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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

As compras para o fim de ano

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Como já vem sendo habitual, a véspera de Ano Novo, é preenchida no supermercado, de vez em quando,  por grupos de jovens a comprar os petiscos para a jantarada da passagem de ano. Aqueles que decidem ficar em casa, aqueles que não vão para restaurantes, festas, bares, por opção ou porque assim fica mais em conta.

 

Por vezes dividem tarefas, ou seja, uns vão colocando as compras, outros vão embalando e outros ficam junto ao visor e vão dizendo aos restantes em quanto vai a conta!

 

Há grupinhos bem divertidos e animados!

O melhor de 2015 para o blog foi...

...ter acabado com o celebre contador de visitas!

Depois de 8 anos a usar o dito, depois de tanto ser avisada que os contadores tinham vírus, que o blog ficava mais lento,  eu ainda achava que precisava de saber quantos visitantes já acumulava, quando estavam "on line", era uma espécie de necessidade obsessiva...

Mas, finalmente tomei a atitude de acabar com ele! E não é, que nunca senti a sua falta, muito pelo contrário...

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Da caderneta dos selos para os pyrex

Uma cliente colocou os selos em cima dos cinco que já vêm na caderneta e que são de oferta. E depois colou os restantes não por ordem numérica mas por filas verticais. Quando me mostrou eu expliquei que não era assim, que aqueles cinco já vinham de oferta. Expliquei tudo com calma. E ela num repente, diz: " pois mas se é assim, já estou a ser prejudicada! Estão a querer enganar a gente"!

Devo dizer que era uma senhora de meia idade e com aparente cultura, ou seja, não era uma velhota analfabeta!

 Se têm dúvidas, porque não perguntam!?

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O melhor de 2015 para a operadora de caixa e não só

O dia 15 de fevereiro de 2015, ficou  marcado como o dia em que se iniciou uma nova era. A partir deste dia, os sacos de plástico deixaram de ser oferecidos, e passaram a ser pagos! A novidade não chegou só ao continente, mas também a outros estabelecimentos, a mudança não foi só para supermercados, como praticamente em todos ramos!

 

O bom desta medida, é a diminuição do uso dos sacos plástico, o que melhora o ambiente, faz com as pessoas tenham aprendido a organizar melhor os artigos dentro dos sacos, a serem mais cautelosos com o embalamento. Surgiram uma imensidão de sacos feitos de materiais reciclados, mais duráveis, de muitas cores e feitios.

 

Inicialmente os clientes esqueciam-se de trazer sacos, ou deixavam-nos no carro, hoje em dia, os clientes já estão mais habituados, mais consciencializados, mais preparados.

 

O que no início eu achava engraçado era o facto de as pessoas agora, até levarem as compras apinhadas nos braços. E muitas não o fazem só para não pagar os dez cêntimos, mas também porque querem mesmo, aprender a trazer sacos recicláveis, a mudarem de atitude, a reciclarem.

 

Sei que muitas pessoas custaram a aceitar esta medida, outras culpam os políticos, e dizem  que foi tudo  para o governo ganhar dinheiro. Também existem os que dizem que os sacos de plástico eram mais higiénicos.

 

Como operadora de caixa , confesso que gostei muito desta medida. Aliás, mesmo antes desta medida ter chegado  eu  já usava sacos ecológicos muitas vezes. Talvez, pelo fato de eu ter vivido uma temporada na década de 90 na Suíça,  onde esta prática era habitual e onde os sacos de plástico nem sequer existiam, nem gratuitos, nem a pagar. E a Suíça era (e é) um pais muito limpinho, sem lixo espalhado nas ruas, pode ser que esta medida leve Portugal   a aproximar-se um bocadinho deste país!

 

Espero  que, seja para continuar, e não para se voltar atrás nesta medida! Pode ser que um dia, os sacos plástico deixem mesmo de existir!

 

 

 

Há pessoas que não gostam do natal

Existem pessoas que, por algum motivo não gostam do Natal. Este ano, no supermercado, pude comprovar. Um senhor sisudo dizia-me: "pois sexta-feira isto vai estar fechado", eu digo "pois é dia de natal", ao que ele responde: "é um dia como os outros, não faço caso, e aborrece-me estar tudo fechado e precisar de comprar alguma coisa urgente"!

 

De outra vez, uma senhora, aí dos seus 40 anos (bem gira), dizia-me: " está a ver esta garrafa de vinho? É para me embebedar na noite de natal a ver se me esqueço que é natal"!  Eu pergunto. "não gosta do natal?". Ela responde: " como sou divorciada, os filhos vão para a casa do pai e vou ficar sozinha, e o natal deixa-me sempre triste"!

 

Entre estes dois exemplos, mais clientes, disseram não gostar muito desta euforia, ou por causa do dinheiro que se gasta, da confusão, ou até porque a data está associada á perda de alguém!

 

Enfim, nem sempre o natal é quando o homem quiser...

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Dias de muitas filas no supermercado

O fim de semana esteve calmo  (possivelmente o pessoal foi passear aos grandes centros comerciais, para comprar os últimos presentes), mas esta segunda e terça feira, foram dias de intenso movimento. Estou a trabalhar das 9h ás 18h com uma hora de almoço, e sempre a atender clientes, sempre filas. E, das muitas vezes que eu me despedia dos clientes, dizendo um bom natal a resposta era: "ah, ainda cá vou voltar antes..."

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Sendo assim, estou preparada!

 

Testemunho de um "cliente mistério"

Recentemente recebi um comentário a um post que fiz aqui no blog, há uns anos atrás sobre o cliente mistério.

Achei o comentário muito interessante , porque, foi feito, justamente por um cliente mistério. Partilho, então, convosco o dito comentário e aproveito para agradecer ao dito cliente, o seu testemunho.

«Olá! Encontrei este blog ao pesquisar por umas notícias da Sonae e deparei-me com este post acerca do "Cliente Mistério". Eu faço este tipo de trabalho há já vários anos. Já fiz de tudo um pouco, mas um dos maiores clientes que tinha há uns anos atrás era exactamente a Sonae.


O cliente mistério NUNCA se pode identificar, deve sempre agir como um cliente normalíssimo e não despertar desconfiança. Sempre que há uma visita de cliente mistério existe um cenário/guião que é necessário ter em conta portanto, estes quando visitam as lojas é normalmente quando há alguma campanha nova ou após alguma acção de formação dos funcionários (mais habitual). São-nos solicitadas atitudes em determinadas circunstâncias. A que melhor que recordo numa loja Worten foi ter que comprar um cd de 0,49€ e ao chegar à caixa, reclamar pois o preço que encontrava no expositor era de 0,48€. Isto para verificar qual a atitude da funcionária da caixa. A agravar tudo isto, esta visita tinha que ser feita no dia 24 de Dezembro.
Até eu me senti mal com a situação pois a funcionária estava sozinha com uma fila enorme de clientes para atender e alguém a reclamar por 0,01€. Imagino os nomes que me deve ter chamado baixinho após ter confirmado (indo ao local buscar a etiqueta) de o erro era meu.

Bom, mas nem sempre eles querem saber quem foi o funcionário, muitas vezes pretendem apenas saber se a informação é dada corretamente. Somos incentivados a identificar caso haja situações demasiado "graves" ou quando o funcionário merece reconhecimento. Já o fiz nas duas situações. A uma funcionária incansável e muito simpática que se deu ao trabalho de explicar tudo ao pormenor durante imenso tempo para no final não vender nada e um outro funcionário que me desprezou pois, propositadamente levei uma das piores roupas e pus o meu pior aspecto possível. Este estava mais interessado em conversar com o colega do que em trabalhar.

Bom, boa sorte ;) »

Qual o critério do cliente na escolha da caixa?

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Já por diversas vezes pensei, no que será que realmente interfere na escolha da caixa para o cliente. Será que é aquela que lhe parece ter menos gente na fila ou na que parece ter a operadora mais simpática ou naquela que já conhecem e por quem já têm alguma afinidade, ou ainda, na que parece ser mais despachada!?

 

Um destes dias, estava eu no lugar de cliente num supermercado do continente, mas não do continente onde trabalho. Vejo um casal a chegar com o seu carrinho e vejo o senhor a dirigir-se para uma caixa. Mas, senhora diz para o marido: " Não, para essa não, que ela passa tudo muito depressa, e não me deixa arrumar as coisas como eu gosto!" Depois, vi-os procurar outra caixa, que até tinha mais pessoas na fila.

 

Deduzo então, que para alguns clientes, importa mais terem tempo para arrumar os seus artigos conveniente á sua maneira , do que a rapidez...

 

Mas acredito que nem todos tenham a mesma opinião, certo!?

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