A propósito de uma situação em que um cliente tenta passar à frente de outro, usando uma forma incorrecta, surge o seguinte desabafo, por parte do cliente "lesado":
- Este país está cheio de xicos-espertos! E depois aquele que devia de dar o exemplo, que é o Primeiro-ministro, não dá...o que é que havemos de esperar!?
(Sabem uma coisa? Já não é a primeira vez que alguém faz esta mesma observação...)
O autor do blog, Um Breve Olhar propôs-me um desafio que consiste em enunciar cinco manias e nomear cinco bloguistas para participarem também no desafio.
Cada participante deve indicar este regulamento no seu blog e proceder em conformidade. Aviso desde já que não vou nomear ninguém, mas convido todos que queiram, a fazer este exercício. Também vos quero comunicar, que relacionei este desafio mais com ao meu trabalho do que com o lado pessoal, para não fugir muito ao universo do blog.
Mania ou costume de verificar sempre duas ou mais vezes se deixei o carro trancado;
Costume de verificar muitas vezes o meu horário de trabalho que está afixado no frigorifico, já que não tenho um horário fixo e corro o risco de me enganar,
Costume de levar sempre uma toalhita para o posto de trabalho (fica numa bolsinha), para passar nas mãos sempre que passo peixe ou queijo na caixa. São dois artigos dos quais, se o cheiro ficar nas mãos incomoda-me;
Ter sempre uma caixa com barritas de cereais no cacifo (do trabalho) para sempre que tenha nem que seja dois minutos, ir confortar o estômago;
Mania de tratar por você os chefes, mesmo que eles sejam mais novos, ou me digam para os tratar por tu;
Lá estava eu mais uma vez na caixa expresso. De minuto a minuto estava a chamar atenção das pessoas, porque como sempre, ninguém repara na placa. Até que chega um casal, e começa a colocar as suas compras. Eu digo logo que a caixa é só até 10. A mulher continua a colocar os artigos e eu repito o aviso. Ela respondeu que não devia de ter muito mais, mas era tão obvio, que eu levantei um pouco o tom e disse que não os podia atender. É então que vejo que era um casal cigano. O homem disse " então se não pode atender, não pode!", mas isto num tom intimidador.
Uma colega minha, que assistia à cena, quando eles saíram, perguntou se eu não tinha medo deles, disse-me também, que fosse ela atendia-os e pronto, ela ainda me disse a frase: "já viste se te acusam de discriminação racial"!? Se calhar devia ter tido mais calma, porque eles muitas vezes não são para brincadeiras. Se todos os clientes respeitassem aquela caixa, agora não estava para aqui a pensar nos ses, ( se eu os tivesse atendido...se agora eles vão aprontar-me alguma)!
O nosso lema do tempo de espera na fila do supermercado é que seja o menos possível. No entanto, quando surge algum problema e temos de esperar por algum apoio, ou algum artigo, o estipulado é de 4 minutos.
Suponho de depois de encherem o carrinho com todos os artigos e depois de andarem de secção em secção, o ideal seria chegar á caixa e serem logo atendidos. Mas muitas vezes isso não acontece. Certa vez li em algum lado, alguém a comparar a fila do supermercado á lei de Murphy, ou seja, quanto maior é a pressa do cliente mais lenta será a fila (isto porque se o cliente já estava a contar que ia correr mal, pior correria mesmo). Pode até ser psicológico, mas se estamos com pressa a tendência é achar que uns minutos parecem uma eternidade.
Gostava que me dissessem se acham que o tempo de espera nas filas do supermercado, na maior parte das vezes, é aceitável ou é demasiado. Digo em dias normais, tirando períodos do Natal, e dias especiais.
As associações de apoio a animais utilizam a expressão: não abandone o seu animal de estimação quando for de férias;
A equipa do SAPO usa a expressão: Não abandone o seu Blog nas férias. Veja como utilizar o agendamento automático dos posts ;
A Lupa de alguém sugere: não abandone as suas compras na fila do supermercado, quer seja num carrinho quer seja no tapete rolante…
Há dias, estava a começar a passar uns artigos, olhei para uma cliente e cumprimentei-a ela correspondeu, pensei que os artigos eram dela. No final ela diz “ mas isso não é meu”, “nem meu” diz o cliente seguinte. Mas então de quem era? Lá se houve uns saltos de alguém a correr e uma voz:” isso é meu, fui só ao frango!” Ir ( só) ao frango demora no mínimo uns minutos, como todos sabemos. E situações de abandono de compras acontecem demasiadas vezes…
Está a decorrer no Modelo/Continente a Feira do bebé...
P.S.
Na última pág. do folheto vem o nome (localidade) dos Modelos onde há todos estes artigos, já que nem todos possuem a totalidade dos artigos do folheto.
A um velhote que vai lá quase todos os dias comprar apenas um ou dois artigos, quando pergunto pelo cartão Modelo, ele entrega-me o dito e diz : "esse cartão é uma mentira, nunca dá nada". Não é pela aparência que eu o conheço, pois até nem sou boa fisionomista, é pela repetição da mesma frase, e por este senhor sair de lá sempre a resmungar. No início ainda tentei explicar, mas depois percebi que não valia a pena, ele não iria entender. Chego a ter pena do senhor, pois acredito que a sua atitude deve estar relacionada com alguma experiencia menos feliz...
Durante uma semana calhou-me ficar 4 dias seguidos na caixa expresso. Deve ter sido coincidência. Além de uma colega (que sabe o quanto eu adoro lá ficar) me ter questionado se eu tinha assinado um contrato com aquela caixa, só uma cliente me perguntou se eu estava de castigo... Nestes quatro dias houve sempre alguém a fazer-me nervos.
Pessoas a gozarem não só comigo mas também com os outros clientes, como foi o caso de uma senhora dizer que tinha duas contas, e vi-a contar os artigos dez para um lado, oito para outro. Esta senhora já de alguns cabelos brancos ouviu de um jovem que lá estava na fila, a expressão: falta de respeito pelas pessoas e pelas regras. Abençoado jovem, disse-lhe aquilo que eu gostaria de dizer, mas que não posso.
Nestes mesmos quatro dias, houve minutos em que enquanto as minhas colegas atendiam pessoas com carrinhos cheios eu estava sentada a fazer nada! Comecei a pensar em formas de melhorar este sistema da caixa expresso, e vejam as ideias tolas que eu tive:
- A placa a dizer 10 unidades que está pendurada no tecto e que força as pessoas a olhar para cima, devia de estar mais baixa para que as pessoas batessem com a cabeça nela;
- Haver um sensor com voz, e de cada vez que alguém se aproximasse (uma voz suave, como aquela das paragens das estações do metro), ouvia-se: "está a aproximar-se de uma caixa expresso, atendimento destinado a clientes até 10 unidades, sendo apenas UMA conta por cada cliente. Obrigada pela compreensão"!
E pronto é nisto que dá aturar a incompreensão dos clientes relativamente a esta caixa expresso.
O cliente já está a colocar os artigos no tapete quando reparo que são muitos, digo: " olhe desculpe esta caixa é só até dez unidades"! Resposta:
" Se não me atender vou-me embora e deixo isto tudo aqui!"
"Faça como entender"! - Respondi. O cliente pegou nos dois artigos que estavam em cima do tapete, colocou-os no seu carrinho e sem dizer mais uma palavra dirigiu-se a outra caixa. Costumo ser uma pessoa muito calma, mas desta vez tive de dizer aquela frase, também não tenho de consentir tudo...
Este ano no "meu" Modelo, não havia nada de especial alusivo a este dia... Só contei uns quantos rapazes a comprar bombons e a perguntar se fazíamos embrulhos...