O facto é que,  por vezes fica tantas horas sozinho à espera, que me deixa preocupada e estar a trabalhar com esta preocupação, é um stresse.

O frio afeta-nos tanto

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A manhã começou logo a correr-me mal. Ia levar o meu rapaz à escola, tinha o carro cheio de gelo. Meti água. Pensei que tinha resolvido o problema, mas a meio do caminho, a água congelou e fiquei sem ver nada à minha frente. Parei na estrada, como tinha levado o garrafão comigo, meti mais água. Aquilo resolve por um minuto ou dois, mas volta a congelar. Foi um stresse. Agora já sei que não se deve fazer. Devemos tirar o gelo com uma espátula, ou como uma colega de trabalho me disse, com um cartão multibanco.

 

No trabalho, o frio afetava-me principalmente as mãos. Deixei cair artigos das mãos por diversas vezes. Os clientes também com as mãos todas engadanhadas,  mal conseguiam tirar os cartões da carteira. Não tinham agilidade a arrumar os produtos. Custava-me a abrir sacos de plástico, quando tinha de o fazer.

 

Na fila, uma senhora aí dos seus 50 anos, disse que tinha dois pijamas vestidos por baixo da roupa, e as pessoas ficaram a olhar para ela. Ela afirmou  ser mesmo verdade e disse ainda que era por isso que parecia estar mais gorda, e apontou  para as calças de  ganga.

 

O tema das conversas era sempre o frio. Sim, nesta localidade, tanto frio não é habitual, o nosso organismo não está apto a ele.

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Haja paciência

Estávamos numa hora calma do dia. Somente eu na caixa.  Estava a acabar de atender uma senhora, quando vem um velhote a chegar, e diz :" Uma casa destas e  só uma caixa a trabalhar!"

 

Isto é mesmo vontade de implicar, é mesmo mau feitio! Então, mas ele precisava de duas para o atender, ou quê!? Só estava uma caixa de serviço, porque, naquele momento não havia clientes para atender...ou será que ele queria ter mais hipótese de escolha!?

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A educação também se podia utilizar

Não sei se as regras são iguais em todos os supermercados, mas, no "meu" deixou de existir uma caixa prioritária, uma vez que todas as caixas agora, o são. No entanto, no supermercado onde trabalho há uma caixa mais larga que tem a uma placa que diz "caixa apta a cadeira de rodas".

 

Eu estava nessa caixa, havia fila. Uma jovem estava com carrinho de bebé atrás e na frente estavam duas senhoras. Segundo as novas regras, o cliente prioritário tem de se manifestar, ou seja, tem de informar quem está à frente que é prioritário e pedir licença para passar, é uma questão de educação.

 

Mas a jovem mãe não se manifestou, apenas começou a falar pro ar. As senhoras estavam de costas não se aperceberam. Como eu percebi a situação, e como antes, nós intervínhamos e ajudávamos, informando que a pessoa ia passar porque tinha prioridade, eu falei. A jovem disse: "pois essas senhoras fingiram que não me viram!" Eu disse que ela própria é que tinha de pedir. E ela responde: "mas estas pessoas não tinham nada que vir para esta caixa"! E, novamente,  eu expliquei à jovem mãe, que podiam sim, porque todas as caixas eram iguais e funcionavam da mesma forma. A rapariga, lá passou com o carrinho do bebé e as suas compras.

 

Quando esta saiu, as senhoras mostraram-se admiradas com a atitude da rapariga. com a falta de bom senso e com o facto de as estarem a acusar de elas fingirem que não a tinham visto.

 

Isto está a correr mesmo bem, cada dia, há uma pra caixa!

 

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Se eu tenho um blog, logo sou blogger, certo?

Desta vez,  o post é diferente do habitual. Não vou partilhar mais uma das muitas histórias, que surgem na linha de caixas.

 

Apenas queria pedir as vossas opiniões, sobre estas novas, se assim lhe podemos chamar,  palavras relacionados com os blogues.

 

1- Eu tenho um blog, logo sou blogger.

2- Eu tenho um blogue logo sou bloguista.

3- Eu tenho um blogue, logo, como sou uma senhora, sou blogueira.

 

Qual vos soa melhor? E será que estão todas corretas? Na usei a palavra na sua origem, mas já ouvi dizer que blogger é uma marca e não uma atividade (mas se é assim, há muita gente a errar no uso da palavra). A é o portugês ou o aportuguesar das palavras. Usar a palavra blogue não me causa estranheza, mas já bloguista soa-me mal. Na é a expressão usada no português do Brasil, onde até tem os dois géneros.

 

Já andei por aqui e por aqui a pesquisar, mas também não adiantou muito.

 

Também já me disseram que não devemos estar sempre subordinados ao  inglês e que devemos usar os nossos termos, uma vez, que já existe, palavra para tal (bem que podiam ter arranjado uma palavra mais bonita). Também há quem diga que, uma vez que já  usamos outros estrangeirismos,  mais um ou outro, não tem qualquer mal.

 

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Enfim...

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