A educação
Imaginem eu estar a atender uma cliente, e a responder a uma questão que esta me colocava e estar um outro cliente a chamar-me aos berros! Mas será que a falta de educação das pessoas, não tem limites?
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Imaginem eu estar a atender uma cliente, e a responder a uma questão que esta me colocava e estar um outro cliente a chamar-me aos berros! Mas será que a falta de educação das pessoas, não tem limites?
Uma cliente chega á minha caixa com uns pacotes de amêndoas , vem um bocado zangada... e diz assim: " andam por aí a queixar-se que o país está em crise, mas depois está tudo fechado. Uma pessoa quer comprar umas amêndoas e...já encontrei dois supermercados fechados. Ninguém quer é trabalhar!"- Sim a cliente disse mais ou menos isto! Fiquei indignada!
Outra cliente, que tinha um carrinho cheio, mais um outro meio, perguntou-me a que horas fechava para o caso de lhe faltar ainda alguma coisa.
Depois também houve aqueles clientes, que diziam achar injusto para nós.
Outra cliente ainda disse-me que para quem estava a trabalhar ao domingo de Páscoa, eu até parecia estar satisfeita. (Para que haveria eu de estar mal disposta, não é?)
Mas a mais engraçada de todas foi uma cliente, que quando eu disse :" uma Páscoa muito feliz", respondeu: " Isto até vai parecer que estou a gozar consigo, mas eu vou dizer igualmente! Mas é a sério eu desejo-lhe uma pascoa muito feliz, mesmo que esteja a trabalhar!" Esta ultima cliente achei-a mesmo fixe, fez-me rir!
E assim se passou o domingo de Páscoa a trabalhar, mas o movimento até esteve calmo, o que fez com que o tempo custasse um pouco a passar!
Tenham todos uma Páscoa muito Feliz! Eu tenho de ir trabalhar, mas sei que há muitos clientes solidários connosco!
Logo pela manhã tenho na fila da minha caixa, o Sr. boa disposição. Do fim da fila ele começa a chamar-me e a dizer que tem de se despachar porque tem de ir ao hospital ver o Primeiro-ministro. Fica toda a gente a olhar para ele. Ele diz :" Ah vocês ainda não sabiam? Ele foi internado!" As pessoas a pensarem que era noticia recente, perguntaram o que tinha acontecido ao Sócrates. É então que ele diz : " ele queixou-se ao médico que toda a noite ouvia passos de coelho e portas a bater e então já não o deixaram sair de lá! Ficou no Júlio de Matos!" Bem foi risada geral, acho que ninguém conhecia esta piada ainda! Este senhor é mesmo engraçado, e tanta boa disposição até contagia!
Uma senhora já de certa idade, mas aparentemente bem informada, chega à minha beira do lado da saída das caixas, com uns pacotes de amêndoas. Sim, ela saiu pela saída sem compras e ninguém deu por ela. Perguntou-me se eu a podia atender já ou se tinha de dar a volta! Eu fiquei a olhar para ela e disse-lhe: " dar a volta...mas a senhora de onde veio"!? E ela aponta o local, pois então! Eu disse-lhe:" Mas a senhora, não pode sair com os artigos por aí!" Sabem o que ela respondeu: " sabe o que foi? É que eu pensava que a minha filha estava aqui à minha espera, porque nós já cá tivemos mas eu esqueci-me disto. Mas então tenho de dar a volta ou não?!"
Como não havia maneira da mulher entender que tinha feito algo errado, e como havia fila, sugeri-lhe que pedisse a alguém para lhe dar a vez. Ela ainda disse: " eu é que peço?" Mas será que ela queria que fosse eu? A minha colega da frente olhava para trás indignada e ria-se. Entretanto atendi a senhora, e quando esta saiu, a minha colega voltou-se para mim, e comentou o facto. A senhora que eu estava a atender e que entendeu o que ali se tinha passado disse-nos (a mim e à minha colega): "mas vocês até se divertem com estas situações, não?" A minha colega ainda disse que era bom para quebrar a monotonia, e eu pensei logo: "vou blogar isto!"
Uma senhora dá-me o cartão de outro supermercado quando eu peço o cartão de cliente. É muito natural isto acontecer, muitas vezes as pessoas enganam-se porque há muitos cartões da mesma cor. Mas esta senhora, quando eu disse, não é este, ela diz:" mas experimente este à mesma que eu não tenho outro"!
Eu para não estar ali com mais conversas passei o cartão e disse-lhe:" pois, não dá!" E assim a cliente já ficou mais satisfeita!
Por vezes, tenho aqui comentários no blog a dizerem-me que sou muito perspicaz nas minhas observações com os clientes e neste meu universo. Mas olhem , há muita coisa que me passa ao lado. Refiro-me por exemplo as coisas relacionadas com colegas. Acreditam que há colegas que ficam grávidas, dão à luz e regressam e eu nem dei conta da sua ausência? Pois já aconteceu. Não que sejam da minha secção, mas mesmo assim sucede...
Como podem ver eu também sou um pouco despistada!
Inicialmente nós tínhamos uma caixa prioritária. Esta caixa era prioritária a grávidas e a pessoas com deficiência. Esta prioridade só era dada por gentileza e não por obrigação, isto quer dizer que a operadora que estava nesta caixa, tinha de pedir aos outros clientes se podiam deixar passar aquela senhora que estava grávida e a cliente grávida tinha de se sujeitar a ouvir um não! Depois esta caixa, deixou de ser prioritária e passou a ser exclusiva: tinha um telefone, para o cliente chamar alguém para o vir atender. Além de ser exclusiva a grávidas e a pessoas com deficiência, também ficou exclusiva a pessoas com crianças de colo. Foi uma fase muito boa e prática.
Agora e desde que passamos a Continente, a caixa deixou de ser exclusiva e passou novamente a ser prioritária. Já lá fiquei, e de vez em quando lá acontece uma chatice. É que algumas grávidas pensam que não temos de pedir ás outras pessoas se as deixam passar, acham que têm o direito, mas o que nos ensinam (e está escrito numa regra lá na nossa zona de funcionários) é que os clientes que estão na fila têm de autorizar.
Sinceramente acho que devia de ser um direito e pronto, agora ter de andar a suplicar... não é bom nem para as pessoas a quem se destina esta caixa nem para nós. Imaginem que o cliente diz NÃO? Há cada regra que não dá para entender!
Por vezes acontecem situações, como hei-de dizer...assim de patetices, normalmente são protagonizadas pelos velhotes (com o devido respeito que tenho por eles). Desta vez, não posso dizer que foi com uma velhota, pois a senhora devia de andar por aí na casa dos 50 anos. Eu digo o valor da compra, a senhora não insere o cartão, mas entrega-mo. Eu coloco na máquina e digo: "pode confirmar". A senhora diz :"é quanto?" Repito o valor e a senhora responde: " tá certo, confirmo" e fica a olhar para mim. Eu respondo: " marcou o código?" - ao que ela responde: " ah não"!
Fiquei a pensar: pois se eu disse para confirmar...ela até teve razão! Tenho de passar a dizer : "pode marcar o código"!
Eu não queria tornar-se chata e repetitiva, mas sei que por vezes sou! Só hoje tive na minha caixa dois percalços, porque quando o cliente que estou a atender quer marcar o código do multibanco, tem sempre a sensação de o que o cliente seguinte está a espreitar o código. Tudo isto acontece, porque as pessoas não dão o devido espaço e privacidade a quem está a marcar o código. Gostava que a atitude de se afastarem partisse das pessoas de uma forma consciente e não ter de ser eu a chamar atenção!