É curioso o facto de agora os clientes já não deixarem o talão (factura simplificada, neste caso) das compras lá no tapete ou me pedirem para o colocarem no lixo. Pelo que os clientes me dizem e pelas noticias que circulam na internet e na televisão, a fiscalização pode estar mesmo á porta dos estabelecimentos. Aliás, alguns clientes disseram-me que na semana passada, estavam a fiscalizar à saída do Continente de Santarém. Talvez por isso as pessoas agora tenham medo, e guardem todos os talões.
No entanto, a proposito do assunto, encontrei esta nota:
«A Associação de Defesa do Consumidor (DECO) criticou esta medida e considera que seria “um erro histórico” multar algum comprador por não exigir factura, sustentando que é “uma exigência que não faz sentido e dificilmente poderá ser implementada”. A entidade acusa ainda o governo de querer fazer dos consumidores inspectores das finanças.
Já o sindicato dos trabalhadores dos impostos garante que os serviços não têm nem meios nem estatuto legal para levar a cabo essas acções de fiscalização.»
Ainda a propósito do post anterior, inventei um slogan para uma possível campanha, onde poderia existir um dia em que não se podia distribuir nem usar sacos de plástico. Até pode haver quem ache esta ideia um pouco infantil, mas quem convive com a situação todos os dias, penso, consegue compreender a minha atitude :)
Sempre que escrevo um post sobre sacos, tenho sempre dois tipos de comentadores, os que são a favor da distribuição desmedida e gratuita dos mesmos e os que são ecologicamente contra. Muitas vezes, acontecem-me episódios relacionados com o assunto, mas se eu fosse a escreve-los todos, tornavam-se repetitivos.
Mas mesmo assim, este tenho de o contar:
Quando determinado casal, já de alguma idade, mas não velhinhos, chega à minha caixa eu tinha um monte de sacos no tapete porque os estava a organizar. O senhor dá uma cotovelada a esposa diz-lhe baixinho: "vá apanha estes sacos!" Como se eu não estivesse a ver nem a ouvir. Resolvi respirar fundo e não ligar. Mas fiz questão de embalar todas as compras com os sacos os que eu tinha à frente, não colocando assim, outros à disposição. Entretanto a esposa pega nos sacos e vai andando, enquanto o senhor fica a pagar. No final diz-me: "olhe não me dá uns saquinhos"! Pensei : Que grande lata! Respondi, em tom suave : " olhe peça à sua senhora que ela levou um ganda monte deles!" O senhor respondeu :" Ah levou!? Não fiz reparo!"
Enfim...até uma pessoa calma como eu perde um pouco a paciência se está a ser "enganada"!
Hoje tive a perfeita noção de que estou mesmo há muito tempo na mesma empresa! Sabem como? Quando vejo o crescimento das crianças que lá costumam ir. Eram bebés ou crianças e hoje são já adolescentes e jovens! Hoje esteve lá uma menina e recordei uma dessas transformações! É tão giro!
Um cliente coloca as compras todas excepto 3 pacotes de bacalhau congelado no tapete e passa para o outro lado com o carrinho. Digo :"desculpe, faltam aqueles pacotes que estão no carrinho!" Responde: "Eu sei, mas espere um bocadinho, porque não sei se o dinheiro chega, depois se o dinheiro chegar, você passa as coisas"! Respondo eu indignada: "Mas se é assim, as coisas têm de ficar no tapete"! O que ele respondeu : "Está bem, então passe só dois um fica que o dinheiro não chega"! O senhor até podia ter feito tudo isto com boa intenção, mas o que me parecia era que ele queria passar com os artigos e não os pagar. A atitude que tomou foi o um pouco estranha.
Parece que temos de estar sempre em alerta, eu preferia que isto não fosse necessário, pois não gosto de estar a duvidar das pessoas!
Não registei muitas prendinhas, mas registei muitos ingredientes docinhos para sobremesas. Refiro-me mais especificamente a suspiros, morangos e natas. Que trio perfeito! Imaginar aquele doce depois de preparado...
Hoje atendi o cliente mais arrogante, pretensioso, emproado, mandão, mal agradecido, calão, estúpido, dos últimos anos! E sendo eu a pessoa calma que sou, quase que me saltava a tampa! E ao que parece este sujeito é dono de alguma coisa, não sei em que ramo, mas tenho pena dos seus empregados, porque clientes, com esta personalidade e/ou atitude, não deve de ter muitos!
Hoje no supermercado houve uma cliente que se sentiu mal. Não apanhei a história desde o inicio, quando dei conta a senhora já estava rodeada pelos bombeiros com uma funcionaria do continente ao seu lado e sentada numa cadeira. Algum tempo depois a senhora saiu de maca, e na rua (dava para ver) estava uma ambulância.
No entanto, o que achei interessante, foi a conclusão a que os clientes que passaram na minha fila no decorrer deste episodio, chegaram:" a senhora deve de se ter sentido mal quando ouviu o total da conta"! É que não foi nem uma, nem duas, que ouvi isto...foram 3 vezes! E depois ainda comentavam uns com os outros, que este cenário ia começar a ser muito comum no futuro!
Não cheguei a saber a causa desta indisposição da senhora, mas esta teoria ficou-me na mente!