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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

Será que as pessoas não se dão conta das suas atitudes

Estou a atender um cliente que me está a ditar o número de contribuinte. É um momento em que uma pessoa tem de estar com atenção e concentrada, certo!? Mas, nesse mesmo momento, está um outro cliente debruçado á minha frente com a folha dos cupões na mão a gritar para lhe dar informações sobre os cupões. Naqueles breves segundos, aquilo parecia uma conversa de malucos, eu a pedir a este cliente que esperasse só um bocadinho, o número do contribuinte do outro cliente a dar inválido, eu novamente a pedir a repetição do número e o cliente dos cupões que mesmo assim, continuava sem se calar!

Que falta de civismo!

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Estamos cá pra reclamar

Há dias li , já não sei bem onde, que os portugueses estão a reclamar mais. E confirma-se é verdade, pelo menos no supermercado, e nos últimos dias. Desde que os sacos passaram a ser pagos, nós operadoras e os clientes ainda nos estamos a adaptar a esta nova realidade. Quando os clientes compram os sacos de cinquenta cêntimos, nós assinamos o código de barras. É uma forma que temos, para que,  da próxima vez que o cliente trouxer o saco, nós comprovemos que já foi pago. É claro que, como já me disseram alguns clientes, um rabisco qualquer um pode fazer. Está certo, talvez se arranje uma forma mais perfeita, mas até lá é assim que funciona. Custa assim tanto aceitar!?

Ontem atendi uma cliente que trazia um desses sacos e não pedi para ver o código, mas peço à cliente que está a seguir. E esta fez logo o reparo: " então pediu para ver o meu saco e não pediu aquela que saiu, é por ela ser mais fina que eu?!"  Respondo :" Viu bem o saco da outra cliente!? O saco dizia pingo doce, logo, não poderia ter sido comprado aqui"!

A paciência diminui ou aumenta com a idade!?

Há mais de 10 anos como operadora de caixa e a lidar com o público, com o repetir das situações, devia de estar mais paciente, certo? Porque, também diz o censo comum, que os avós são mais pacientes para os netos do que os próprios pais, pois têm mais tempo, menos stresse... Assim sendo,  a idade deveria dar-me mais paciência e mais tolerância!

Então não sei o que se passa comigo! Ou são as pessoas ( clientes) que estão mais mesquinhas e reclamavam de tudo e de nada ou é mesmo a minha paciência que está a diminuir...

Que  paciência infinita, Deus me dê hoje e sempre!

Há dias que só me apetecia poder responder aquilo que sinto e não aquilo que é politicamente correto!

O cartão de uma cliente deu "não autorizado" uma vez e a cliente pede para eu repetir. Isto aconteceu três vezes. Eu disse à senhora que o problema poderia ser das linhas de comunicação ou do banco. Nunca disse: "a senhora não tem saldo"! Entretanto, pagaram em dinheiro, e de seguida o marido foi tirar o saldo. Voltam à minha caixa e aí a senhora começa a falar alto, a dizer que eu tinha de assumir o meu erro , que o problema não era do cartão, que tinha lá saldo, que as pessoas tinham ficado  a pensar que era ela que não tinha saldo. Eu ainda disse que não tinha errado e que a culpa não era minha, mas ela exigiu que eu assumisse e então eu disse: " ok está bem, o erro foi meu, peço desculpa"! E assim  a cliente,  bem mais satisfeita, foi embora!

Se ela estava preocupada com o facto de as outras pessoas terem pensado que ela não tinha saldo, foi ela própria com a sua "reclamação" que deu a conhecer a situação, que até então tinha passado ao lado dos demais. Além disso, conseguiu que as outras pessoas na fila ficassem preocupadas comigo, sim porque, as restantes pessoas foram fantásticas comigo a dizerem-me para não me ralar, para  me acalmar...

Enfim...há dias que só me apetecia poder responder aquilo que sinto e não aquilo que é politicamente correto!

A melhor hora para teclar uma mensagem é...

Já registei todos  artigos da cliente, que até eram poucos. A cliente está a escrever uma mensagem no seu telemóvel. Faço as perguntas habituais, as quais todas levam um "não" (não tem cartão, não quer saco, não quer fatura). Digo o total e a cliente continua a teclar. Pergunto vai pagar em dinheiro ou cartão, para ver se a senhora se apressa, e ela diz-me "espere só eu acabar isto". Eu sento-me na cadeira e digo: " eu espero, eu, e as restantes pessoas da fila!" A senhora pousa o telemóvel, faz o pagamento e saí em ritmo bem acelerado...

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Sacos - Estragas velho, dás novo!?

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Nos meus últimos post's tenho escrito principalmente sobre sacos. E porquê!? Porque é o tema mais comentado no supermercado, porque é novidade, porque é uma fase nova.

Nunca antes tinha visto, tantas pessoas a saírem do supermercado com os artigos nos braços, com as compras dentro dos carrinhos à solta, com sacos recicláveis, com trolleys...

Até posso dizer que existe uma nova moda de sacos. Hoje uma cliente retirou da sua mala, um saco de pano que tinha uma bolsinha em formato de morango , bem bonito.

Mas, apesar das criticas, das divergências politicas, dos defensores que acreditam ser uma causa ambiental, o balanço que faço é positivo! É tudo uma questão de hábito, e daqui a uns tempos as pessoas até se vão esquecer, do tempo em que os sacos de plástico eram de distribuição desmesurada e  gratuita!

No entanto, o que me levou a escrever hoje este post, foi um episódio, que eu diria, insólito. Um cliente trazia, os seus poucos artigos dentro de um saco, daqueles que o continente dava antes. Já com visíveis marcas de uso. Eu registei os artigos e voltei a colocá-los dentro do saco, só que, sem querer rompi o saco. E vai daí que o cliente me diz : "agora tem de me dar um saco novo, já que me estragou este"! Eu pedi desculpa ao senhor e disse que não podia fazer isso...

Há sempre situações inesperadas!