Ainda ontem me entregaram um envelope com os descontos. Tinha duas pessoas na fila em espera e tive de abrir o envelope, escolher os cupões dos artigos que a cliente levava, depois separá-los pelo picotado, e por fim (e aí é mesmo trabalho meu) passá-los no scanner! E a cliente em questão, não era uma velhota...
Lá vem um cliente a dizer: " querem incentivar a compra de produtos nacionais, mas depois a carne 90% é da Holanda, a fruta vem quase toda de Espanha... mas mais ninguém reclama, sou sempre eu!"
E depois a conversa lá foi ter ao tema de toda a semana: Cavaco Silva e a sua miserável reforma, isto porque também foi este Sr. , quem incentivou a compra de produtos nacionais!
Um velhote, levava apenas um garrafão de água de cinco litros de marca LUSO. Digo-lhe que o total é 1, 26€. Responde: " 1, 26€? Um garrafão de água!? Tão caro ?" Perante o ar admirado do cliente, digo-lhe que daquela marca é aquele preço, mas que por exemplo da marca branca do continente custa 0, 42€, ao que ele responde: " e isto presta"?
Apenas respondi que era a que eu bebia. Perguntei se queria trocar, mas não quis! É que sinceramente não dá para entender. Acho que ainda há muita falta de informação no que diz respeito à qualidade das marcas brancas!
Uma cliente colocava os seus artigos sobre o tapete, reparei que tinha o cartão de cliente na boca. Já não é a primeira vez que vejo esta cena acontecer, é comum alguns clientes colocarem cartões ou cupões na boca, uma mania nada higiénica! Mas deve ser por terem as mãos ocupadas! Só que esta cliente, fazia o som hummm... Olhei-a pelo canto do olho, fingindo não a estar a ver, e pensei :" será que ela quer que eu lhe tire o cartão da boca?" Se era essa a intenção dela, acabou por desistir, porque eu continuei o meu trabalhinho normalmente!
Pois é, eu achava que a fase pós-livro-tv-e-afins já tinha passado, mais eis que surgiu mais uma referência ao meu livro. Agradeço muito ao Jornal "o Povo do Cartaxo" por esta oportunidade.
Se quiserem ler a entrevista, é só clicar na imagem.
Este conselho serve principalmente para os artigos mais íntimos e para clientes mais acanhados.
Quando um artigo não passa no scanner , o procedimento da operadora é pegar no telefone para chamar o apoio e dizer logo de que problema se trata. Por vezes o nosso telefone pode não estar a funcionar e temos de pedir à colega da frente, ou se não estiver ninguém á frente, temos de subir o volume da nossa voz e relatar o problema do código de barras do dito artigo, à colega que estiver mais perto.
Se é constrangedor para mim, imagino para o cliente. Deve de sentir vontade de se esconder.
Num dia de algum movimento duas pessoas conhecidas encontram-se num corredor. Frases, como:” como tens passado?”; “ há quanto tempo”; “como é que está tudo lá em casa”, surgem. Depois cada um segue o seu percurso. Vai daí, que se voltam a ver-se no corredor seguinte e depois surgem as palavras: “parece que me andas a seguir”; “este sítio é muito pequeno”. De novo lá seguem para mais uma voltinha, voltam a encontrara-se, mas desta vez tentam disfarçar fingindo que não se vêem, para isso começam a ler rótulos, ou a fixar preços.
É que quanto mais tentamos ir por outro corredor, mais acabamos por esbarrar na dita pessoa!
Como já devem de saber a ASAE apreendeu uma grande quantidade de leite nos supermercados Continente e Pingo Doce. E porquê? Basicamente porque estava barato. Motivo: dumping, ou seja, venda abaixo do preço de custo. Ora no Continente (não sei como era no PD, mas deve ser algo género), tratava-se de uma promoção. Apenas uma promoção! Mesmo assim é ilegal? Não estou a duvidar do profissionalismo deste Entidade, mas não me pareceu nada bem. E nos dias que correm, é muito positivo (o desconto). Mas diz quem sabe, que não pode ser, é a lei!
O Continente tinha uma promoção que incluía embalagens de 1,5 litros de leite comercializadas a 0,78 euros, sobre o qual recai um desconto de 75 por cento, resultando num preço final de 0,13 euros/litro mesmo com o empate de capital.
«A acção da ASAE surgiu na sequência de denúncias de organizações de produtores de leite e industriais dos lacticínios que acusaram o Continente e o Pingo Doce de estar a vender leite abaixo do custo de produção. »
Continuo a achar que o que mais custa aos clientes no supermercado é enfrentar a fila, ou o tempo que demora até chegar a sua vez. O sair de casa, o passar pelo trânsito, o andar pelos corredores a empurrar o carrinho e a escolher os produtos, leva-se bem. Mas depois quando param na fila é o desespero. Se aparece um artigo que não passa, ou que não passa ao preço que estava na prateleira, já a coisa não corre bem!
O ideal para os clientes era que não existissem filas! Mas como tal não é possível, a não ser no Continente on line, o ideal era já estarem preparados para as filas. Se à partida já sabemos que as vamos encontrar, é psicologicamente mais fácil, aceitá-las.
«Se alguém me pedisse para responder com rapidez o que nos diferencia dos macacos, eu responderia: A FILA! Nunca, ninguém vai ver macacos a fazerem fila para pagar a comida no zoológico, muito menos em seu ambiente natural. A Fila é uma invenção do ser humano; uma invenção chata, porém, necessária.» O antagonista